O útil e o fútil na relevância da informação

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O excesso de informação é ponto nevrálgico de nossa atual sociedade.

Investimos muito mais tempo do que deveríamos em informações irrelevantes. Segundo palpite de Carlos Nepomuceno, que eu assino embaixo, ate? 90% do tempo é investido em dados irrelevantes, restando para informação relevante apenas míseros 10% do tempo de cada pessoa.

Esta má distribuição é responsável pelo stress, correria e pontuada por escolhas equivocadas de prioridades e, portanto, de valores, resultando assim em perdas e na falta de sustentabilidade.

Responsáveis por isto?

Externamente, o sistema educacional, que não educa as pessoas à independência de seus processos, ensinando-lhes, por exemplo, PKM (Personal Knowledge Management).

Medo do livre pensar organizado?

Internamente o ego: reféns de nós mesmos, nos iludimos e enganamos, tampando o sol com a peneira e preferindo viver o faz de conta das sombras do fundo da caverna. Como sentimos que não temos mais o prazer da infância perdida em meio a tudo, falta-nos a vontade de realizar.

Em um segundo momento, falta-nos a vontade de construir nosso próprio prazer – não mais reféns da espera de que o mundo irá nos dar de mamar.

É hora de se construir este mundo sustentável – onde coexistem, como faces da mesma e indivisível moeda, trabalho e prazer – pela própria vontade, não por obrigação ou dádiva. Não há heróis, não há recompensas. Acorde.

Relevante para quem?

Ficou a dúvida sobre o que seria informação relevante: afinal, se a pessoa dedica tempo àquilo é porque aquela informação é relevante para ela. True.

Neste contexto, a informação relevante é toda aquela que converge como verdade do indivíduo para o coletivo e auxilia na sustentabilidade da rede. Ou seja, a relevância muda de pessoa a pessoa.

Quais dados e estímulos a farão atuar de melhor maneira em rede? Para uma pessoa mais global, dados mais locais; e vice-versa. Para uma pessoa mais racional, estímulos mais emocionais e para o emotivo, dados mais racionais.

Enfim, informações, dados e estímulos, que levem à sustentabilidade do próprio Ser, que repassará tal qualidade sustentável à rede – tal qual a semente que guarda em si todo o potencial de árvore e seus frutos.

Com isto não quero defender o utilitarismo, mas apontar a necessidade do equilíbrio entre útil e o fútil e do tempo investido nos mais variados assuntos.

A agricultura comprova que monocultura é menos resistente às pragas biológicas. Não às pragas da preguiça, comodismo e superficialidade. Pelo equilíbrio do ecossistema mental e abordagem holística do Ser.

Também na infovia, como em nossas vidas, o melhor caminho é o caminho do meio. Dá sentido ao fútil e revaloriza o útil. [Webinsider]

………………

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Klaus Denecke-Rabello (twitter.com/klaus2tag ) é consultor da 2tag.net, diretor de comunicação da AMIpanema, professor de comunicação digital da ESPM-Rio e consultor da campanha nacional de acessibilidade. Escreve blogs sobre desenvolvimento sustentável e filosofia e acredita no papel transformador das marcas.

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2 respostas

  1. É isso aí, Vinicius.

    Imagina do que a humanidade será capaz quando todos forem educados a se conhecer e a desenvolver o seu pleno potencial – a pirâmide de Maslow ficará pequena… e o mundo expandirá.

    Mas se por um lado ainda vivemos algumas frustrações diante de tantas possibilidades, devemos compreender a transição histórica que presenciamos e compartilhamos:

    a descentralização (do poder) da informação é algo que ocorre desde os ancestrais primitivos que controlaram o fogo, passando pelo clero que sacralizou o conhecimento, mas também o elitizou e reteve a uma parcela, pela popularização pós-revolução burguesa, onde apenas o suficiente fora repassado para que houvesse mão de obra qualificada e mercado consumidor consistente… e agora o conhecimento, de livre acesso, ameaça romper as amarras do dualismo sagrado-mundano para se expandir e tornar cósmico, no sentido da ordem, harmonia e beleza que se dará ao caos que até hoje imperou na história humana.

    Vivemos, pois a aurora de uma nova era. Que seja a era da consciência.

  2. Realmente no Brasil não se “aprende à aprender”, com tanta informação na web é ecenssial saber filtrar o que você acessa, já que uma coisa é certa, nunca teremos tempo suficiente pra ficar sabendo de tudo que ta rolando;

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