Cinquenta mil marcas deferidas e abandonadas

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O mercado é regido pela lei mais simples e mais funcional de todas: a lei da oferta e da procura.

Quanto mais “raro” é um item, mais valioso. Quanto maior a demanda por um item, mais seu valor aumenta (ágio); quando há superoferta seu preço cai (deságio), simples e objetivo.

Então imagine que você tem um produto que tem valor, mas você não o quer mais, perdeu seu interesse nele.

Marcas registradas abandonadas

O que você faz? Abandona-o por aí, como se fosse lixo? Ou coloca-o à venda, para pelo menos recuperar o que investiu?

No caso do produto que estou falando, em geral, 99% das empresas simplesmente o jogam no lixo, ou nem isso, simplesmente deixam-no à sua própria sorte, apodrecendo com o tempo.

Estou falando da marca. Vou explicar:

Quando uma empresa abre suas portas, uma das primeiras atitudes que toma (ou deveria tomar) é registrar sua marca. Afinal, ela é a sua identificação com os consumidores, seu link com o mundo.

Para nossa análise vamos usar os números divulgados pelo INPI para o ano de 2008, visto que os de 2009 ainda não estão no site.

Em 2008 foram feitos 119.878 pedidos de registro de marcas. No mesmo período foram concedidas 60.268 marcas e prorrogadas outras 16.419. Porém minha atenção especial vai para outros números:

  • 93.894 marcas foram arquivadas
  • 22.357 foram extintas

Considere que uma marca pode ser arquivada por diversos motivos. Em 2008 foram 32.295 indeferimentos, portanto, ainda temos 61.599 arquivamentos por outros motivos, em sua absoluta maioria (posso garantir mais que 80% sem medo de errar) pela simples desistência de seus titulares.

Então posso supor que dos pedidos de registro que ficaram aproximadamente dois anos esperando uma decisão, gastaram valores que podem chegar a quatro mil reais, pelo menos 50.000 marcas foram simplesmente abandonadas.

Marcas podem valer de R$ 3 a R$ 5 mil

O pior é que muita gente pagaria por elas. Afinal, um processo concedido poupa dois anos de espera, dúvidas, incertezas e investimentos.

Considere que niguém pode, na hora do pedido do registro, garantir que uma determinada marca será efetivamente deferida pelo INPI. Podemos no máximo é indicar que ela tem excelentes chances de registro, pois mesmo nos casos em que todos os indícios estão a favor ainda há variáveis que podem destruir o trabalho.

Então, uma marca deferida já passou todo esse período de dúvidas, anseios e medo do indeferimento. Não seria justo pensar que elas poderiam ser colocadas à venda e poderiam haver interessados?

Vamos fazer umas contas. Se temos pelo menos umas 50.000 marcas abandonadas em 2008 e aplicando um percentual baixo, digamos uns 5% destas marcas tem atrativos para tornarem-se vendáveis, teríamos umas 2.500 marcas à venda? Some-se um percentual idêntico para as marcas extintas (a única causa da extinção é a falta de renovação), teríamos pelo menos umas 3.600 marcas à venda só no ano de 2008.

Vamos pensar que estas marcas são vendidas por valores muito baixos, digamos o custo que geraram e um ágio de 100%, falaríamos de um mínimo de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00 então me explique:

Por que tanta gente está rasgando dinheiro?

Vale citar que os números de 2009 são bem maiores, tanto na quantidade de pedidos quanto nas decisões de processos, portanto devemos falar de bem mais que os ditos 3.600 casos usados neste artigo.

Muita gente compraria uma marca (registrada e sem pendências) de outra empresa. Então, antes de abandonar sua marca, tente vendê-la!

Nem todas conseguem, mas se você não tentar poderá estar desperdiçando um bom dinheiro.

Para quem precisa de uma marca para sua empresa ou produto, a possibilidade de comprar uma marca que já esteja em processo de registro ou registrada poupa tempo e dinheiro.

Se não tivesse mais interesse na sua marca, você estaria disposto a vendê-la? [Webinsider]

Rudinei Modezejewski (rrm32@e-marcas.com.br) é sócio fundador do E-Marcas e owner da Startup Avctoris.

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10 respostas

  1. Vendo Marca pode ser para E-COMMERCE valor R$ 1.500.000.00 obs: Marca fácil de gravar ( Mergulhando em Ofertas) toda documentada.

  2. Tenho algumas marcas para venda , especialmente uma com acesso de 600 mil pessoas ao mês , valores acombinar
    Obs: servem para portal de negócios , E-commerce e outras atividades.
    Marcas conhecidas pelo público.

  3. Tenho minha marca registrada de escola profissionalizante e de línguas e devido a questões pessoais desativeis minhas escolas e com isso agora tenho interesse em vender essa minha marca,no qual esta justamente no valor que pensei de R$4.000,00
    meu e mail para contato ê executivos2000@hotmail.com

  4. Prezado,
    Achei interessante voce falar que uma marca custa em média R$5 mil. Uma pessoa já me ofereceu uma marca de suco “Talibã” por R$2, 5 milhões!!!! não sei como ele chegou a esta cifra, mas considerei exorbitante, especialmente pela linha de produtos não estar atualmente nas prateleiras. Sem dúvida neste caso, é muito mais fácil e infinitamente mais barato fazer um brainstorming, e construir uma nova marca do zero.

  5. Wagner,

    Claro que eu achei ótima a pergunta do Jordano, afinal ela me abriu a chance de falar sobre o site que lançaremos, mas dizer que foi “puro jabá” chega a ofender…

    … está desconsiderando os milhares de leitores de meus artigos que aprendem com eles, esclarecem suas dúvidas, etc…

    … está induzindo que eu falsifiquei o comentário ou pedi para alguém comentar do jeito que foi, coisa que eu sinceramente não preciso…

    Acho que você falou por brincadeira, então, sem stress…

    Falando em “Jabá”, porque você não falou da sua gráfica?

    Perdeu a oportunidade de falar da CMYK Gráfica e Editora (http://www.cmyk.com.br) – falando nisso, quando vai rolar um site pra gente ver?

    (viu? rolou um jabá pra você também!)

    Abraço!

    Rudinei R. Modezejewski
    http://www.e-marcas.com.br
    http://www.lexperfecta.com.br
    http://www.direitoenegocios.com

  6. Prezado Jordano,

    Muito oportuna sua pergunta, parabéns!

    A marca pode ser considerada um produto, como qualquer outro, assim como você, ao pesquisar um produto no E-Bay (ou no Mercado Livre) procura identificar as características dele (estado de conservação, acessórios, etc…) também tem que tomar alguns cuidados especiais ao escolher uma marca para compra.

    Nos sites de leilão citados, outra verificação habitual é da reputação do vendedor, certo?

    Com a marca acreditamos que seja a mesma coisa, temos que verificar a situação legal dela (registro, possibilidade de conflitos, etc…) e também as questões técnicas (se ela tem exclusividade por exemplo*).

    * Algumas marcas são concedidas SEM EXCLUSIVIDADE, neste caso, qualquer um pode pedir o registro e também terá sucesso, desde que o logotipo seja bem diferente.

    Uma marca nesta condição NÃO TEM VALOR comercial. Recentemente fomos procurados por uma empresa nesta situação, eles queriam 1 MILHÃO pela marca, além do valor ser exagerado, sem exclusividade ela não vale nada.

    Somos procurados por dezenas de pessoas/empresas todos os meses, que desejam vender suas marcas.

    Juntando tudo isso que expliquei acima, estamos preparando para jan/2011 um site de compra e venda de marcas, a GRANDE DIFERENÇA é que as marcas postas a venda passarão pela análise de escritórios especializados, que garantirão a qualidade das mesmas, já estamos reunindo um grupo de escritórios como o nosso para inciar o ano com algumas marcas à venda.

    Provavelmente abriremos espaço também para que os titulares das marcas as vendam diretamente, para comparar é como um classificados especializado, nele anunciam proprietários e intermediários, a diferença é que no caso, os intermediários atribuem diversas garantias ao negócio, comparando com os sites de leilão, teremos vendedores normais e os “diamante”.

    Quando o site for lançado anunciaremos, o endereço (caso queira já marcar nos favoritos) é:

    http://www.vendomarcaregistrada.com.br

    Atenciosamente,

    Rudinei R. Modezejewski
    http://www.e-marcas.com.br
    http://www.lexperfecta.com.br
    http://www.direitoenegocios.com

  7. Bom artigo, mas pergunto-me aonde é que poderemos encontrar o detentor da marca. Ou ainda, não esta na hora de haver um e-bay para estes tipos de artigos artísticos e também de posse contratual tipo dominios de web, marcas e patentes do INPI?

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