O sobrenome da usabilidade é específico

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Quando falamos de arquitetura de informação podemos entender um conjunto de estudos com o intuito de criar uma navegação fácil e eficiente para o usuário, dentro de critérios de organização de informações e usabilidade.

Hoje o foco é usabilidade, pois é um estudo que encontrou seu devido lugar na maioria das empresas web, a custa de longos retrabalhos e mudanças de escopo. É oficial a importância de estudos de usabilidade na Arquitetura da Informação do projeto, pois é ela que vai ajudar que sejam encontradas as informações procuradas, complementando taxonomias e outros importantes pontos.

Antigamente (digo, alguns aninhos atrás… enfim…), usabilidade era considerada um luxo. Algo complementar surgido de olhares muitas vezes sem foco baseados, quando muito, em pequenas e incompletas listas, retiradas de obras de Nielsen e que não agregavam ou percebiam muita coisa. Talvez por isto viveu um tempo no limbo das empresas de web.

Porém algo mudou no maravilhoso cenário virtual. O número de internautas cresceu e paralelo a isto, aumentaram os grupos com interesses em comum (escolar, cultural, tecnológico, etário etc). E disto surge a necessidade de sites de conteúdos focados para atender seus ávidos consumidores e consequentemente, provocando a detecção de detalhes que só podem ser observados com um estudo aprofundado sobre usabilidade.

Antes de prosseguir vamos relembrar as definições de usabilidade segundo o ISO (International Organization for Standardization):

…usabilidade é a medida pela qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico (ISO 9241-11).

Se a proposta é atingir objetivos específicos de usabilidade no projeto, o exercício de imersão no público alvo e a investigação de hábitos é um grande ponto de partida, mas sem esquecer de considerar aspectos comportamentais, culturais, motores, contextuais, psicológicos etc.

Esse olhar abrangente nos permite descobertas peculiares, aumentando a lista de pontos de melhora na experiência do usuário. A usabilidade começa a ganhar um sobrenome no instante que mergulhamos no mundo dos consumidores específicos do produto que estamos construindo.

Abaixo vou exemplificar de modo prático, algumas orientações a serem consideradas em dois nichos etários. Vamos poder identificar nestas listas pontos que requerem ajustes personalizados para facilitar o entendimento.

Usabilidade para idosos

Aspectos a se considerar:

  • decréscimo da memoria;
  • perda de velocidade no processamento das informações;
  • decréscimo na habilidade de distinguir informações relevantes e não relevantes;
  • perda de visão, audição e motricidade;
  • habilidades sensoriais e cognitivas apresentam respostas mais lentas.

Usabilidade para crianças

Aspectos a se considerar:

  • natureza explorativa;
  • cognição ainda em desenvolvimento dependendo da faixa etária;
  • algumas faixas ainda não estarão totalmente alfabetizadas.

Agregando valores

Este exercício de pensar holisticamente no usuário vale para todos os tipos de soluções para publicos definidos: sistemas internos, mídias sociais, sites corporativos, promocionais etc. Vale lembrar que nem todos os projetos são designados para um único público. Existem, por exemplo, os e-commerces e seus derivados que são criados para atingir, na maioria das vezes, quantitativamente.

O importante antes de começar a arquitetura e o estudo da usabilidade é definir linhas estratégicas para alcançar quem pretendemos atingir. Sempre alinhados com as expectativas do cliente e público final.

No final, o mais interessante de tudo isso é que além de agregar um valor muito maior na entrega do produto, temos a chance de organizar arquivos de perfis de nichos para aplicação em vários projetos. Investigar é um exercicío bastante enriquecedor! [Webinsider]

…………………………

Conheça os serviços de conteúdo da Rock Content..

Acompanhe o Webinsider no Twitter.

Íris Ferrera (iris.ferrera@gmail.com) escritora, estudante, arquiteta de informação e consultora de user experience nas horas vagas. Twitter @irisferrera.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

2 respostas

  1. Oi gabriel, obrigada por ler e que bom que gostou!

    Então… acho que o termo pode ser banalizado sim mas não o ato de se utilizar de meios facilitadores de uso.

    Aliás, no alto do meu romântismo eu ouso dizer que é mais comum a gente ver profissionais utilizando usabilidade como ponto determinante na criação de um projeto, sem saber das definições do que o contrário.

    Talvez, ainda na pegada “dreamer” eu acredito que nestes ultimos tempos o termo usabilidade está um pouco na moda e acaba sendo assunto “wanna be cool” de alguns profissionais. Porém, na hora do resultado este mal uso da palavra, e por sua vez da técnica, metodologia ou como se queira denominar, cai por terra.

  2. Você acha que a usabilidade por estar em foco pode ser banalizada? Anteriormente não era conhecida, por isso pouco empregada, você acha que pode ocorrer uma banalização de seu uso?

    Muito bom também este teu artigo, parabéns

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *