HDMI versão 1.4

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A versão HDMI 1.4 está implantada já há algum tempo, com alguns dos mesmos vícios das versões anteriores. É preciso conhecê-la, para evitar potenciais problemas na adoção de novos equipamentos.

Eu confesso que venho sistematicamente evitando escrever qualquer coisa a mais sobre HDMI, e olhando para o lado toda a vez que se anuncia algum tipo de novidade neste formato. Mas, já se passou algum tempo desde que a versão 1.4 foi apresentada, então não há mais como adiar, pois na medida em que novos equipamentos e novas propostas de passagem de sinal começam a aparecer com maior número e com as habituais confusões entre versões, chega a hora de se fazer alguma coisa a respeito.

No passado remoto, o Webinsider publicou uma coluna minha sobre HDMI, que, a julgar pelo número de comentários, continua sendo lida até hoje. Até porque, creio eu, o assunto continua sendo muito nebuloso para a maioria de todos nós.

Antes de mais nada, é preciso encarar a realidade com os dois pés no chão e admitir que no momento em que a indústria de áudio e vídeo decidiu adotar o padrão HDMI, não há nada que nós consumidores possamos fazer, a não ser tomar conhecimento e adotar medidas cautelares, de forma a evitar potenciais dores de cabeça!

Com o surgimento de imagens em 3D doméstico e com a conexão de todos os equipamentos em rede, o consórcio HDMI adotou o padrão da versão 1.4. E isso tem levado o usuário final a se indagar se ele é de fato necessário ao equipamento atual e se ele deve agir rápido para trocar componentes que ele acabou de comprar por uma pequena fortuna. A resposta curta é: claro que não!

A versão 1.4 de fato acrescenta alguns recursos a mais, mas nenhum deles radicalmente necessários, incluindo-se aí modificações para a reprodução da imagem em 3D, quando for o caso.

O que é que muda?

Na versão 1.4 ocorrem dois tipos de mudança, uma na forma de recursos de uso e outra em modificações no cabo HDMI e introdução de novos conectores. Ambas serão descritos a seguir:

Mudanças de recursos: de acordo com o site oficial do consórcio HDMI, os seguintes recursos foram acrescentados aos protocolos de negociação, transmissores e receptores de sinal:

1. Canal para Ethernet (recurso opcional): tem o objetivo de acomodar a transmissão de sinal de rede DLNA e assemelhadas, de modo a compartilhar dados de uma rede local (LAN) ou externa (WAN), entre equipamentos. Este recurso exigirá cabo dedicado, chamado genericamente de cabo HDMI com Ethernet.

2. Canal de retorno para áudio, ARC ou Audio Return Channel (recurso opcional): até a versão 1.3 todo sinal de áudio só tinha um sentido, que é do transmissor (servidor) ao receptor (cliente); com este recurso, o caminho inverso se torna possível. Na prática, isto possibilitaria, por exemplo, ligar um processador externo (digamos, A/V receiver) em uma TV, enviar sinais de áudio a ela e receber da TV áudio para a reprodução pelo processador.

Note que o ARC é um substituto para o cabo digital SPDIF (coaxial) ou Toslink (ótico), e assim fica restrito aos codecs legacy (Dolby Digital, DTS e PCM estéreo).

3. Extensão de reprodução em 3D: incorpora todos os métodos de geração de imagem 3D, de maneira a contemplar a adoção de qualquer formato. Porém, cria potencialmente um problema de compatibilidade em alguns equipamentos. Aparentemente, o caldo engrossa quando o display (TV ou monitor) usado for versão 1.4 e o A/V receiver ou processador que entrega o sinal HDMI ainda está na versão 1.3. Não há ainda um consenso sobre o resultado negativo que isso possa causar, mas existe a possibilidade de que canal de informações do display (EDID ou Extended Display Identification Data) possa informar sobre características da versão 1.4 que o receiver com transmissor 1.3 não consegue identificar e a partir daí ele desligaria a transmissão de sinal por completo.

Até agora, imagens 3D em definição integral (1080p) são passíveis de ser transmitidas por componentes 1.3, mesmo nos casos de discos Blu-Ray, cujos leitores são em princípio criados de acordo com a versão 1.4. A imagem 3D do Blu-Ray é gravada pelo método MVC ou Multiview Video Coding, que é 2D compatível. A imagem é formatada no processo over/under (uma imagem em cima e outra idêntica em baixo), com cada imagem codificada a 1080p/24 qps. É de se esperar que sistemas 3D 1.3 tenham banda passante suficiente para aceitar o sinal com o número total de pixels requerido.

4. Suporte a 4 mil linhas de resolução: embora o disco Blu-Ray atual esteja limitado a 1080p, existe uma possibilidade de que futuros leitores sejam dotados de recurso de upscaling para até 4K de resolução. Neste caso, todo o trajeto do sinal tem obrigatoriamente que ser 1.4 e o display capaz de aceitar a resolução pretendida.

O sinal 4K suportado pela versão 1.4 compreende 3840 x 2160 pixels a 24, 25 e 30 Hz, e 4096 x 2160 pixels a 24 Hz.

5. Palheta de cores para imagens fotográficas: são adicionadas três novas palhetas de reprodução de cores, a saber, sYCC601, Adobe RGB e Adobe YCC601. O suporte a essas palhetas dependerá dos equipamentos interligados.

6. Ajuste automático de modo de tela: os ajustes de reprodução de imagem normalmente feitos manualmente pelo usuário, coisas como contraste, brilho, cor, etc., passam a ter opção de automatização entre a fonte emissora e o equipamento reprodutor.

Mudanças no cabeamento e conectores: o cabo HDMI possui conectores tipo “A” com 19 pinos, que interligam pares trançados de fios condutores com impedância padrão de 100 ohms. O pino 14, até então reservado, é usado para a função Ethernet. Esta função é também associada ao pino 19, destinado a todas as conexões do tipo hot plug, que é a que faz com que o transmissor de sinal possa saber quando um equipamento foi conectado a ele. Esta detecção dispara o processo de negociação que permite depois interligar os componentes de acordo com os recursos disponíveis em cada um.

Na versão 1.4 são acrescentados os conectores do tipo D (micro conector) e do tipo E para aplicações automotivas.

O que é que não muda?

O usuário final precisa tomar cuidado na hora de adquirir um cabo HDMI: não existem cabos feitos especificamente para as diferentes versões, exceto pela adoção do recurso de rede Ethernet, que acrescenta uma pinagem, como descrito acima.

Na realidade, existem dois tipos de cabos, classificados como “padrão” (standard) e de “alta velocidade” (high speed). A diferença entre ambos está na sua capacidade de sustentar maiores velocidades de transmissão de sinal. Mas, como o layout da pinagem é o mesmo, para saber qual é um ou outro, é preciso lançar mão de testes especificados pelo padrão CTS (Compliance Testing Specification), do consórcio HDMI.

O teste CTS diz que se o cabo sustenta um clock de até 2.22 Gbps ele é encaixado na categoria 1 (cabo “padrão”) e se ele sustenta um clock de até 10.2 Gbps (cabo de “alta velocidade”) ele é encaixado na categoria 2.

Somente o fabricante pode informar se ele de fato fez os testes CTS e aí então ele poderá afirmar que está entregando um cabo categoria 1 ou 2. Esta é, aliás, a recomendação do consórcio HDMI, de maneira a retirar as notações “1.3” ou equivalentes das embalagens destes produtos, já que não mudança de pinagem entre essas versões.

A partir da versão 1.4, todos os cabos comercializados deverão especificar:

  • Cabo cat-1 (padrão) ou cat-1 com Ethernet.
  • Cabo cat-2 (alta velocidade) ou cat-2 com Ethernet.

O usuário final deve insistir na compra de um cabo com especificações de alta velocidade (cat-2) sempre!

Diferença de qualidade entre os cabos HDMI

Já que a pinagem não muda, a velocidade de transmissão de sinal deveria ser a mesma para todos os cabos, mas na prática se nota que não é sempre assim. E isso nos leva a questionar sobre o que pode dar errado na construção de um cabo HDMI. Essa indagação é importante, em função da demanda de velocidade de fluxo (bitrate) entre componentes de alta qualidade, como, por exemplo, um Blu-Ray player e um display HDTV.

Todo e qualquer cabo de transmissão de dados carece de materiais de boa qualidade, como fios de cobre livres de oxigênio, conectores que não sofram oxidação com o tempo, soldagem industrial entre fios e conectores bem feita, e principalmente com material isolante competente. Em alguns cabos é possível acrescentar ainda núcleos de ferrite, que ajudam a filtrar ruídos de alta freqüência ambientais.

A capacidade de passar sinal em alta velocidade é também função da bitola dos pares trançados e do comprimento total do cabo: quanto maior for a bitola e quanto menor for o comprimento maiores são as chances de se passar sinal sem grandes problemas.

Medidas elétricas dos componentes podem determinar os limites de ambos. Por exemplo:

Para bitola 28 AWG (American Wire Gauge), que é um fio mais fino, o cabo pode variar entre 1 a 3 metros, sendo 5 metros o limite tolerável.

Para bitola 24 AWG (comum entre os cabos de boa qualidade), o cabo pode variar até 10 metros, sendo 15 metros o limite tolerável.

Para comprimentos acima de 15 metros é recomendável interpolar uma repetidora HDMI antes do resto do percurso.

Um outro fator a se considerar em qualquer cabo que passa sinal digital é a impedância à passagem do sinal elétrico. Cabos com impedância muito alta irão degradar o sinal a ponto de interromper a sua transmissão. Como a impedância é função da grossura da bitola (menores valores AWG) do fio e do comprimento do cabo, todo o raciocínio exposto acima se aplica.

Considerações a serem feitas

Muitas vezes, a confiança da indústria na adoção de um dado padrão ou formato não tem reflexo na confiabilidade do funcionamento dos seus produtos, dentro da casa do usuário final.

A prática tem mostrado que a negociação do protocolo HDMI-HDMI é cheia de incertezas e incógnitas. Em alguns equipamentos, a queda de sinal ou o desligamento e religamento do transmissor HDMI consegue restabelecer a conexão entre servidor e cliente, mas na maioria dos casos, um ou ambos precisam ser desligados e religados por completo.

É preciso levar em conta de que esta negociação é dependente de uma programação para os canais de comunicação, e cujos erros precisam e devem ser corrigidos, de modo a contemplar o maior número de situações possíveis. Esta correção é perfeitamente possível durante a atualização do firmware de cada aparelho.

Em casos extremos, a conexão por HDMI simplesmente não funciona. É possível observar que isto ocorre mais no lado do cliente (TV, por exemplo) do que no lado do servidor (DVD, Blu-Ray, etc.). Mas, eu já tomei conhecimento, na casa de um amigo meu, em que a situação é exatamente a inversa. E para descobrir qual é uma ou outra, o jeito é usar o método da tentativa e erro, ou seja, ir desconectando um a um e verificando em que situação a conexão não se dá.

Note que não existe uma ordem específica para ligação dos componentes de uma cadeia HDMI, mas na dúvida é preferível ligar a fonte de sinal por último. Se não der certo, ainda é possível se tentar mudar a fonte de sinal pelo seletor de entrada do aparelho de destino e ver se a manobra funciona.

No caso do 3D, nenhum fabricante disse até agora que a versão 1.4 é necessária. A prova disso é que o PS3 foi atualizado para 3D (o chipset usado no aparelho assim o permite) e continua obedecendo a padrões de negociação da versão 1.3.

É também possível que alguns dos recursos opcionais adotados pela versão 1.4 não tenham conseqüência imediata alguma, a despeito da fabricação de equipamentos 1.4 compatíveis. Tomando-se a opção por Ethernet, por exemplo, a direção da indústria até recentemente é a de incluir rede sem fio em todos os equipamentos em rede. Se o usuário instalar um servidor de mídia, ele tem a opção de reproduzir o que quiser ou puder para onde desejar.

Em outras palavras, me parece claro que a relação custo/benefício favorece amplamente os equipamentos com protocolos versão 1.3, e o desejável seria que estes protocolos começassem a ser aperfeiçoados de maneira a evitar erros de comunicação e funcionamento.

No tocante ao aumento da alta definição doméstica, de 1080 linhas para 4K, ela provavelmente não terá aplicação imediata, em função dos tamanhos de tela de TV disponíveis no mercado. Se tiver, é bastante provável que não traga benefício algum no tocante à clareza ou resolução da imagem. O benefício de 4K pode ser observado nas projeções digitais das telas de cinema, e no ambiente doméstico desde que sejam adotados projetores para telas bem acima de 100 polegadas.

Com o avanço de dispositivos obedecendo a protocolos na versão 1.4 fica a incógnita se eles serão de fato retro compatíveis ou se serão mais uma fonte de problemas sem imediata solução. [Webinsider]

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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11 respostas

  1. Excelente artigo, o melhor que encontrei, somente uma dúvida, cabos HDMI com filtros são piores? E A impedância é maior com fios de bitola maior ou menor? Este Chip-Sci que vendem por aí aos milhares não são muito finos para serem de qualidade de boa impedância? Obrigado!

    1. Olá, Marcelo,

      O filtro de ferrite no cabo já mostra a preocupação do fabricante com a qualidade e com a perda de sinal. Eu uso vários cabos desse tipo, e modifiquei alguns cabos de áudio com esses núcleos de ferrite. Trata-se na verdade, de um velho truque de eletrônica, para isolar condutores, junto com várias outras aplicações.

      Sobre impedância e outros detalhes, eu sugiro a seguinte leitura, publicada há algum tempo atrás: http://br74.teste.website/~webins22/2016/04/04/hdmi-a-dor-de-cabeca-recorrente-do-usuario/

      E posso adiantar que a impedância varia inversamente com o aumento da bitola, ou seja quanto maior melhor.

      Sobre Chip-Sci eu não conheço e portanto não posso lhe dar uma opinião a respeito, lamento.

      Ainda sobre HDMI eu sugiro ler também: http://br74.teste.website/~webins22/2014/12/08/4k-hdmi-2-0-e-hdcp-2-2/, que tem informações mais atualizadas.

  2. Eles não deveriam sacanear com os consumidores poderiam fazer um chip substituível, tal qual os de celular GSM e o Cabo seria apnas o meio físico, sem software, caso contrário teremos HDMI 1.5 em 2013, HDMI 1.6 e assim por diante.

  3. Isso que dá comprar um aparelho HDMI versão 1.3 e depois ter que comprar um com a versão 1.4…

    Os fabricantes fazem isto de propósito para comprarmos mais!!! Quando estão “produzindo” o 1.3, eles ja estão guardando os 1.4 pra vender 1 ano depois..

    LAMENTÁVEL MUNDO CAPITALISTA!

  4. Muito bem Paulo…

    Como sempre uma ótima explanação.
    Mas na verdade o assunto voltará a carga quando do lançamento do seu post sobre o desbloqueio dos Players.
    Esse sim dará assunto; por sinal tambêm terei várias ponderações sobre esse tema.
    Até lá

  5. Rogério,

    Você disse tudo: o Panasonic DMP-BD30 é um aparelho sólido, mas leva uma eternidade para carregar qualquer coisa em Blu-Ray. Eu o usei até recentemente, quando decidi tentar o Philips. Está para sair um texto meu, onde eu comento essa coisa chata de bloquear reprodução de DVD. No BD30, ele já veio para regiões 1 e 4, mas mesmo que viesse multiregião não ia adiantar nada, porque ele não reproduz PAL. No caso de um Blu-Ray europeu que eu tenho, não é possível reproduzir os extras em PAL com ele.

    Outras máquinas também jogaram a reprodução em PAL fora, inclusive as Samsung, que têm preço atraente e são boas. A propósito, não conheço este modelo que você cita, mas é possível pesquisar reviews dele pela Internet. Geralmente, os reviews da CNET são razoáveis.

    A Philips ia lançar o player 9600 com o processador Qdeo, que é semelhante ao do Oppo BD-93. Mas, isto também não quer dizer nada, porque depende do fabricante saber fazer o melhor uso desses processadores.

    O BDP-8000 usa um processador mais “modesto”, mas a imagem e o scaling em DVD são, a meu ver, exemplares. Eu infelizmente ainda tenho muitos filmes com imagem péssima em 4:3 letterbox, e este Philips dá banho de cuia em tudo que eu já vi até hoje em leitor de mesa. Dá banho inclusive em um Oppo 980H, que eu uso no sistema, que também é aberto de fábrica e toca PAL.

    Aliás, tem sido uma constante nos leitores da Philips mais recentes manter a capacidade de ler discos com sinal NTSC e PAL na cadência correta, e só dependerá da sua TV aceitar ou não estas cadências (60 Hz e 50 Hz, respectivamente). Mesmo no modelo mais barato deles, o BDP-3100, o desbloqueio para multiregião é o mesmo e a saída de vídeo NTSC/PAL também.

    Eu não tenho representação do fabricante, nem quero ficar fazendo apologia de marca, mas a verdade é que, em termos de Blu-Ray o Philips 8000 é tão ou mais veloz na carga de qualquer disco do que o Oppo BDP-83, que um amigo meu usa. Em discos sem java script, é tão rápido quanto um DVD, cerca de alguns segundos.

    Agora, o preço é alto e a impressão que me passa é que a Philips encontra uma resistência em comercializar aparelhos importados. Eu cheguei a indagar no suporte sobre o 9600, havia uma previsão de distribuição, mas nem sombra dele nas lojas. Então, eu decidi esquecer o assunto.

    Infelizmente, se você quer recursos, você tem que apelar para os modelos mais caros. E na maioria dos casos, a gente acaba não dando bola para um monte deles, não é não?

    Se você quer investir pouco, e não faz questão de muito recurso, muitos dos modelos mais baratos fazem um bom trabalho, pelo menos na parte de Blu-Ray. É preciso lembrar que a reprodução na TV conta nesta estória, e muito. Boas TVs compensam deficiências de sinal com competência, e no caso específico do Blu-Ray o sinal nem precisa de muito tratamento, eu diria praticamente nenhum.

  6. Olá Paulo

    Como ainda estou indeciso, (se me permite) vou fazer mais uma argumentação…
    Possuo um DMP-BD30 (Panasonic) e quero substituí-lo por achar seus 90 segundos uma eternidade para carregar um filme, e mesmo tendo realizado todas as atualizações de firmware, ele as vezes tem funcionamento anormal, principalmente na fase de carregamento.
    Sabe que achei ótima sua dica da Philips sobre o possível lançamento de um player usando o processador da Oppo, afinal essa marca é referência. Quanto a esse player novo da Philips que vc citou, o processador do Oppo que seria utilizado, seria para funcionamento do circuito do Blu-ray ou o DVD ?
    Qual sua opinião sobre o Samsung BD-C6900 ?
    Interessante sua citação que seu Player Philips lê DVD no sitema Pal ! Não sabia que existiam aparelhos aqui no Brasil, com essa característica. Saiba que a maioria das grandes séries de TV que curtia da minha infância (só vendidos na Amazon da Inglaterra) estão nesse sistema, mas na Região 2. Ele lê região 2 ?
    Pena que como vc disse (possivelmente) a Philips abortou esse novo player de Blu-Ray, não é mesmo ?

    Obrigado pela atenção

    Um abraço

  7. Oi, Rogério,

    A função Screen Fit nos players da Samsung têm por objetivo encaixar um fotograma 2.35:1 (21:9) em uma tela 1.77:1 (16:9), e como você suspeita o ajuste corta as laterais da imagem original. Eu não uso e ainda não vi, mas já li críticas no forum da AVS contundentes. Na minha opinião, este tipo de ajuste está errado e é deseducativo.

    A Samsung também usa o termo Screen Fit nas TVs, mas neste caso com os acertos corretos: levar a imagem original a ser integralmente reproduzida na tela!

    Não existe, até onde eu saiba, nenhum Blu-Ray player equivalente aos Oppo, no mercado brasileiro. A Philips havia programado o lançamento do BDP9600, que usa o mesmo processador, mas ela retirou a página do site.

    Eu uso atualmente o Philips BDP8000, já observei alguns pequenos bugs, mas no geral o desempenho dele é excelente, inclusive e principalmente na parte de DVD, com a vantagem de reproduzir PAL e NTSC de qualquer mídia, e desbloqueio de DVD para qualquer região direto no remoto, o que é ótimo para quem tem discos europeus ou de outros países que não os Estados Unidos. O desbloqueio só não toca discos DVD R1 com RCE, mas isso só afeta quem tem coleção antiga, porque o RCE não é usado mais, e no caso do Brasil nunca foi.

    O Oppo se distingue dos demais pelo seu design de áudio, que prevê SACD e DVD-Audio. Só um dos Sonys atuais lê SACD, o resto nem isso.

    Repare que o mercado oferece players a preços bem mais baixos e a uniformidade de reprodução é mais ou menos equivalente, no tocante ao Blu-Ray. A parte de DVD nem tanto. Então, se você precisa de um Blu-Ray player bom para discos Blu-Ray somente, mesmo os modelos mais em conta servem.

    Alguns fabricantes daqui estão oferecendo modelos melhores na linha 3D, mas o preço já não é o mesmo. Isso sem contar que o preço dos aparelhos oficialmente importados pelos próprios fabricantes é geralmente mais do que o dobro!

  8. Olá Paulo

    Poderia informar o que seria a função Screen Fit presente nos Blu-Ray player da Samsung ?
    Essa função não acaba cortando as imagens laterais (fazendo tipo zoom para preencher toda tela)?
    A imagem não perde qualidade quando somem as faixas pretas ?
    Outra dúvida, com excessão do player da marca Oppo, que está fora dos padrões de aquisição da maioria dos brasileiros, qual seria o melhor depois dele (sem contar com o PS-3) ?

    Um abraço
    Rogério

  9. Oi, Nolan,

    É claro que seria um desastre, mas nós todos estamos empacados com o HDMI, então o jeito é tentar contornar isso de alguma maneira.

    O HDMI, com este famigerado HDCP, é um dos principais culpados da miséria pela qual a gente passa desnecessariamente e, a propósito, o Webinsider deve publicar um texto meu sobre DRM, que conta esta estória mais a fundo.

    Os fabricantes de cabo nem sempre são honestos. E se o usuário bobear, ele vai largar um nota sentida em cabos que em quase nada são diferentes dos mas baratos!

  10. Paulo:
    Pelo que li,devemos tratar tais cabos não como simples conexões entre equipamentos,mas como “equipamentos” que conectam outros equipamentos! A complexidade da tecnologia doméstica nos leva a um mundo sombrio,onde o pessoal profissional mantém distancia(você já pensou uma gravação parada porque se teve problemas na monitoração AV) e o usuário doméstico comum fica sem se divertir por conta de fabricantes idiotas….Uma lastima!

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