Aprenda programação melhor com o Coding Dojo

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Programação se aprende de maneira prática. Espere, não seja radical ao ponto de jogar fora todos os livros e materiais sobre programação que você possui. Não leve a sério minha colocação se não quiser. Porém, a questão que quero levantar é esta: aprenda a programar programando.

O que dizer sobre acadêmicos que, mesmo após estarem formados em cursos superiores de computação, não dominam a arte de programar, ou em casos melhores, não estão preparados para serem os programadores com as habilidades esperadas pelo mercado de trabalho? O mercado exige demais ou as instituições de ensino não nivelam nossos acadêmicos de maneira satisfatória?

Se você já participou de aulas de programação onde papel, caneta e quadro-negro eram as ferramentas didáticas aplicadas, então reflita e conclua sobre os resultados de tal modelo de ensino. Não pense que o problema é o professor. Embora possam existir maus professores, o problema ao qual me refiro está relacionado ao método de ensino.

O bom professor deve possuir o conhecimento necessário e conduzir a aula de forma produtiva, cujo resultado seja aprendizado. Sugiro que se trabalhe com novas maneiras de ensinar e aprender programação. Há espaço para inovação dentro da sala de aula.

Existem vários grupos no Brasil, muitos ligados a universidades, que praticam o Coding Dojo. Trata-se de um encontro de pessoas com o intuito de resolver um desafio de programação. Não há competição. Todos trabalham com o mesmo objetivo: encontrar uma solução para o problema de programação proposto.

Para realizar um Coding Dojo alguns princípios devem ser respeitados:

  • O desenvolvimento deve ser orientado por testes. Portanto, antes de começar qualquer coisa, deve ser elaborado um plano de testes que indicará quando uma solução foi encontrada, isto é, quando o plano de testes for executado com sucesso.
  • A evolução dos trabalhos deve se dar através de “passos de bebê”, onde são realizadas pequenas implementações de cada vez, seguidas pelos respectivos testes. As implementações posteriores devem ser iniciadas somente quando o sucesso dos testes é alcançado para o trabalho atual.
  • A programação deve acontecer em pares. Cada dupla é formada por um piloto e um co-piloto e tem, normalmente, de 5 a 10 minutos para realizar sua implementação visando ao sucesso na aplicação do roteiro de teste. Somente o piloto digital. Após esgotar-se o tempo, o co-piloto assume a posição do piloto, que volta à plateia, e a posição do co-piloto é ocupada por um outro participante.
  • Todos os participantes devem sempre entender o que está sendo feito. Há uma interação constante entre os pilotos e os demais participantes da plateia. Entretanto, em alguns momentos, deve haver silêncio para que a dupla de programadores possa desenvolver seu raciocínio.
  • Após ter sido encontrada uma solução para um caso de teste, o grupo deve analisar e apresentar sugestões para melhoria do código implementado, processo conhecido como refatoração.
  • Ao término dos trabalhos o grupo deve refletir sobre o que foi bom e o que foi ruim. O que foi aprendido? É o momento de realizar uma retrospectiva.

É uma dinâmica bastante interessante, onde além das habilidades técnicas são exercitadas o relacionamento interpessoal e o senso de equipe. Um tanto alinhado com o cotidiano das empresas, onde é preciso saber fazer junto, trabalhar em grupo em busca do mesmo resultado.

Isto também faz parte da formação profissional e deve ser visto com bons olhos nas universidades e até mesmo no ambiente empresarial. [Webinsider]

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Tiago Vailati é analista de sistemas na Havan, sócio da UNI4 Sistemas e mantém o blog Vailati.

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2 respostas

  1. Dojos são uma excelente forma de se trocar conhecimentos, de uma forma descontraída e prática

    A 2XT, que constrói softwares para o setor de Turismo há quase uma década, comprova este preceito executando Dojos regularmente para os funcionários da empresa.

    Confira a nossa experiência:
    http://blog.2xt.com.br/?p=988

    Obrigado.

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