Ligue sua capacidade de análise e tenha opinião

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Sabe aquela a sensação de deja vu? Eu a tenho sempre que leio ou assisto algo na internet ou na televisão. Continuamente é apenas mais do mesmo, um repeteco de notícias sem qualquer análise, sem opinião.

É a informação – ou seria desinformação? – empurrada goela abaixo, enquanto as pessoas permanecem passivas, ou ainda pior, totalmente alheias ao verdadeiro fato por detrás das palavras meticulosamente pensadas.

Muita gente consegue se lembrar e repassar os assuntos do dia com perfeição, mas quando se instiga a discussão, quando se pede opiniões, levantam os ombros ou fazem aquela cara de interrogação.

Estão aptas a seguir sem questionar. A fazer discursos com as idéias dos outros.

Isso não lembra as ovelhas de um grande rebanho?

Pois é…

Quem fica em cima do muro, uma hora cai

A internet é o canal perfeito para divulgar sem qualquer censura, entretanto, muitas pessoas em seus blogs e nos perfis nas redes sociais, ao invés de expor suas idéias e raciocínios, apenas se utilizam de uma análise muito complexa: a do Ctrl+C – Ctrl+V.

Patético!

Canso de ver na minha timeline do Twitter uma sequência de tweets repetidos. E fica muito pior quando esses não têm qualquer fundamento ou o conteúdo é de baixa qualidade e pouca relevância.

É o uso da tecnologia como ferramenta de massificação. E as pessoas parecem gostar disso! Preferem tudo mastigadinho, digerido, mesmo que a contrapartida seja a perda do sabor, dos melhores nutrientes.

Se apareceu na mídia oficial e o âncora do jornal de prestígio falou, a coisa, então, é tida como verdade absoluta, inquestionável e irrevogável. É triste, mas é fato!

O véu sobre a verdade

Além da repetição das mesmas informações, temos um problema mais sério: a falta de veracidade sobre alguns assuntos importantíssimos como política, catástrofes, epidemias e por aí vai.

E para quem busca a verdade, resta escarafunchar nos recônditos mais ocultos da web. Às vezes, infelizmente, sobram somente as chamadas “teorias da conspiração”. Então, separar os dados relevantes do lixo fica bem complicado e em alguns casos, impossível.

Em que ponto chegamos?

Alguns intelectuais apoiam esse véu, pois bradam: a verdade é perigosa e pode causar histeria!

Concordo em partes, mas o real problema não é a verdade, mas sim o despreparo das pessoas. Há tanto tempo elas são condicionadas – seja pela educação deficiente, pela falta de cultura ou pela mídia indutora – a apenas absorverem sem discutir, que deixaram de lado a capacidade de raciocínio, interpretação e formação de opiniões.

Minuto a minuto somos tão bombardeados pelos “fatos” reais que até mesmo as mentes mais preparadas podem se confundir, gerar cenários desconexos.

Já nos alertaram antes: uma mentira repetida diversas vezes pode se tornar uma verdade absoluta.

Portanto, uma boa válvula de escape é fugir do convencional, buscar sua própria rede de conhecimento, com pessoas e canais responsáveis.

Às vezes, a falta de informações oficiais pode ser a melhor informação!

Você discorda?

Até mais! [Webinsider]

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Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.

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4 respostas

  1. Eduardo, um dos maiores problemas atualmente é filtrar as informações. Eu mesma já me vi confusa entre a quantidade gigantesca de fontes de informação disponíveis na Internet. Isso é bom? Claro que é! Mas é exatamente o que você diz: se não tivermos capacidade de análise e de formar nossas próprias opiniões, de que vale a informação? Afinal, informação só serve para alguma coisa quando conseguimos processá-la e transformá-la em conhecimento e ação, nem que essa ação seja expressar nossa opinião. Hoje em dia, filtro muito bem minhas fontes de informação, atualizando constantemente meu material de leitura.
    Parabéns pelas ideias sempre originais e concisas!

  2. Concordo:
    Já a algum tempo tenho evitado os canais ‘oficiais’, principalmente aqueles que mesmo na web não permitem que você emita sua opinião sobre a notícia.

  3. Concordo.
    Hoje não “acredito” em “informações oficiais”.
    A pessoa que assiste a um documentário, programa, jornal, não tem informações suficientes para discutir sobre o assunto. Elas tem uma opinião genérica e com pouco embasamento, apenas replicam o conteúdo do seu programa favorito.
    Como um amigo sempre diz, “assista a esses programas, veja os jornais, mas nunca deixe de ler 1,2,3 ou + livros sobre o assunto…”.
    Noticias bombásticas na internet servem única e exclusivamente para a “promoção de pessoas”. Pense em quantos “tweet”, “curtir”, “views” uma pessoa ganha ao postar uma notícia de última hora sem a certeza de ser verdade.

  4. Discordo.
    A ausência de um canal oficial de informação favorece ao caos em que estamos vivendo na web. O silêncio dá brecha para falarem o que querem, e infelizmente é o que fazem. Aproveitam-se de falta de informações concretas e ilustram a bel prazer. E assim nascem as lendas, os mitos, as mentiras que se tornaram verdade.

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