Por que você deveria jogar mais videogame

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Com objetivo de trazer um pouco do conhecimento dos game studies para o nosso mercado, vou iniciar uma pequena série de artigos curtos apresentando algumas teorias e traçando comparativos entre estes dois mercados com tantas coisas em comum.

Designers, diretores de arte para web e arquitetos de informação sempre buscaram novos conhecimentos e formularam novos conteúdos como se estivessem criando um novo mercado. Engano nosso.

Enquanto o mercado de interface digital crescia com os olhos na web, através da criação de sites e suas ramificações para os novos dispositivos móveis, o mercado de jogos digitais já estudava e documentava seu aprendizado neste campo há muitos anos. Assim, os videogames são uma excelente referência de interface digital para todos nós, em muitos sentidos.

Apesar de algumas correntes teóricas discordarem ser possível comparar os elementos que compõem um jogo com qualquer outro tipo de mídia, eu preciso discordar um pouco.

Os meios de interação, arquitetura de informação, perfil de consumo de conteúdo, design e narrativa intensa, são aspectos básicos de qualquer bom jogo e também de uma boa interface web ou mobile.

world-of-warcraftPara ilustrar, vamos pegar alguns dos hits recentes do mercado de games, como por exemplo World of Warcraft, Fifa e Call of Duty.

Você já reparou na quantidade de informações dispostas na tela, nas diferentes janelas ou nos atalhos que você precisa saber para jogar? No número de botões que tem um controle de videogame? Nas telas e diferentes menus dentro de um jogo?

fifa-11-interfaceSão muitas, não é? Tente fazer um sitemap disto para entender a complexidade de uma plataforma de jogos. E todas funcionam perfeitamente. Não foi preciso fazer um estudo minucioso para entender como interagir nestas interfaces porque elas são extremamente intuitivas e se adaptam ao momento.

Uma boa interface para o mercado de jogos precisa ser boa o suficiente para não atrapalhar a imersão, o gameplay.

Este é o resultado de muito planejamento de interface no que diz respeito à arquitetura de informação, direção de arte e integração com os sistemas, mas, também, de muito conhecimento do comportamento do usuário.

Nosso desafio na web é permitir o que podemos chamar de siteplay: fazer com que o nosso visitante navegue pelos conteúdos e consuma a nossas mensagens de forma fluída e imersiva, sem precisar parar pensar nos botões que precisa clicar. E agora você já pode lembrar dos seus estudos de taxonomia, card sorting e inúmeras outras metodologias que costuma usar para conseguir este resultado.

Outra similaridade é o processo de construção da narrativa de um jogo e da construção do conteúdo de um site (portal, app ou o que você quiser), pois ambas são projetadas para serem não-lineares, dinâmicas.

Vejamos:

Assim como num website, o jogo lhe apresenta um contexto ou história (conteúdo), uma época (identidade visual), um conjunto de regras (o sistema) e lhe desafia a escrever a sua própria história dentro de um certo limite de opções (navegar). A partir disto, você tem à disposição inúmeras possibilidades de alterar o funcionamento daquele espaço virtual a partir das suas escolhas.

E é pela estrutura ser sempre assim, tão simples, que precisamos inserir algo novo para despertar o interesse do nossos jogadores e usuários, fazendo com que acompanhem o desenvolvimento da história ou mantenham-se conectados à nossa marca. Nos game studies, chamamos estas “novidades” de enigmas. Mas isto já é assunto para um próximo artigo. [Webinsider]
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Juliano Fagundes é planner e consultor, com formação em design, publicidade e propaganda e comunicaçao digital. Mantém o Twitter @julianofagundes.

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4 respostas

  1. Muito bom o texto. Já faz algum tempo que venho acompanhando esta evolução da usabilidade dentro dos games. Hoje um game para muitos já não é mais um simples divertimento. Há pessoas que os estudam, tem as que escrevem sobre eles, que noticiam, e também existem os que competem com ele.

    E para isso tudo a indústria dos games teve que evoluir e sempre se manter atualizada. Assim muito sobre desenvolvimento, usabilidade e muitos outros métodos são estudados para manter este sistema de interterimento sempre atrativo a todos.

    Área muito interessante de ser estudada. Vale apena.

    No aguardo dos próximos textos.
    Abraços!

  2. Belo texto. Os games são os melhores e mais ricos exemplos que temos em relação às possibilidades de interação. E é um meio que está sempre um passo a frente em termos de inovações em interfaces de uso. Aguardo pelos próximos artigos sobre o mesmo tema.

  3. Parabéns, bom texto. Game e mercado digital tem muito a ver. Comunicação relevante é aquela que consegue criar um engajamento nos usuários e os games trabalham com engajamento faz tempo.

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