O novo Facebook e o emotional design

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Sempre curti mais o Facebook do que o Twitter. Não por uma questão de usabilidade ou design, já que sou da área de comunicação para web. Penso que cada mídia social cumpre o seu papel específico na rede: se o Linkedin é uma rede profissional, o YouTube uma rede para compartilhamento de vídeos e o Flickr de imagens, para ficar somente entre as mais conhecidas, o caráter do Twitter é mais assim, digamos, “pontual” mesmo.

Afinal, são 140 caracteres apenas para transmitir de maneira bem sucinta uma informação que, geralmente, é acompanhada de um link para pesquisa e referência sobre o “highlight” da mensagem publicada no microblog.

Já o Facebook… ah, o Facebook. Penso que talvez a melhor característica do “Face” (para os íntimos) seja justamente a possibilidade de reunir texto, vídeo e imagem para compartilhamento numa única mídia. Okay, isso é básico e todos nós já sabemos.

Então o que leva ao quase fascínio por essa rede social, que vem destronando o todo-poderoso Google para fundar o que já vem sendo chamado de “A Era Facebook”?

A resposta para essa pergunta, muito mais que um botão Curtir a cada publicação de usuário em um mural compartilhado com amigos e amigos de amigos – por si só uma revolução, apesar do Orkut ter sido o primeiro no Brasil a introduzir o conceito de rede social tal qual a conhecemos hoje – aproxima-se cada vez do conceito de “emotional design”, cunhado por Donald Norman em seu livro de mesmo nome.

Meu objetivo aqui não é me aprofundar na teoria descrita por Norman, mas basicamente o que ele coloca é que as emoções têm um papel crucial na capacidade humana de entender o mundo, e como eles aprendemos coisas novas. Exemplo: objetos esteticamente mais agradáveis ao usuário aparentam ser mais eficientes, por conta do apelo sensual que possuem.

Mas, voltando ao Facebook, reflita sobre o apelo emocional que possui. Na verdade, esse apelo é o “novo” Facebook, que já está em fase de testes e deverá ser lançado muito em breve para todos os usuários. Aqui vale uma ressalva. Você deve se lembrar do pânico que sentia ao pensar, anos atrás, que alguém “de repente” poderia te encontrar e te adicionar no Orkut. O que é inevitável, em se tratando de popularização das redes sociais, certo? Sendo inevitável, por que então refutar o fato?

O “novo” Facebook apropria-se de algo que parece à primeira vista tão desagradável para o usuário, incorpora-o e o transforma em algo primoroso: o Timeline.

O Timeline é o conceito que permeia toda a experiência visual e emocional de navegação do usuário. Vai desde uma capa com uma imagem que “sangra” a tela – em contraposição à atual imagem de tamanho absolutamente limitado – com a incrível possibilidade de “contar” a história da sua vida como uma linha do tempo em seu perfil na rede.

O apelo emocional vem ricamente representado por fotografias, imagens e também por vídeos e recursos diversos que vão desde geolocalização à música, filmes e atividades que definam a personalidade e a vida de cada indivíduo na rede. De uma tal forma que tudo o que você mais sente vontade de fazer é se mostrar para o mundo.

O conteúdo textual é o toque final que delineia toda a experiência, fundamental para conectar vídeos e imagens, mas já não é mais o ponto central da história. Por tudo isso, o Facebook dá um passo à frente no que podemos chamar de inovação na internet. Mais que inovar, tem se revelado uma interface capaz de revolucionar as dimensões entre o real e o virtual, já que cada vez menos temos conseguido tocar nossas vidas sem ele.

Referências:

[Webinsider]
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Laura Loenert é jornalista e editora do site 3DPrinting.

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4 respostas

  1. Agni, vindo de você é um “orgulho”. rs
    Por gentileza me avise das suas próximas palestras – pode ser via facebook mesmo, hahah – pois gostaria de cobrir e também de divulgar internamente para os meus colegas aqui da área de criação da Gonow Tecnologia. Abração!

  2. Elton, concordo contigo. Precisamos realmente tomar muito cuidado com o tipo de informação que compartilhamos em qualquer rede social, não somente no Facebook.
    Mas se existe algo de maravilhoso nisso tudo, é justamente o fato de podermos compartilhar conhecimento com qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta, e isso a meu ver é simplesmente sensacional. Porém como tudo na vida, é preciso saber usar – com bom senso e cautela. Ou seja, informações que pertencem à nossa esfera privada não devem ser nunca expostas na rede.

  3. Engraçado, recentemente conversando com uns amigos sobre a timeline do Facebook, fiz a mesma explanação sobre o Design Emocional aplicado. Muito bom 🙂

  4. Resumindo: exposição da sua vida na internet.

    É preciso ter cuidado com o facebook… as pessoas usam deliberadamente, expõem sentimentos ao mundo (algo antes compartilhado em uma conversa numa rodinha de amigos) e abre as portas de sua vida para ter seus caminhos seguidos e possivelmente vítima de uma surpresa negativa.

    Eu tenho muita cautela com as informações que coloco lá.

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