Múmias ainda transitam no ambiente profissional

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Somente os membros mais importantes da sociedade e os faraós do antigo Egito tinham direito de ter seus corpos embalsamados e preservados pela eternidade. Era um aspecto muito interessante da cultura daquele povo.

Milênios depois, isso também acontece no mundo dos negócios. Mas, nesse caso, essas figuras cheias de ataduras são muito prejudiciais. Agarram-se em suas zonas de conforto degradadas e podem destruir qualquer boa ideia e inovação.

São extremamente resistentes e intimidam com o olhar. Suas verdades parecem indefectíveis, mas no fundo escondem falácias e uma aversão medrosa às mudanças.

Alguns têm uma teimosia digna dos melhores exemplares de Equus africanus asinus. Vestem seus cabrestos intelectuais e permanecem firmes em sua convicção talhada em pedra bruta.

Como seres etéreos, podem causar devoção e até mereceram esse status. O problema é: muitos estão totalmente deslocados nesse mercado atual, não se reciclaram, não buscaram novos conhecimentos.

Eu já interagi com diversas múmias, principalmente quando estudante. Por sorte, não causavam pânico, mas boas risadas quando, caricatas, faziam estapafúrdias com suas próprias ataduras, perdiam-se em seus próprios devaneios por causa do cérebro embalsamado.

Sarcófago lacrado, negócio prejudicado

É importante prezar a reputação e os feitos na carreira. Entretanto, viver sentado em cima desse passado é algo contraproducente e impossibilita qualquer visão adiante.

Em geral, esse é um fato recorrente em profissionais com mais anos de estrada, contudo há jovens que resumem suas vidas em um único ato de sucesso. E ponto final.

Sem dúvida, a experiência é essencial. E a maturidade ajuda a tomar decisões mais coerentes e com mais chances de resultados positivos.

Porém, insistir em modelos retrógrados e, atualmente, pouco eficientes só pela “tradição” deles não movimenta mais a máquina mercadológica veloz, 2.0. As múmias se arrastam e apenas deixam trilhas de poeira e fiapos.

Aliás, a mudança é como o vento para esses seres: pode desintegrar seus corpos e suas crenças.

Mas, voltando a múmia clássica egípcia: há aquelas que realmente alcançaram a sua divindade e com isso podem ajudar – e muito – os meros mortais. Basta uma conversa franca, sem imposição ou um choque temporal / cultural muito grande.

É preciso entendimento mútuo e vontade de evoluir, de buscar o conhecimento.

É troca de valor profissional, com a qual, todos ganham e com isso se superam a cada novo desafio.

É isso aí!

Ah: agradeço ao leitor Mathias Carvalho – foi dele a dica para escrever sobre “monstro profissional”. E, claro, obrigado a todos os leitores, com seus comentários sempre importantes!

Esse é o quarto artigo da saga O Profissional Sobrenatural quando meu lado escritor fala mais alto.

Leia mais:

[Webinsider]

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Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.

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9 respostas

  1. É complicado tratar com gente nova no pedaço, quer pegar o bonde andando e sentar na janelinha, sem esforço nenhum, pode ser chamado de vampiro, zumbi, múmia, corinthiano???

    Atualmente estou sendo atacado por um bando de zumbis, mas eu chamo de gente incompetente.

    Motivo? Um domínio [razorfish.com.br] sim aquela empresa que a Microsoft comprou por 6Bi e vendeu pro 500Mi, veio para Brasil tentar denegrir a imagem de gente honesta…

    Gente quebrada querendo se apoiar em que???

  2. Um dia chegaremos lá!
    As múmias de hoje já brilharam no passado, tanto quanto alguns nem conseguirão em seu futuro.

    Os grandes negócios continuam sendo fechados em uma mesa de restaurante regado a comidas e bebidas que espantam qualquer Nerd acostumado com a velocidade 2.0.

    Bons negócios são lentos, devem ser cozidos em banho maria, e os apressadinhos que não gostam de preliminares não passam dos primeiros estágios.

    Se contentam com seus pequenos salários, cafezinho com a turma, 18h de trabalho em frente ao PC, e falar mal da múmias!

    Não sou a favor, mas um dia chegaremos lá, será que vamos querer continuar nessa correria desvairada ou vamos querer descansar e deixar os jovens fazer o serviço que taradescamente querem fazer.

  3. Muito bem colocado. o pior é quando essas múmias procuram outro sarcófago e nos pedem indicação onde trabalhamos… Tá cheio por aí!

    Abs!

  4. Muito bom seu artigo,Eduardo!

    O lamentável é observar que nos dias atuais e
    em segmentos como o Marketing de Rede as re-
    feridas “múmias” se arvoram como donas da
    verdade,impondo suas falácias e o que é
    surpreendente,conseguem seguidores fanáticos!
    Os comedidos,os vanguardistas são considerados,
    personas non gratas..srsr
    No entanto,os dotados de alguma ou total luci-
    dez,sobrevivem ao massacre,graças! Abraço e
    sucesso!

  5. Mais uma vez consegue fazer um paralelo do muito com o meio corporativo.
    Infelizmente convivemos com este tipo de profissional com frequência e a dificuldade que eles possuem em aceitar o novo como possibilidade é visível. Vivem presos as suas experiências do passado o que muitas vezes impede que se obtenha resultados mais produtivos no presente afetando diretamente o futuro.
    Parabéns!

  6. O que acontece com as múmias é que além de toda pompa e grana que se gasta com seu prestígio, normalmente não notam que estão MORTAS!

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