O brasileiro e a pirataria: uma questão de consciência

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Neste mês, o que mais se comenta no meio digital é o fechamento de sites de download e os protestos pelo mundo.

Grupo de hackers invadindo sites de governos, bancos e instituições de renome, deixando claro sua indignação com o fechamento destes gigantes da pirataria.

Ao observar estes movimentos e ler alguns comentários, percebe-se duas coisas completamente diferentes:

  1. Existe interesse político nesta guerra.
  2. Grande parte dos que apoiam os movimentos contrários ao fechamento, misturam a realidade – ou por interesse ou por ignorância.

Vamos falar sobre o segundo item.

Li inúmeros relatos sobre o absurdo de retirar o direito de baixar programas em sites ou até mesmo com uma postura em defesa da pirataria devido aos preços praticados hoje.

Mas, é preciso refletir: sabe aquele jogo ou o programa que ajuda a criar o seu trabalho e facilita seu dia a dia?

Antes de chegar ao produto final, existem diversas pessoas planejando, executando, trabalhando duro por meses ou até mesmo anos para criar um projeto de qualidade.

Imagine-se como integrante daquela equipe ou quem sabe o idealizador daquele projeto. Como se sentiria vendo o seu trabalho comercializado em uma esquina por R$ 5,00? Ainda mais se considerar os custos de produção e tempo gasto.

Você não tomaria alguma providência?

Nesse momento aquele bordão se encaixa perfeitamente: “pimenta nos olhos dos outros é refresco!”.

Existem, sim, questões como valores absurdos cobrados em CDs e DVDs pelas gravadoras, jogos com preços altíssimos, mas este é um outro caso para ser debatido e combatido posteriormente e de outra forma.

E claro, desconecte seu cabo de rede e seja canonizado todo aquele que nunca baixou uma música na internet ou outros itens.

Porém, já passou da hora da nossa mentalidade mudar e evitarmos a pirataria. Como sabemos, parte dela financia o crime – seja ele real ou virtual.

É uma boa postura nos colocar no lugar de quem idealizou e disponibilizou aquele projeto e fazer o que é certo, não agir somente por interesse ou conveniência, passando por cima de leis e normas.

Ouvi uma vez de um palestrante da Microsoft quando questionado sobre os valores das diferentes versões do Windows: “se você só pode comprar um fusca, compre o fusca. Se pode comprar uma Ferrari compre. Você, da forma correta, tem as opções que cabem no seu bolso”.

Fiquei revoltado quando ouvi, mas depois refleti melhor e vi que ele tinha razão.

Há sempre uma segunda opção, seja opensource, freeware ou mais em conta. O importante é ser legal.

Pense nisso! [Webinsider]

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Juliano Alvarenga é publicitário e sócio proprietário da Imix Comunicação. Twitter: @jualvarenga.

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2 respostas

  1. Esta semana assisti um documentário sobre direitos autorais. Fiquei dividida, mas no fim, acabei concordando com quem pirateia. Mas pelo simples motivo de que desde os primórdios, esta questão está sendo manipulada pelas maiores empresas, juntamente com o governo. Antes, por exemplo, para uma música se tornar domínio público, isso nos EUA, era 14 anos depois de sua morte, dai, deram um “jeito” e agora é 70 anos depois! É um absurdo! Se for levar tudo ao pé da letra, todos nós somos criminosos ao cantar “Parabéns para você”, pois tem que pagar para cantar! Acho que deve ter um equilíbrio entre as coisas. Não defendo 100% a pirataria, mas considero importante o fato de promover o equilibrio para que todas as partes fiquem satisfeitas. O autor/compositor/programador que seja e o consumidor final. Pois não há nada neste mundo que vai ser 100% inédito. Tudo vem de alguma inspiração, que não pode ser classificada como pirataria.

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