Plataforma de software, você ainda vai usar uma

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

A área de tecnologia não vive sem inovações, sem criar novas ondas, algumas permanentes, outras passageiras e outras vaporware, golpes de marketing. As plataformas de software entretanto, estão na primeira categoria.

Neste breve artigo vou procurar desvendar os principais elementos que constituem uma plataforma de software e seus fundamentos, de forma que você possa tirar o melhor proveito delas.

Antes porém duas reflexões: primeiro, alguns autores estão chamando alguns aplicativos web de plataforma de software. É o caso do Twitter, por exemplo, o qual não é plataforma. Segundo, algumas empresas estão comprando software que está sendo vendido como plataforma. O que também não é o caso, pois uma plataforma não pode ser adquirida do zero, ou como dizemos, from scratch.

Uma das mais interessantes diferenças de se comprar uma plataforma está no fato de que ela já está parcialmente pronta; basta então seguir seu roadmap de desenvolvimento e aperfeiçoá-la. De fato, se uma empresa investir no desenvolvimento de uma plataforma estaria perdendo de um lado vantagem competitiva – pois precisa esperar a tal plataforma ficar pronta para começar a utilizá-la – e de outro foco, porque terá que investir tempo definindo as regras e requerimentos da plataforma, algo que uma plataforma de software já entrega de saída.

Uma nota importante antes de seguirmos adiante: plataformas de software não servem somente para construir aplicativos, como por exemplo a plataforma da Apple, mas também para escrever livros (Amazon Kindle e o novo iBooks da Apple), vídeos, serviços, lojas, redes sociais, vender produtos, para e-learning (Moodle.org) e tantos outros ativos digitais. O alcance é bem amplo.

Desmontando o Lego

Quando penso em plataformas de software, a primeira imagem que me vem à cabeça é o jogo de Lego. Criado em 1949 na Dinamarca, a ideia por trás do brinquedo é sua total flexibilidade.

Com ele você pode construir um castelo, um carro ou um robô, sempre usando as mesmas peças básicas. Uma plataforma de software segue na mesma linha. Quando bem construída, vai lhe dar todas as ferramentas e fundamentos para que sua ideia a possa ganhar vida no mundo virtual.

Mas quais são as peças fundamentais? Vejamos:

O construtor

No universo dos nerds, ele é conhecido por SDK ou Software Development Kit. Com esta “caixa de ferramentas”, a qual está sempre baseada em alguma linguagem de programação, mais APIs (Application Program Interfaces) e outros “conectores”, pode-se começar a construir um aplicativo, o qual irá funcionar sobre a plataforma.

Uma importante observação porém: a maioria das plataformas possui um construtor de alto nível; isto é, não é necessário que você seja um expert em programação para começar a usar o construtor e colocar seu sonho pra funcionar. Mas, se você vai construir aplicativos de software usando uma plataforma como a da Apple, será preciso ter um conhecimento mais avançado. Dentro do construtor ainda existe um simulador, útil para prever o comportamento do aplicativo, conteúdo ou serviço como se estes estivessem no ar, na mão do usuário

O publicador

Uma vez testado e considerado pronto para uso, um aplicativo ou conteúdo precisa ir para o ar. Plataformas oferecem publicadores. Eles são fáceis de usar e estão conectados à “loja” ou “ambiente de comercialização”. Associados ao publicador e ao ambiente de comercialização, algumas plataformas oferecem relatórios de vendas, visitas e downloads.

O módulo de pagamento

As melhores plataformas já possuem um módulo de pagamento associado. Isto quer dizer que você somente terá que definir o valor de seu produto digital e quais as formas de pagamento que deseja aceitar. Em 90% dos casos, cartão de crédito é a moeda corrente.

O módulo social

Imagine o seguinte cenário: você decide abrir uma loja para vender camisetas e tem duas opções: abrir a loja numa rua ou num shopping center. O módulo social é o shopping center, oferecendo para você um possível público comprador. Algumas plataformas estão “plantadas” sobre redes sociais, no caso Facebook e Apple Store e isto oferece uma vantagem adicional para que você divulgue e comercialize seu aplicativo ou conteúdo.

Conclusão

Plataformas de software chegaram para ficar. Não reclame de pagar uma inscrição anual para entrar neste clube, afinal todos os módulos acima (e outros não citados, tais como hosting e segurança por exemplo), possuem um custo de operação e suporte.

As empresas ou organizações que criaram plataformas usam a receita em publicidade ou anuidade de seus afiliados para investir na evolução de suas plataformas, o que acaba beneficiando a todos. [Webinsider]

…………………………

Acompanhe o Webinsider no Twitter e no Facebook.

Assine nossa newsletter e não perca nenhum conteúdo.

Ricardo Murer é graduado em Ciências da Computação (USP) e mestre em Comunicação (USP). Especialista em estratégia digital e novas tecnologias. Mantém o Twitter @rdmurer.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *