Socorro, o banco de dados sumiu

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Cadê a lista de sócios? Onde está o banco de dados? A recente polêmica que envolve o clube de futebol Esporte Clube Bahia mostra como a imagem corporativa de uma adminstração pode ficar comprometida se não há cuidado ou transparência em relação à informação.

Desde sempre a informação é peça chave para a tomada de decisões acertadas. Basta ver o quanto as empresas investem anualmente em sistemas ERP, EIS e CRM. Portanto, o tempo deve estar a favor dos gestores e das empresas que necessitam tratar dados de maneira que virem informações refinadas.

Jamais o tempo deverá ser um impeditivo. Não basta investir em software; o hardware também deve estar adequado à aplicação. Se o seu servidor possui 32 Gb de RAM, saiba que o do concorrente pode ter o dobro da sua capacidade de processamento.

E quando a coisa chega na Justiça?

Vejamos por exemplo o caso do Morgan Stanley. Quanto vale um plano de recuperação de dados para uma empresa que está sendo processada? Para o Morgan Stanley, US$ 15 milhões. Em 2006, o banco de investimento em Wall Street concordou em pagar esta multa para encerrar uma investigação, por parte de reguladores norte-americanos, sobre sua incapacidade de reter mensagens de um simples sistema de e-mail corporativo.

O e-mail foi a peça central da sentença de indenização de 1,58 bilhão de dólares (alterada posteriormente) a favor de Ronald Perelman neste caso. Perelman é um investidor bilionário que alegou ter sido enganado pelo Morgan Stanley na transação de uma empresa.

A juíza, frustrada com a incapacidade do Morgan Stanley de fornecer os e-mails solicitados pelos advogados de Perelman (o banco disse que as fitas de backup tinham sido sobregravadas), tomou a decisão incomum de transferir o ônus da prova para o Morgan Stanley, que foi instado a provar sua inocência.

E o Bahia?

Talvez a coisa chegue a uma situação similar com o Esporte Clube Bahia; pois se a lista de sócios não aparecer, o juízo de Direito e valor poderá entender que há incompetência na administração dos dados e informações dos sócios e/ou então dirimir que há má fé na entrega dos dados solicitados.

Agora o interventor já possui poderes de entrar nas sedes do clube auxiliado por força policial e vasculhar arquivos e computadores. Caberá ao juiz então bater o martelo sobre a administração atual e seu trato com as informações. [Webinsider]

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Leonardo Cardoso de Moraes (leonardo@cardosodemoraes.com.br) é diretor comercial da TI Safe e perito forense.

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