A economia criativa é boa para o profissional da informação

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Você já ouviu falar de economia criativa? Quem lançou o conceito foi o inglês John Howkins, autor do livro The Creative Economy. De uma forma geral ele afirma que as pessoas da nova economia lucram com seus cérebros, não precisam de capital ou terra. Precisam usar sua criatividade. O conceito ganhou força na crise dos anos 00, que teve seu ápice em 2008, com a quebra do mercado fincanceiro.

A economia criativa é diferente da tradicional, aquela com modelo fordista e taylorista, da manufatura, agricultura e comércio. É que uma nova visão de negócios que está surgindo e baseia-se em três pilares: imaginação, a principal fonte de criatividade, a criatividade, que consiste em colocar a imaginação para trabalhar e o terceiro pilar que é a inovação, que significa colocar as ideias em prática.

As empresas não mais devem operar com departamentos de forma isolada, onde as pessoas só falam de suas especialidades. Empresas e instituições com forte controle, individualizadas e de grande ênfase na hierarquia não conseguem mais criar produtos e serviços inovadores.

Além do mais, as novas práticas sociais de compartilhamento estão impondo modelos abertos de criação e acesso a bens culturais, por exemplo.

Esta mudança é inevitável apesar da resistência das grandes empresas que têm desenvolvido todo um instrumental tecnológico e jurídico na tentativa de impedir esse fluxo novo do processo econômico.

Quando falamos em economia criativa, esse conceito é aplicado a pelo menos duas dimensões, que são as atividades econômicas (ou ramo de atividades) e as ocupações (ou profissões).

Os arquivistas e profissionais da informação estão ligados profissionalmente com a economia criativa por conta em seu trabalho com patrimônio cultural, juntamente com as profissões irmãs biblioteconomia e museologia.

A FUNDAP, vinculada à Prefeitura de São Paulo, realizou no final de 2011 o estudo Economia Criativa na Cidade de São Paulo: Diagnóstico e Potencialidade, que traz o mapeamento completo dos trabalhadores em patrimônio cultural na cidade.

Na pesquisa eles criaram um capítulo especial para análise dos dados da área de patrimônio da economia criativa.

O tradicional

Mas existe um grande paradoxo nisso tudo. De uma forma em geral, existe um vínculo dos arquivistas e profissionais da informação com instituições muito hierarquizadas ou vinculadas a estruturas estatais. De outra forma, nossa “mais valia” é intelectual, criativa. Esse é o ponto de equilíbrio a ser buscado: trabalhar com o patrimônio cultural, de forma criativa e inovadora, mesmo que em instituições que operem de forma tradicional. Usar nossa “mais valia” no tratamento das informações humanas, preservando bens culturais.

As empresas e instituições precisam ver novas formas de se estruturarem e possibilitarem o emprego da economia criativa em suas atividades; as novas gerações querem mais liberdade de trabalhar, não é à toa que muitos negócios da economia criativa são tocados por profissionais que cansaram de trabalhar em empresas que ainda pensam dentro do quadradinho. São empreendedores, profissionais com home office e que trabalham “por projeto” com seus clientes, tendo assim liberdade de atuação e de produção na economia criativa. Esse mercado vem crescendo muito.

Profissionais da informação, seu produto é da nova economia, é da economia colaborativa, criativa, da informação e do conhecimento, que questiona os direitos autorais, que usa os espaços da rede e coletivos como forma de mercado para sua produção, que vê no indivíduo não uma mão de obra, mas sim um criador, um transformador de realidades e um profissional que trata da informação como um bem econômico e cultural.

O que precisamos mudar em nosso comportamento para fazer parte da economia criativa? [Webinsider]

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Charlley Luz é arquivista, professor da pós-graduação em gestão de documentos da FESPSP e consultor em estratégia de informações e ambientes digitais da Feed Consultoria. Autor dos livros Arquivologia 2.0 e Primitivos Digitais.

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