Privacidade online sem radicalismos

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Nossa vida hoje está toda online, seja em sistemas abertos ou fechados.

Seus dados comerciais, pessoais, tudo pode ser acessado via internet, goste você ou não. Seu celular rastreia, até mesmo quando desligado, sua localização, você já viu isso em inúmeros filmes.

Eu sou fervoroso usuário do Facebook. Disponibilizo fotos, faço check-in e tudo mais o que o site permite. Mas procuro limitar o acesso, criando listas e dividindo os amigos dos “amigos”. Uso bastante o Twitter, este mais para trabalho. MSN e GTalk abandonei, graças ao Facebook, mas passava o dia todo online. Google Plus? Não me seduziu, ainda. Nem o Instagram e Pinterest, onde posto mas não entro para ver o que outros postaram.

Já conheci algumas pessoas online e ficamos bons amigos antes mesmo de nos conhecermos pessoalmente. Por exemplo, colaboro escrevendo artigos no site Webinsider desde 2003 e nunca me encontrei com o sócio e editor.

Por outro lado, nossa declaração de imposto de renda é enviada via internet. Por mais que digam que o sistema é inviolável, sabemos que nem sempre é assim. Não é de hoje que você encontra em camelôs as famosas listas de nomes e contatos da Receita Federal, muito usadas em spam e, antes da internet, malas direta. Sem sua autorização.

Uso a internet praticamente para tudo.

Banco? Internet
Compras no supermercado? Internet
Ingressos pra cinema? Internet.
Televisão? Assisto os seriados norte-americanos via web.
Música? Downloads online, claro.
Viagens? Hotéis e passagens compradas sempre online, sempre!

Via internet você pode até mesmo monitorar a segurança de sua casa. Pense bem e veja o quanto a internet está dentro de sua vida hoje.

Ok, você pode até não ser um “radical” online como eu. Meu pai, por exemplo. Avesso a tecnologia. Tem um celular que quase não usa e o modelo mais simples que existe (pessoalmente, acho o iPhone mais simples que o dele, mas enfim…). Não tem computador, não tem internet, nunca teve um dvd, parou no videocassete.

Isto, claro, não o impede de ser uma das pessoas mais bem informadas e articuladas para qualquer tema – de esporte a política, passando por história – que conheço. Mesmo ele vive comentando “como esses caras (leia-se políticos, comentaristas de futebol e outros menos graduados) na TV falam besteira. Pena que não tenho um computador e e-mail aqui, senão responderia no ato para eles”.

Se você fizer uma busca no Google pelo meu nome, serão milhares de resultados, mesmo excluindo os homônimos. Google aliás que botou fim em diversas discussões acaloradas em mesas de bar. Afinal, se você tem dúvida sobre algum assunto, não precisa mais perder horas filosofando e fazendo apostas sobre quem está certo ou errado. Dá um Google. Ok, concordo que nisso a internet só atrapalhou, pois nada como uma boa filosofia de boteco.

Existe uma grande discussão no mundo todo sobre privacidade na internet. A concentração de informação nas mãos de poucas empresas preocupa entidades da sociedade civil, pois isto pode ser usado de forma abusiva, especificamente para fins publicitários.

Legal, concordo. Mas pense bem: sua vida está toda online já, goste você ou não. Sabe meu pai, aquele que não acessa a internet? Pois é, tem informações sobre ele online, basta ir ao Google. Por outro lado, nos últimos quatro meses ele teve seu cartão clonado, possivelmente em postos de gasolina e restaurantes.

A discussão sobre privacidade é importante, sem dúvida, mas precisamos de cautela e evitar que aproveitadores – especialmente políticos – usem este pretexto para se promover e com isso prejudicar não apenas negócios saudáveis, como a publicidade, a produção de conteúdo e o comércio eletrônico, mas também a vida das pessoas, que usam a internet para trabalho e entretenimento.

Para exemplificar o absurdo a que o radicalismo pode nos levar, veja este site criado na Holanda por uma coalisão de empresas e o IAB. Ele respeita todas as normas de privacidade que vem sendo discutidas na Europa.

Experimente navegar e você vai entender do que estou falando. [Webinsider]

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Leia também:
Para inovar é preciso antes criar a cultura certa
O mal estar das organizações: tensão e mudança

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Texto publicado na revista ProXXIma.

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s de comunicação e produtora de conteúdo web na Talk Estratégias Digitais.

Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.

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Uma resposta

  1. Olá, Marcelo. Esse negócio de privacidade e internet é uma coisa tão complicada que não tem nem como fugir (como é o exemplo do seu pai), mas mesmo assim existem algumas formas para preservar suas informações. Muitas pessoas erram colocando dados pessoais importantes na internet sem mesmo perceber, umas simples data de aniversário no Facebook, por exemplo, pode fazer a festa de gente mal intencionada. Por isso, é sempre bom evitar! Abraços.

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