Imporium Ipanema e a sapatilha de gatinho

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sapatilha imporiumUma sapatilha com desenho de gatinho. Preta. Divertida. Para mulheres adultas. Não é algo que todo mundo quer. Não é um coringa, como um scarpin preto. Mas é um produto que pessoas específicas desejam muito.

Sabendo que produto têm em mãos e para que público ele foi feito, algumas empresas conseguem investir em mercados ainda não saturados e lucrar.

Isso se souberem fazer a coisa certa para conquistar clientes na cauda longa, no qual produtos e serviços para mercados específicos podem ser tão economicamente atrativos quanto para mercados de massa.

Exemplo disso é a sapatilha de gatinho da Imporium, marca carioca de sapatos e acessórios femininos que nasceu nos mercados alternativos de moda.

Com uma linguagem contemporânea, a grife conta hoje com uma loja em Ipanema, que foi aberta em 2001, e mais quatro, todas na capital do Rio de Janeiro.  Apesar da presença física localizada apenas no mercado carioca, sua atuação é forte nas redes sociais e nos blogs.

No Facebook, mais de 80 mil curtiram a Imporium, que publica diariamente novidades, promoções, fotos novas de campanhas e outras coisas.

A sapatilha de gatinho, um dos lançamentos mais populares da marca, leva a assinatura da famosa designer Charlotte Olímpia.  Já foram lançados modelos muito parecidos no exterior e que viraram sonho de consumo entre os fashionistas.

A original (da Carlotte) e a lançada pela Nag Nag custam por volta de R$ 700,00, o que faz o produto da Imporium, que custa menos de R$ 80,00 seja ainda mais cobiçado por quem acompanha os modismos.

Quando o gato fez miau

Quando as primeiras fotos da sapatilha começaram a aparecer na página da marca, vários seguidores manifestaram interesse em comprá-la pelo próprio Facebook. O problema, muito comum na internet, é que esses consumidores estavam espalhados por todo o país.

A primeira estratégia foi então propor imediatamente que as pessoas fizessem um contato direto por e-mail com a gerente da loja de Ipanema, Maria.

Muito simpático, isso funcionou no início, enquanto a demanda era controlada. Foi assim que eu comprei a minha sapatilha. Logo em seguida surgiram as promoções, que serviram para deixar os clientes ainda mais ansiosos e espalhar o assunto.

printscreen facebook

O sapato apareceu em inúmeros blogs e grupos de discussão do próprio Facebook, que foi o grande responsável pelo sucesso da estratégia toda. Passou a ser mais desejado por um grupo específico de consumidores pulverizados, que geraram uma alta demanda em um curtíssimo espaço de tempo, um caso típico do fenômeno da cauda longa.

O pulo do gato

Com isso a demanda cresceu e a Imporium precisou divulgar o contato das gerentes de outras lojas no Facebook. Mas, a procura aumentou ainda mais e as pessoas começaram a reclamar que não tinham retorno das gerentes.

Foi aí que a marca foi ágil. Decidiu montar uma loja no Facebook para vender exclusivamente a sapatilha de gatinho. Usou a ferramenta Likestore e agora é possível comprar a sapatilha de todo o Brasil, inclusive para revenda.

Assim a sapatilha de gatinho tão desejada se tornou acessível para o público de uma forma bem fácil, e virou o cartão de visitas da Imporium, atendendo à demanda do mercado bem na hora em que ela se formou.

Alguém chuta dizer por que a marca não colocou todos os seus produtos na loja virtual do Facebook?

[Webinsider]

Bia Lins (bialins@gmail.com) é jornalista com MBA em comunicação corporativa. Atua em comunicação digital, portais, redes sociais, marketing, planejamento, tecnologia e inovação. Mais no Linkedin.

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3 respostas

  1. Demais a história da Sapatilha de Gatinho – representa outras centenas de histórias de mercado de nicho acontecendo nesse momento em algum canto da internet. 😀

    As vezes a gente perde muito tempo bolando soluções de grande porte para atender um negócio inteiro em vez de dar uma tacada rápida e certeira com um produto de alto desejo numa plataforma objetiva como a Likestore. Tks por fomentar a nossa reflexão (rs). É preciso ser faceiro nos dias de hoje!

  2. Amei. Já sabia, já uso, mas a autora ARRASOU na maneira de colocar a lógica da alma da atuação empresarial nas mídias sociais e como explorar nichos de mercado.
    Excelente artigo. Parabéns.

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