Pressão e opressão: o que mudou no dia a dia das empresas

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Qual a diferença entre pressão e opressão? Parece a mesma coisa, mas não é.

Chamemos de opressão o desrespeito a uma pessoa, a vontade de diminuí-la, seja por disputa de poder ou simplesmente pela falta de outros modelos de comportamento. Como exemplos de opressão temos o assédio moral, as puxadas de tapete, as intrigas.

Chamemos de pressão a busca desenfreada por resultados, a falta de tempo, os desafios que a concorrência provoca e todas as agruras da pós-modernidade.

Felizmente, já não se fazem mais líderes como os de antigamente. Oprimir não pega bem, não contribui para a carreira de ninguém, não traz resultados para a empresa. Por outro lado, as pressões de nossos tempos são cada vez maiores. Assim, podemos dizer que sofremos de uma forma diferente, mas continuamos sofrendo…

E quais são as diferenças do ponto de vista dos resultados? A opressão sempre foi um forte aliado da manutenção do poder vigente. Ao minar a autoestima dos indivíduos, a opressão dificulta o surgimento de novas alternativas, não há espaço para a divergência. Um indivíduo oprimido pode até cumprir tarefas braçais ou burocráticas, mas não trará inovações à empresa.

A pressão, por sua vez, até um determinado ponto, pode ser produtiva: não são poucos os exemplos de soluções inesperadas, criadas justamente em função da pressão – como o caso de intervenções cirúrgicas emergenciais realizadas com talheres – ou até de invenções, como a penicilina.

E as metas, para que servem? Não são elas instrumentos de pressão? Contribuem ou não para a produtividade? Acredito que as metas contribuem pouco quando são de fácil realização. Quando muito difíceis, podem se tornar opressoras e o tiro sai pela culatra. Mas são perfeitas quando possuem aquela dose de desafio que alimenta a autoconfiança antes e a autoestima depois.

Existe pressionar sem oprimir? Como absorver as pressões do dia-a-dia de forma prazerosa e desafiadora? Como transformar pressão em motivação? Se a opressão tem um percurso linear e que, na medida em que aumenta, diminui a pessoa e sua produtividade, a pressão mereceria um gráfico na forma de sino, no qual a produtividade e o prazer chegariam até um determinado patamar para depois iniciar uma curva descendente.

A questão principal é que as pessoas são diferentes entre si. Isto significa que cada um tem o seu limite. Tipos de pressões também afetam de formas diferentes: alguns suportam bem a pressão do tempo, mas se intimidam quando, por exemplo, são pressionados a sair de suas zonas de conforto.

Quanto mais conhecermos nossa forma e a forma de nossos colegas de administrar a pressão, mais preparados estaremos para lidar com ela. E se respeitarmos aos demais e nós mesmos, já estaremos fazendo muito pela nossa produtividade e felicidade no trabalho. [Webinsider]

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Gisela Kassoy é especialista em Criatividade, Inovação, Adoção de Mudanças e Programas de Ideias e atua com consultoria, seminários, palestras e facilitação de grupos de ideias. Realizou trabalhos em quase todo o país e nos EUA, Europa e América Latina. Mantém o site Gisela Kassoy.

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