Nem tudo da Apple é simples

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Recebi ontem no final do dia a caixa que chegou via Rapidão Cometa. Empresa escolhida pela Apple Brasil para lidar com as entregas da sua loja virtual e que até outro dia era muito mal vista entre os clientes da maçã. Preciso, entretanto, ser justo – apesar de todas as reclamações que já li a respeito da empresa, comigo nunca ocorreu nenhum imprevisto desde que comprei meu primeiro produto na loja online da Apple Brasil, um MacBook em janeiro de 2010.

Dentro da caixa de papelão da Rapidão, a tradicional e sofisticada embalagem de Cupertino. Era chegada a hora! Finalmente eu iria eliminar os penúltimos cabos dos notebooks da casa. Hoje eles estão conectados à internet sem fio, mas precisam de cabos de energia elétrica e uma conexão USB com o HD externo que permite backups via Time Machine. Agora tenho minha própria “cápsula do tempo” e um fio a menos conectado ao meu Mac.

E já que eu precisaria substituir completamente todas as conexões que ligavam meu antigo roteador ao modem e impressora, resolvi reorganizar pela enésima vez os fios que correm em “estradas” específicas que montei embaixo da bancada do escritório com ganchos e lacres. Os fios que eliminei estavam ligados aos antigos HDs do Time Machine e além deles, outros que lá estavam adormecidos e esquecidos depois de tantas mudanças ocorridas até os dias de hoje.

Luz amarela e luz verde no Time Capsule

Conforme sugestão do manual de instruções e também de amigos, conectei o Mac ao Time Capsule via cabo Ethernet durante a configuração inicial e primeiro backup.

Ao ligar o equipamento, um passo a passo do AirPort Utility apareceu imediatamente na tela do meu computador, mas neste primeiro momento tudo que ele reconheceu foi a minha internet vinda do modem ADSL.

Enquanto isso a temerosa luz amarela continuava a piscar no Time Capsule, indicando que o processo ainda não estava concluído. Luz assustadora, aliás, que parece brilhar e piscar da mesma forma que a luz de reserva de combustível do meu carro, que insiste em piscar quando estou bem longe de um posto de gasolina.

Não entendo muito de redes, mas levando em conta os itens de configuração disponíveis, me parece que o Time Capsule pode ser configurado como um modem desde que a internet chegue através de um cabo Ethernet. Mas como eu disse, não entendo muito de redes. Aliás, também me parece que dessa vez nem a Apple conseguiu simplificar ao máximo esse processo para os leigos.

A luz amarela, que o manual insiste em chamar de âmbar, ainda piscava freneticamente até que entendi o problema. O Time Capsule precisava ser configurado como “bridge” (ponte) para que o sinal da internet vindo do meu modem pudesse ser levado aos demais computadores. Na minha santa ignorância, imaginei que “bridge” significava ligar um roteador no outro para estender o sinal da rede. Santa ignorância! Por isso reafirmo que dessa vez nem a Apple conseguiu simplificar esse processo de configuração de redes.

Próximo passo: impressora. Tenho uma HP que pode ser conectada a uma rede local via cabo Ethernet e que também liguei a uma das portas do Time Capsule. Lembro que precisei ajustar o IP dela no passado para que pudesse ser reconhecida pelos computadores na rede. Provavelmente por isso essa etapa foi um pouco mais fácil. E uma vez que já estava conectado à internet pude pesquisar alguns fóruns e rapidamente descobri como ajustar novamente o IP da impressora de acordo com minha nova rede. Um lapso de tempo quando comparado ao drama que foi o tempo gasto com a configuração inicial do Time Capsule.

Backup!

Último passo: backup! Esse foi fácil. Mantive os cabos Ethernet conectados aos computadores e iniciei o processo. Uma hora, duas horas, sete horas, dias… Nossa! Dias! Mas aos poucos o indicativo de tempo se ajustou na barra de progresso e os dois computadores em conjunto, salvando aproximadamente 500 GB, levariam seis a sete horas para concluir o processo.

Hoje pela manhã tudo estava terminado. Desconectei os cabos Ethernet e finalmente estou livre de quase todos os fios! Um dia quem sabe poderemos usar algum sistema de indução de energia como já ocorre em alguns celulares e atingirei 100% de liberdade.

Durante o processo, o Alexandre Costa e o Otávio Cordeiro (parceiros de papo no iTech Hoje), acompanhavam meu drama pelo iMessage. O Alexandre que nunca perde a oportunidade de uma piada fez questão de apimentar mais as coisas. Recebi dele uma imagem de um cemitério no qual vários Time Capsule faziam o papel das lápides e no topo uma frase dizendo que a média de vida do equipamento é de 17 meses e 14 dias. Parece-me muito pouco tempo quando se considera seu elevado preço, mas vou correr o risco. Evidentemente (e independente do “olho gordo” do Alexandre) farei uma segunda cópia de segurança, clonando o HD do meu Mac a cada mês.

E o backup do backup?

Antigos ouvintes do meu podcast lembrarão agora de uma frase minha que ficou famosa e é eventualmente repetida no Twitter e em outras redes sociais: “em se tratando de backup, quem tem um, não tem nenhum”. Imagine a situação. Seu HD apresenta um problema e quando você vai ao backup, se depara com algum tipo de falha ou dado corrompido. Onde está a cópia da cópia?! Parece paranóico, mas nos dias de hoje, com tantas informações armazenadas nos nossos computadores, é preciso de fato ser paranóico! Gosto de ter sempre dois backups e em HDs distintos. E gosto de trocar estes HDs a cada três anos no máximo. E se o dinheiro permitisse, eu os trocaria a cada dois anos.

De volta ao Time Capsule… Existem também outras possibilidades que quero experimentar ao longo dos próximos dias como, por exemplo, a criação de uma rede Wi-Fi para visitantes e a conexão de um HD externo na porta USB. Quem sabe dessa forma mantenho o processo de clonagem automaticamente agendado através de uma ferramenta como o Carbon Copy Cloner.

Dessa vez realmente não senti os efeitos do super simples processo de uso que normalmente acompanha os produtos da Apple, porém é preciso dizer que de um modo geral a experiência não foi tão traumática. Por outro lado, penso que definitivamente um leigo em tecnologia teria mais dificuldade que eu para realizar a configuração. [Webinsider]

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Vladimir Campos é escritor. Veja mais sobre ele.

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4 respostas

  1. Comprei um há pouco tempo mas a danada da luz “âmbar” não pára de piscar.
    Como configuro o TC como bridge? O meu MAC também não o enxerga.
    Obrigado
    Claudio

  2. Comprei um Time Capsule (TC) em setembro/2013, modelo torre, padrão IEEE 802.11ac, 3Tb. A configuração foi toda automática, só precisei inserir o nome e a senha de acesso ao TC (que fica sendo a mesma para o WiFi, podendo ser diferente se desejar). Ele detectou a rede a ADSL (GVT) na boa, inclusive a setou como “bridge” (ponte). Só precisei desativar o WiFi no Router da GVT para evitar ficar com duas redes WiFi em casa. Tenho uma impressora Samsung CLP-325W (wireless) que foi facilmente detectada pelo TC via botão WPS. Só não consegui (ainda) acessar o TC a partir do iPhone 4s e do iPad 3… nem pelo Apple-TV… Uma coisa é fato, o sinal WiFi está bombando!!!! O preço é elevado, sim, mas a satisfação maior ainda!

  3. Boa Noite Vladimir,

    Sou também apaixonado por tecnologia, e tenho um Airport Extreme que é o mesmo que o seu mais não têm HD interno, e também reconheço que não é tão simples assim configurar logo de início o danado.
    Para ter facilitado a sua configuração, vc deveria ter feito a atualização do firmware dele, pois ele vem desatualizado.
    A versão nova é mais fácil de configurar.
    Outra dica que te dou é que vc pode colocar um hub na porta USB do Time Capsule para colocar vários dispositivos.
    Você vai gostar muito do danado, e olha, os backups automáticos via wireless são bem mais lentos do que por ethernet ou USB, mais em compensação não precisa lembrar de colocar os cabos nas portas, eles acontecem sem fios…
    Se vc precisar de ajuda é só falar. Há! dura mais que 17 meses…

    Abraços, Paulo

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