Muita tecnologia da informação, pouca qualificação profissional

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Em pleno século XXI, quando enfrentamos o boom da tecnologia que vem facilitando muito a vida de todos, s deparamo-nos com um novo e sério problema. Vivemos uma crise em relação aos nossos profissionais. O que vemos é uma grande procura do mercado e, em contrapartida, pouca capacitação dos centros de formação – cursos técnicos, faculdades e universidades.

Dois motivos importantes para a falta de profissionais qualificados são o ensino defasado e o foco na teoria, no qual percebo que as universidades não alinham as reais necessidades do mercado com o que é passado em sala de aula. O mercado hoje busca cada vez mais conhecimento aplicado, enquanto os cursos de formação continuam com foco maior na parte teórica.

Um terceiro motivo é a falta de investimentos em pesquisas, seja por parte do governo ou até mesmo por parte das empresas privadas, pois os investimentos dão abertura a criação de novas tecnologias e abrem portas para o próprio mercado de trabalho. São poucas instituições que recebem esse apoio, apesar de os resultados dessa parceria serem sempre positivos para ambos os lados.

Vale lembrar que o problema com o ensino atinge todas as áreas e não apenas a de TI. O ideal seria que o governo melhorasse os critérios para regulamentação dos cursos superiores – no caso das instituições privadas – e adequar as grades dos cursos, tendo o mercado como principal referência. Esse ponto deveria ser válido tanto para as universidades públicas quanto para as privadas. É importante que os cursos superiores na área de tecnologia existentes sejam adequados na mesma velocidade que o próprio assunto avança. Dessa maneira as instituições contribuiriam para a formação de profissionais qualificados, onde o mercado tenha condições de absorver.

Podemos notar que a maioria das grandes empresas têm vagas abertas na área de TI, pois não conseguem encontrar os profissionais capacitados. O mercado de TI tem um déficit de profissionais, assim como em outras áreas e o fato de sobrarem vagas não significa que elas serão ocupadas por qualquer um. As exigências são grandes e as empresas procuram profissionais cada vez mais completos. É uma área em que se paga bem, mas com uma escassez de profissionais evidente.

A boa notícia é: nem tudo está perdido! Mesmo sem o apoio do governo e das universidades, os profissionais ainda podem correr atrás do prejuízo e se mostrarem qualificados. Mesmo com o mercado nesta situação, perde espaço quem não está atualizado, porém é possível conquistar uma oportunidade nessa área.

A dica que eu dou é observar quais são as tendências do mercado e buscar aprimoramento nas áreas relacionadas. Investir na carreira e na equipe é regra necessária, afinal, profissionais bem preparados sempre têm garantia no mercado. A chave para o sucesso é criar um diferencial, destacar-se no meio da multidão. Seguindo todos os passos com calma, podemos esperar dias melhores para a área de TI e seus profissionais. [Webinsider]

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Bruno Chuahy é diretor da Trigital. Empresa especializada em Tecnologia da Informação com foco no mercado privado, produtos e serviços voltados para melhoria da produtividade e redução de custos das empresas.

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6 respostas

  1. O tema é interessante. Parabéns ao autor do tópico e aos demais comentários.
    Ps: Aula de português é outro assunto.

  2. Meu caro, também discordo do ponto de vista.
    A teoria é muito importante. Não podemos criar equilibristas que se apoiam em cilindros ocos de conhecimento, pois em algum momento podem ruir.
    Muitas vezes, os práticos conhecem apenas as ferramentas e não a tecnologia em si. Não podemos ter “progranalistas” que se apoiam em RADs e ter códigos inchados e sem base técnica. “Experts em Rede” que só conhecem os equipamentos da fornecedor mais top e desconhecem o funcionamento de protocolos e como determinadas aplicações se falam.
    Concordo com o Sr. Sidney que diz que as faculdades precisam fornecer a parte teórica e as empresas/mercado forneça o modus operandi.
    Os alunos podem ser iguais, mas a vivência os molda. Uma pessoa por ter a prática e funcionar bem em uma empresa e não em outra.
    Contudo, fico triste com a falta de qualificação. Infelizmente, pela falta de um conselho regional – como, por exemplo, o CREA ou CRA -, qualquer um pode ser um “Analista de Sistemas” sem fazer um curso de Ciência da Computação, Analise de Sistemas ou Processamento de Dados.

  3. Caro Bruno, infelizmente discordo da sua opinião. Acredito que as Universidades precisam e devem focar na parte teórica, a parte prática deve ser fornecida pelo mercado. Acho que a quantidade de vagas abertas em TI está mais relacionada a ganância das empresas e ao mundo em que vivemos. Um exemplo : Se eu possuo todas as qualificações que uma empresa exige para eu ser contratado, por quê não abrir a minha empresa?
    Uma pergunta : Na sua empresa Trigital vocês valorizam mais o foco na prática do que na teoria?
    Pois bem lá vai um aviso, entrei no site da sua empresa e na seção de oportunidades existe a seguinte palavra PRETENÇÃO SALARIAL, quando o correto seria pretensão.

  4. Olá,

    Eu sou Mayara Pereira, jornalista do Núcleo de Comunicação e Design (NCD) do Instituto Infnet, responsável pela atualização de notícias no site do TI Master. Gostaria de saber se é possível um entrevista com o autor da matéria para realização de uma notícia sobre esse tema.

    Obrigada,

    Aguardo resposta,

    Mayara Pereira

  5. Para um profissional manter-se atualizado requer esforço, tempo e dinheiro. Além disso, o universo de TI é bastante volátil pois novas tecnologias vêm e vão, nem todas se consolidam no mercado mesmo sendo promissoras.
    Estes 2 fatores dificultam a escolha das opções de quais caminhos deve-se seguir para se manter atualizado e na vanguarda. O dilema decorrente cria 2 opções básicas para o profissional de TI. A primeira é gastar tempo e recursos na atualização e “contar com a sorte” para que a tecnologia escolhida se consolide no mercado. A segunda é ficar sempre “um degrau atrás” e dedicar os seus recursos somente em tecnologias consolidadas que nem sempre estão na vanguarda.

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