Quando a tecnologia da informação é superestimada

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Tenho a minha formação de nível superior em TI e durante muitos anos trabalhei exclusivamente no desenvolvimento de sistemas, sites e aplicativos, por isso afirmo: a tecnologia não resolve os problemas.

Você deve pensar que eu me tornei algum tipo de hippie que se rebelou contra o sistema, afinal hoje, a tecnologia faz parte de todas as áreas de negócio e conhecimento, da saúde ao lazer.

Concordo plenamente e a afirmação que fiz não vai de encontro a isso.

A tecnologia, seja TI, biotecnologia, robótica, não importa, é apenas uma ferramenta que facilita – e muito – o trabalho e a geração de soluções.

Entretanto, por si só, ela não é o santo graal e depende – ainda – do planejamento e estratégia criados por nós, humanos.

O topo da pirâmide

Quando eu trabalhava com desenvolvimento de sites e hoje, com o meu trabalho de análise de conteúdo e planejamento estratégico da informação, por diversas vezes em reuniões com os clientes – de todos os portes – vi que suas expectativas e investimentos se baseavam intrinsecamente na tecnologia.

E isso é ótimo, mas a forma como se “imagina” os cenários é errada.

Visualize uma pirâmide. O correto é a tecnologia ser o topo dela, entretanto, muitos gestores e clientes a colocam na base, como se, por mágica, ela fosse resolver todos os problemas da empresa.

Vamos usar o exemplo de um site. Não foram raras as vezes que, ao chegar às empresas para fazer o briefing e conhecer mais sobre o negócio, deparei-me com uma “bagunça” organizacional. Coisas do tipo:

  • Departamentos que não se conversavam;
  • Plano de negócio sem objetivos e metas claros;
  • Falta de gestão;
  • Equipes apáticas;
  • Estrutura física incompatível com as necessidades do modelo de negócio;
  • Políticas e estratégicas com falhas de conceito, etc.

Ou seja, mesmo que o site fosse excelente, com identidade visual impecável, funcionalidades e usabilidade muito bem planejadas e conteúdo bem elaborado, ele não conseguiria sustentar uma empresa sem fundamentação sólida.

A caixa de Pandora das redes sociais

Ao evoluir a minha carreira para o trabalho com a informação, deparei-me com a mesma visão errada da tecnologia como salvadora da pátria.

Ao propor o planejamento estratégico dos conteúdos e durante a explicação sobre a importância de se criar uma identidade informacional e oferecer ao usuário/cliente/leitor/prospect informações precisas, inovadoras e exclusivas, sempre ouço coisas do tipo: “vamos fazer uma fan page e postar coisas no Twitter!”

Ok! Perfeito!

Realmente, as redes sociais são canais importantíssimos de informação e interação e são altamente valiosas no modelo de negócios de hoje, mas fica a pergunta: o que publicar na fan page e o que devemos twittar?

Pois bem, aí que o “bicho pega” e, por isso, vemos tantas futilidades mesmo em perfis de empresas. E outro fato grave: vemos muito despreparo na interação com as pessoas, nas respostas às dúvidas e na proposição de soluções.

Twitter, Facebook, LinkedIn ou qualquer outro site, aplicativo ou ambiente não são capazes por si só de fazer o trabalho que depende da expertise de um profissional.

Enfim…

A tecnologia existe, é ótima e deve ser usada em “larga escala”, todavia, ela não é a solução de todos os problemas, é uma ferramenta muito útil quando bem aplicada.

E você, que tal compartilhar suas experiências sobre o tema conosco? Use o que preferir: os comentários logo abaixo ou nas nossas redes sociais.

Assim, juntos, munimos essas interfaces tecnológicas de conhecimento humano de qualidade!

Até mais! [Webinsider]

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Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.

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4 respostas

  1. Sem dúvida, Eduardo. A Tecnologia da Informação precisa ser vista como uma ferramenta de apoio a todas as áreas. Outra coisa que julgo importante frisar é que as pessoas também fazem parte dos componentes da TI, além dos hardwares, softwares, redes de telecomunicações e bancos de dados e é preciso haver harmonia entre, digamos assim, os clientes e os fornecedores de TI.

    1. Exatamente, Luis!

      É preciso uma interação de valor entre todos os profissionais envolvidos. E que cada um, por meio das suas experiências e conhecimentos, adicione valor aos aplicativos, sistemas e interfaces utilizados.

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