Aprenda a administrar equipes com os seus cães: psicologia

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Esse já é o quarto artigo da série – a lista dos demais segue abaixo – e, se rendeu tanto, é porque os cães realmente podem nos ajudar a entender os processos e, principalmente, as nuances na gestão de equipes.

Para ilustrar esse conceito, usarei o exemplo da minha matilha, em que temos:

O valor da gestão / a gestão de valor

A gestão de ouro é aquela que consegue unir os potenciais individuais em prol da criação de soluções excelentes.

Para isso, o gestor precisa conhecer muito bem a sua equipe, as virtudes e as fraquezas de cada um, para assim individualizar o tratamento aos profissionais, a fim de ajudar na motivação e permitir que as experiências e habilidades sejam usadas em sintonia.

A gestão, nesse caso, não é um discurso para multidões, mas sim uma conversa com o psicanalista, olho no olho. E só depois dessa “cumplicidade”, desse entendimento, é que é possível reunir profissionais e talentos com eficiência.

Um gestor não deve ser um ditador, mas sim um líder que será seguido pelo exemplo.

A natureza nos ensina muito

A Hanna é uma cadela muito equilibrada e obediente e faz perfeitamente o papel de gestora da matilha. Ela tem uma postura centrada e muitas vezes quando minha esposa e eu (nós seríamos os CEOs) temos dificuldades em alguma correção dos outros dois cães, ela nos ajuda instintivamente.

Aliás, para ser mais justo, afirmo que, ao observar seu comportamento, nós aprendemos muito.

Piquena é uma cadelinha que abandonaram na rua da minha casa e que adotamos. Ela deve ter algo em torno de 9-10 meses, ou seja, ainda é filhote e está em processo de aprendizado.

Ela tem muita vontade de fazer, de “agradar” e com a mesma intensidade ela demonstra a impulsividade, a agitação.

Nesse período inicial, ela vive o momento dos erros e dos acertos, das correções e dos elogios, ou seja, de entender como funcionam as regras e de aprender novos conceitos que a ajudarão no seu amadurecimento.

Uma boa postura é nunca fazer as tarefas pelo cão, mas sim ajudá-lo a vencer os obstáculos sozinho.

E nós, com o apoio da Hanna, sempre a direcionamos com calma e assertividade, permitindo-a fazer as descobertas por si só.

E me diga: esse cenário não é parecido com a vinda de um novo estagiário?

Quando o novo colaborador chega à empresa, muitas vezes ele não possui nenhuma experiência de mercado, estando seus conhecimentos restritos ao mundo acadêmico e às experimentações pessoais.

Ele tem um grande potencial, muita vontade e “gás”, mas precisa ser direcionado a fim de que essa vitalidade seja empregada em projetos, na aquisição de novos conhecimentos e na sua evolução como profissional.

Assim, um bom gestor não é aquele que subestima a capacidade dos novatos, alocando-os em tarefas secundárias sem valor agregado. Tampouco é aquele que cobra uma postura ou expertise iguais as dos profissionais com mais tempo de carreira.

O gestor deve ser equilibrado. Deve apoiar as boas iniciativas e frear as distrações. Deve corrigir na hora certa e elogiar com a mesma precisão.

Além disso, ele precisa conversar com os profissionais “com mais tempo de casa” para evitar conflitos, ciúmes, cobranças desnecessárias ou isolamento desse novato. A equipe, tal qual a matilha, precisa estar em sintonia para que as coisas fluam adequadamente.

Mas, e o Minduin, o criativo?

Eu não me esqueci dele! Deixei-o para o final, para ilustrar um exemplo de profissional que participa da equipe, mas tem uma individualidade muito forte.

O Minduin é um cãozinho interessante: gosta de ficar no seu cantinho em cima do armário­ – não, ele não é um gato. Num outro momento explico isso melhor -, gosta de tomar sol na escada, enquanto as outras duas cadelas brincam no quintal, dá suas escapadas pela rua, ou seja, tem uma personalidade forte, até mesmo dominante.

Mas, sempre que ele passa dos limites, principalmente quando fica muito agitado, nós ou a nossa gestora canina aplicamos algumas correções, a fim de que ele volte para um estado equilibrado.

Para um gestor, nem sempre é fácil interagir com esse estilo de profissional, pois apesar de muito talentoso e de gerar soluções magníficas, tem dificuldades em seguir regras ou atuar em equipe. Sempre coloca o “eu” antes do “nós”.

Deve ser dispensado? Não! A não ser que a insubordinação seja insustentável. Obs.: que fique claro que nosso caso, mesmo que fosse muito indisciplinado, nunca abandonaríamos o Sr. Minduin.

Cabe novamente ao gestor conhecer bem esse profissional e canalizar o seu potencial e mesmo o seu “jeito” de trabalhar para um modelo produtivo.

Como já falei, é quase uma conversa com o psicanalista.

Tarefa difícil? Com certeza, você concordará com o que direi: quem não aceita os desafios, não é um profissional de verdade.

Até mais! [Webinsider]

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Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.

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