Gerente preguiçoso pode contaminar os funcionários

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Quando um funcionário não exerce uma tarefa de modo adequado, tem o desempenho abaixo do esperado ou gera problemas para a organização é muito mais fácil rotular essa pessoa de “problemática” do que efetivamente buscar as causas desse comportamento.

Via de regra as pessoas não são nem um pouco desinteressadas – o ser humano é curioso por natureza, gosta de interagir com outras pessoas e seu ambiente, gosta de realizar bem as tarefas apenas pelo gosto de realizar algo, experimentar, aprender, gosta de desafios que estejam ligeiramente acima de suas habilidades, enfim, são naturalmente interessadas e engajadas.

O problema é que quando a tarefa em questão não apresenta nenhum desafio, é alienante ou sem sentido, ou então quando está muito além das habilidades da pessoa ela simplesmente não vê qualquer razão para persistir.

O que acontece na maioria das organizações é uma grande confusão entre causa e efeito.

Muitas vezes, na visão do gestor, o funcionário realiza apenas o “mínimo necessário” para se manter na organização. O gestor, descontente com o desempenho do funcionário, pensa que é necessário oferecer uma recompensa (um estímulo) para que o funcionário realize a tarefa, no entanto o funcionário apenas realizará a tarefa para receber a recompensa e não porque ele entende a razão de estar fazendo aquilo que deveria fazer. Uma vez que não houver mais “recompensas” envolvidas a tarefa não será mais realizada (ou será necessário aumentar indefinidamente a recompensa para alcançar o mesmo resultado).

Existe nessa situação um conflito de interesses: o gestor quer que o funcionário realize o máximo de tarefa possível com o mínimo de recompensa necessário, enquanto que o funcionário quer receber o máximo de recompensa possível (até porque o trabalho é alienante) realizando o mínimo de tarefa necessário.

O que o gestor falha em notar é verdadeira relação de causa/efeito – o funcionário apenas realiza o mínimo necessário em troca de recompensas porque a tarefa é alienante. Oferecer uma recompensa, ou uma punição, não vai resolver o problema; pelo contrário, vai apenas reforçar a noção já existente de que a tarefa é maçante, desagradável a ponto de ser necessário um “suborno” para que ela seja efetivada.

Enquanto o gestor não superar sua preguiça mental (essa sim é a verdadeira preguiça), aprender a pensar claramente em termos de causa/efeito, e verificar as premissas nas quais se baseia para formular as suas soluções, a organização vai continuar cometendo os mesmos erros até que um dia será tarde demais para mudar. [Webinsider]

…………………………

Leia também:

…………………………

Acompanhe o Webinsider no Twitter e no Facebook.

Luigui Moterani (@luiguimoterani) é especialista em gestão, inovação e marketing. Site: http://luiguimoterani.com.br//

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *