Bye bye spam: ele vai acabar em poucos anos

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Traçando um breve histórico, podemos considerar os anos 2000 como um período de latência, onde percebemos que inúmeras tentativas de tornar esta prática ilegal se mostraram frustradas. Isso porque, em geral, os spammers encontravam brechas para disparar as mensagens. Na maioria das vezes, esses e-mails eram disparados por países onde não havia legislação que realmente punisse estes emissores.

E até mesmo onde existiam leis, como Estados Unidos, Espanha ou Japão, as mesmas ainda se mostravam ineficazes. Tomemos como exemplo o caso da Coreia do Sul.

A Korea Information Security Agency (KISA) verificou que o volume de spam caiu três vezes entre março e julho de 2003, depois da implementação da lei. Em compensação, o número de spammers tentando contornar os filtros bloqueadores baseados no endereço do remetente também aumentou.

Ainda, a partir de 2010, com a intensificação das leis e punições, houve um novo fenômeno. A batalha contra o spam deixou de estar apenas nas mãos dos organismos reguladores responsáveis e passou a ser realizada pelos próprios usuários, que através do botão Report Spam, passaram a ter grande influência na reputação dos remetentes perante os provedores de e-mail. 

Principais armas

A cada dia, as pessoas estão aprendendo a impor limites ao spam. A simples checagem de e-mails, cuja maior parte do tempo, outrora, resumia-se a deletar boa parte das mensagens recebidas, hoje está mais tranquila. E como esse avanço foi possível?

Tal avanço, imposto pelos usuários, seja pelo alto número de report spam, seja por denúncias diretas aos organismos reguladores. A criação de blacklists foi um grande passo. Estas listas negras onde são inseridos os maus remetentes, aqueles classificados como spam passaram a ser consultadas pelos provedores e a influenciar diretamente a entrega das mensagens na caixa de entrada. Assim, as mensagens enviadas pelos domínios e IPs listados passaram a cair diretamente no lixo eletrônico dos usuários e os spammers viram seus esforços fracassarem.

Da mesma forma, os filtros bayesianos passaram a codificar com mais força as mensagens e analisar seu conteúdo, separando as possíveis ameaças. Ano a ano, as tecnologias foram confrontando os dados e se adaptando às manobras utilizadas pelos spammers que, hoje, já não as conseguem driblar com tanta facilidade.

Existem, por exemplo, grandes empresas que já compartilham um anti-spam integrado no servidor do provedor, com regras globais, alimentando a inteligência do filtro. A prática possibilitou que mensagens marcadas como spam sequer sejam enviadas para seus destinatários.

Muito ainda há que se fazer, mas esta década já está se firmando como uma das mais emblemáticas no que tange as discussões em relação à segurança na web.

A era do respeito

É fato que os usuários detêm este poder de debater, exigir mudanças e assegurar o recebimento de conteúdo que gere informação e conhecimento. São eles que classificam o que querem receber e mesmo que não seja “tecnicamente” um spam, as mensagens que não geram interesse acabam por ser classificadas como spam. Hoje, os provedores estão muito mais atentos ao tipo de interação gerada pelas mensagens do que às configurações técnicas.

Assim, para que o e-commerce continue crescendo cerca de 33% ao ano como ocorreu em 2012, o respeito ao usuário é essencial. Se ele aceita receber novidades por e-mail, ou se solicita a remoção da base, isto deve ocorrer de maneira prática e rápida (para ambas as partes).

Em um futuro próximo, acreditamos que robôs / tecnologias / hackers não encontrarão mais meios de burlar os provedores com a criação de novos IPs. Estamos entrando na era da personalização, e esta será mandatória para quem quiser chamar a atenção para suas campanhas de e-mail marketing. Por isso, devemos nos preparar com novas estratégias, pois o spam, para o bem do comércio eletrônico, está com os dias contados! [Webinsider]

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Victor Popper (@victorpopper), CEO da All In.

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