Uma nova imagem brasileira

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No mundo inteiro, bancos de imagens são usados há décadas por publicitários e editores de publicações sempre que precisam de imagens de boa qualidade estética em tempo hábil e dentro de um orçamento restrito. Mais: essas fotos precisam transmitir conceitos ou exibir lugares e pessoas, de acordo com o projeto para o qual forem selecionadas.

Assim, os fotógrafos que trabalham para os bancos de imagens praticamente constroem suas imagens, preparando e selecionando cenários e modelos para obterem o conceito exato – alegria, tristeza, dinamismo, sucesso, entusiasmo, incerteza e assim por diante – ou mostrar pessoas e lugares da maneira mais óbvia possível.

Por exemplo: se o assunto for Rio de Janeiro, a foto seria de uma praia com guarda sóis e o Corcovado ao fundo. Se for São Paulo, o Viaduto do Chá. Se for a Bahia, uma baiana com roupa típica e o Elevador Lacerda ao fundo. Clichês como os que o filósofo alemão Walter Benjamin condenava ao escrever “A obra arte na era da sua reprodutibilidade técnica”, em 1936.

No Brasil a discussão sobre imagens clichês e a falta de uma “Imagem Brasileira” é constante. Diretores de arte, editores de revistas e livros, diretores de cinema, artistas em geral tinham (e ainda têm) a mesma queixa: em bancos de imagens só se encontram as mesmas cenas, pessoas europeias ou americanas e é consenso que o Brasil que vivemos e conhecemos não é retratado de uma maneira representativa de nossa cultura, arte, etnia, valores, alma!

Capoeira e tocadores de berimbau
“Capoeira e tocadores de berimbau” (autor: Brasil2) – iStockphoto #19361108

Para tornar isto possível – a criação de um acervo que represente a imagem brasileira (ou as diversas imagens do Brasil, que é múltiplo em suas representações) – alguns bancos de imagens, como a iStockphoto, têm buscado talentos que sejam capazes de capturar imagens de outro modo, com outro olhar, em instantâneos que se distanciem dos estereótipos, e assim transformar seu banco de imagens numa verdadeira galeria de arte, onde cada foto é uma obra autoral, única e incomparável.

São justamente esses os artistas que estão sendo revelados no concurso “Fotografe o Brasil”, promovido pelaiStockphoto e Canon de março a maio de 2013: fotógrafos de todas as regiões do país estão enviando imagens de lugares bem conhecidos, mas em ângulos e visões inteiramente novos, numa demonstração de que existem talentos que respondem com facilidade ao tema do concurso: “Vários Olhares, um só país”. Em apenas três semanas, o número de fotos de um Brasil brasileiro sem retoques, autêntico e original já passava de sete mil imagens.

Uma verdadeira transformação começa a aparecer no horizonte do conteúdo em imagens sobre o Brasil: mais e mais fotógrafos talentosos, com novos olhares sobre o nosso país, estão prestes a disponibilizar imagens que compõem um verdadeiro acervo de arte visual sobre nosso cotidiano, cultura, pessoas e paisagens. É só uma questão de tempo.

Para finalizar, deixo aqui uma breve história sobre Banco de Imagens:

Até que a internet aparecesse, os bancos de imagens imprimiam e distribuíam seus catálogos às editoras e agências de propaganda para venda das fotos disponíveis. Se você fosse um publicitário que mudasse de agência, encontraria em seu novo emprego os mesmos catálogos que já estava habituado a consultar anteriormente.

Com o surgimento da internet, dos scanners de baixo custo e finalmente das câmeras digitais, os catálogos impressos desapareceram, os bancos de imagens se tornaram digitais e começaram a se transformar em fontes muito melhores de imagens.

O número de fotógrafos aumentou expressivamente, assim como o número de imagens enviadas para apreciação, a variedade de assuntos, de cenários, modelos, e novas mídias foram incorporadas ao negócio de bancos de imagens, como: ilustrações, vídeos, áudios e animações em flash.

Embora essas transformações estejam acontecendo há quase duas décadas, ainda há quem ache que os bancos de imagens continuam sendo os mesmos daqueles catálogos de papel de 30 ou 40 anos atrás.

Ledo engano. Para começar, a compra e o recebimento da imagem, que podia demorar semanas, é praticamente instantânea – uma transação com cartão de crédito e um download de segundos ou minutos e tudo está resolvido. Sem correio, sem alfândega, sem câmbio, sem banco, sem demora. A outra vantagem é que a ausência desses custos implicou, ao longo dos últimos anos, uma queda vertiginosa nos preços das imagens, tornando-as acessíveis a praticamente todas as categorias profissionais e a todos os tipos de produção – de blogs pessoais a comerciais para TV.

Além disso, a associação das imagens com os bancos de dados permitiu que se conectasse a elas um número virtualmente ilimitado de palavras-chaves, permitindo que as buscas se tornassem mais rápidas e mais precisas, e transformando o banco de imagens num aliado da produção gráfica, publicitária e editorial.

Mas isso não é tudo: a popularização da internet e das câmeras digitais permitiu que fotógrafos do mundo inteiro produzissem imagens aos milhares, enriquecendo os bancos de imagens de forma nunca imaginada – hoje, a iStockphoto tem perto de 125 mil colaboradores do mundo inteiro e um acervo que já ultrapassou 11 milhões de arquivos.  Alguns desses colaboradores ganham a vida exclusivamente vendendo fotos por meio da iStock.Lise Gagné, uma colaboradora que mora no Canadá, já ganhou mais de US$ 1 milhão vendendo suas fotos junto à empresa.

Gente feliz num conversível (Lise Gagné)
“Gente feliz num conversível” (Lise Gagné) – iStockphoto #17108927

[Webinsider]

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Ana Clara Cenamo fundadora e produtora executiva da Spanda Produtora.

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4 respostas

  1. O carregamento do seu Web site é muito rápido no Safari.
    Excepcional Blog! Além disso seu texto foi muito bem escrito!

  2. Diante de tudo que lemos e entendemos do discorrer da autora,só podemos concluir que estamos cada dia num grande universo de oportunidade e de uma qualidade monstruosa.

    Parabéns pelo texto.

  3. Olá Ana!

    Gostei muito do post e da iniciativa.
    Realmente encontrar fotos nacionais nos bancos de imagem não é uma tarefa fácil.

    Observando este mercado e as qualidades e deficiências dos bancos de imagem, resolvemos lançar uma proposta inovadora para as agências e editoras.

    Pensamos no processo inverso!
    Ao invés de ficar horas procurando a imagem perfeita para um projeto, no nosso site o cliente pode inscrever um briefing descrevendo exatamente o que ele precisa.

    Deem uma olhada no link para entender melhor.
    http://www.trypic.me

    É uma nova oportunidade tanto para clientes, quanto para fotógrafos e filmmakers que possuem diversas imagens de qualidade guardadas em seus computadores.

    Espero que gostem.
    Qualquer feedback é bem vindo!
    Abs,
    Nando.
    CEO & CoFounder – trypic.me

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