Google, não seja assim. E a filosofia don’t be evil?

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O Google sempre foi, para mim, sinônimo de liberdade… Sempre algo a mais do que uma simples ferramenta. A famosa filosofia corporativa “Don’t be Evil”, entre outros valores.

Contudo, pude reparar nesses últimos anos que a integração cada vez maior entre os diferentes serviços dele, engendra um sentimento de “armadilha-maravilhamento” que cria confusão no usuário.

Está ficando cada vez mais nítido que o Google não está mais a fim de compartilhar tanto assim e que nada nunca foi de graça. Agora que ele domina a internet com seus serviços, ele parece ter mudado…

Mas como dizia o Abraham Lincoln: “Se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder”. Ainda está cedo para dizer qual será o desfecho desta história.

Sim, vamos falar em Google dependência, porque ninguém é perfeito, nem a Google, e acredito que a comunidade SEO brazuca precisa quebrar cada vez mais esse tabu.

Acho que posso comentar sobre isso, sou usuário pesado dos serviços da companhia de Mountain View há muitos anos. Pois, virou meu trabalho… Até criei minha primeira conta Gmail na Califórnia, quando lançaram o serviço, enquanto estudava em San Diego.

E posso lhe garantir que trabalhar com Marketing Digital hoje em dia, que seja em agência ou empresa, no Brasil ou no exterior, não pode ser efetuado de forma completa sem estudar o Google.

Uma lista não exaustiva de alguns dos mais poderosos serviços do Google:

  • O motor de busca mais usado do planeta, Google Search;
  • Agregadores monstros de imagens (Google Images) e notícias (Google News);
  • Serviços de geolocalização como o Google Maps e Places;
  • O navegador mais usado do mundo: Chrome;
  • O poderoso Google Analytics ;
  • As caixas Gmail e Google Apps;
  • Os serviços de publicidade Adwords e Adsense;
  • Youtube, simplesmente a maior plataforma de vídeo da Internet;
  • Android, o sistema para celular mais difundido no mundo;
  • E finalmente Google+ para fechar o ciclo.

Tudo começou no Desktop, quando o Google oferecia tudo “de graça”, lembram? Aquela sensação de poder acessar ao conhecimento global de forma livre, ter uma caixa de e-mails gigante, serviços de geolocalização eficientes, a possibilidade de ter uma ferramenta poderosa de Web Analytics e monetizar seu blog com Adsense. Isso para todos, sem discriminação. Uma linda revolução!

Ao longo dos anos, fui reparando muitas modificações e na grande maioria dos casos achei-as positivas. O Google sempre teve esse algo especial, esse algo a mais, essa velocidade sem falha, essa agilidade de gigante!?

Com certeza, tenho muita admiração para essa empresa. Pois ela merece.

Contudo, vários acontecimentos e atitudes do Google demostram que, cada vez mais, a empresa estende a sua influência fechando suas garras (produtos líderes). Passe o sentimento que a filosofia da empresa está se perdendo.

Analisando certos fatos e atitudes do Google:

  • O motor de busca Google Search se tornou a porta do conhecimento do mundo, um quase monopólio. Hoje, somente vontades políticas conseguem barrar o caminho do Google, como no exemplo do Baidu na China. Quase nenhuma empresa consegue competir com a rapidez de inovação e os meios do Google.
  • O Google Images teve seu layout modificado, o que fez cair drasticamente a audiência de vários sites compartilhando suas fotos no agregador. O Google News está se tornando cada vez mais polêmico, acusado de levar a falência os jornais tradicionais que não souberam se adaptar tão bem ao digital.
  • Google Maps continua sendo o melhor serviço de geolocalização, a entrada da Apple no mercado foi ridiculizada.
  • O Chrome frustrou a ascenção do Firefox (da Mozilla Foundation, uma fundação sem fins lucrativos) e ultrapassou até o Internet Explorer da Microsoft
  • O Google Analytics, após a versão gratuita ter se espalhado em quase todas as máquinas do mundo e os usuários terem se acostumados com a sua interface, lançou uma versão paga. Dados como palavras-chave dos resultados orgânicos para SEO estão sendo criptografados (not provided) quando o usuário que visita seu site está logado. A desculpa seria a “privacidade” do usuário, quando sabemos muito bem que os próprios produtos da empresa não respeitam realmente a privacidade nos seus contratos. A realidade é que vai incentivar cada vez mais o uso do Adwords (onde as palavras-chave não estão sendo escondidas) e gerar receita para eles.
  • Google Apps, que no seu lançamento tinha planos gratuitos de 50 caixas para pequenas empresas, que caíram para 20, e para 10, para finalmente existir somente na sua versão paga. Ainda nos reste o Gmail! Ufa!
  • Adwords, o tesouro do Google. Ainda bem que podemos acessar o potencial de busca das palavras para poder elaborar uma estratégia de SEO. E se fosse obrigatório termos uma conta Adwords com dinheiro para poder acessar a ferramenta de palavras-chave? A próxima jogada comercial do Google? Já pensou? Não seja mau…
  • Youtube, o próximo líder da TV?
  • Android irá acabar com o Iphone da Apple? A sincronização com os serviços do Google que já usamos é tão perfeita, tão prática. E o preço, tão competitivo.
  • Google+? Let’s kill Facebook! A melhor maneira para o Google de forçar a um engajamento cada vez maior dos seus usuários, fechando o “círculo”.

Seja ele mau ou não, o Google sempre será uma referência em termos de eficiência. Os serviços são fantásticos e sempre inovadores, um bom ponto para a empresa. É fácil criticar, difícil fazer melhor.

Por fim, acredito que o Google precisa escutar mais seus usuários e evangelizadores (profissionais de SEO), para poder continuar liderando em vários segmentos como hoje, ele precisa demostrar que tem consciência que seu projeto vai além do comercial e se puder se responsabilizar publicamente por isso, melhor.

Talvez fosse bom diminuir um pouco a velocidade e a agressividade da competição, escutar, colaborar e integrar mais? #ficadica

Leia mais artigos do autor no blog: Inbound Marketing

[Webinsider]

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Eric Apesteguy (@EricApesteguy) é CEO e Co-fundador da Agência Digital Aotopo.

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