Thomas Edison, Hollywood e o Studio System

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O nascimento da indústria de cinema na América do Norte é recheado de aspectos polêmicos, entre eles a luta desleal contra a quebra de patentes, o corporativismo, o racismo antissemita e, sobretudo, a ambição de aventureiros que se lançaram na então nova mídia pelo afã de ganhar popularidade, poder e dinheiro.

O desenrolar destes acontecimentos iria ter repercussões na maneira como esta indústria foi controlada durante décadas, até sofrer modificações de estrutura e perda individual de poder, com sérios riscos de afundar grandes estúdios no estado de falência. E, na verdade, em muitos casos estes estúdios acabaram vendo vendidos ou loteados, por empresas fora do ramo de cinema, já prestes a fechar definitivamente as suas portas.

A história em si encerra lições, que abrangem desde vários aspectos da sobrevivência corporativa, e também artística e intelectual, até o uso de uma mídia inovadora mais como fonte de renda e menos como veículo de arte e criatividade, como se poderia supor inicialmente.

Tudo tem início com Thomas Edison, figura igualmente polêmica que, para fins da patriotada americana, foi, e ainda é, chamado de inventor do cinema, coisa que ele absolutamente não representa.

O que Thomas Edison fez foi mandar desenhar uma máquina chamada Kinetoscópio, depois conhecida como “peep show” (“peep” no sentido de bisbilhoteiro, ou o que olha escondido), e cujo objetivo era coletar dinheiro de alguém interessado em assistir um filme.

Edison se aproveitou do avanço alcançado por trabalhos pioneiros de terceiros, no campo da captura da imagem em movimento, entre eles Eadward Muybridge e Étienne-Jules Marey, além de ter observado o sistema de projeção de imagens do “Théatre Optique”, criado por Charles-Émile Reynaud, que usou uma cinta perfurada, com imagens pintadas em quadros de gelatina. Este tipo de perfuração foi aquele que, em última análise, possibilitou a evolução da captura da imagem em movimento em filme de celuloide em 35 mm, usado nas câmeras de cinema.

 A Motion Picture Patent Company, o “trust” controlador de produção

Edison e seus colaboradores criaram uma câmera para a captura em filme, similar aos inventos já desenvolvidos na Europa, e com ela ele obteve uma patente. A partir da mesma, Edison se propôs a exercer absoluto controle sobre a produção de filmes.

Para tanto, ele cria o Motion Picture Patent Company, conhecido depois como “Edison Trust” (ou “truste”, se quiserem). O truste tem também o objetivo de impedir a importação de filmes e material cinematográfico da Europa. E com esta medida, somente aqueles estúdios autorizados poderiam exercer o direito de produção de filmes, com distribuição imposta e obtenção de estoque de negativo de uma única fonte.

Mais importante ainda, a produção de filmes fica inexoravelmente presa ao pagamento de direitos pelo uso da câmera patenteada de Edison. A mordaça tornou inevitável o estrangulamento da emergente indústria de cinema. E para garantir que seus direitos fossem respeitados, Edison criou a sua própria polícia, um corpo de detetives, e mais advogados para processar quem quer que fosse infringi-los.

No filme “Chaplin”, de Richard Attenborough, há uma alusão a este fato, onde o personagem aparece em uma sequência, editando cenas de sua obra “The Kid”, de 1920, escondido com sua equipe em um quarto de hotel em Salt Lake City, Utah, sendo depois perseguido pela polícia local:

A reação ao “truste de Edison

Um dos erros colossais de Thomas Edison foi o de forçar o uso individual do Kinetoscope para a apreciação de seus filmes, enquanto que na Europa o cinema dos Irmãos Lumière já começara com projeção em tela, para apreciação coletiva.

Nenhum dos seus competidores havia aderido a este sistema e logo descobriram ser mais rentável a aplicação de aparelhos de projeção em salas adaptadas. Isto despertou a cobiça de Edison, que adotou um sistema de projeção desenvolvido por Thomas Armat e Charles Francis Jenkins, o rebatizou com o nome de Vitascope.

A concorrência ao processo de projeção em salas adaptadas aumentou, quando a maioria dos filmes passou a ser produzida clandestinamente, com equipamentos e material fotográfico contrabandeados da Europa.

A maioria dos seus competidores, para fugir do monopólio de Edison, procurou locais alternativos para a produção de filmes. O principal deles foi em Hollywood, na California. Hollywood era inicialmente um local agrário, bem como os seus entornos. O primeiro estúdio a se estabelecer em Hollywood: o Christie-Nestor Studios, aberto em 27 de outubro de 1911, pelos irmãos David e William Horsley.

A luta de Edison contra os produtores independentes continuou, mas o truste criado pelo MPPC foi julgado pela corte americana em 1915 como um monopólio injusto, e teve as suas atividades encerradas. Edison finalmente desistiu do cinema alguns anos depois.

 A competição com os imigrantes

Hollywood, com o seu clima e luminosidade natural considerados excelentes, foram inicialmente explorados por D. W. Griffith e equipe, por volta de 1910, quando ele trabalhava para a Mutoscope. Entretanto, os terrenos e adjacências foram ocupados por imigrantes europeus, a partir do ano seguinte.

Uma grande parte do processo imigratório ocorre por conta da deflagração da primeira guerra mundial e pela intensa discriminação racial de famílias judias sediadas principalmente no leste europeu. Foram filhos destas famílias os principais protagonistas da reação contra o truste de Edison, e eventualmente eles iriam migrar para Hollywood e lá montar os mais poderosos estúdios de cinema.

A maioria dos imigrantes judeus que montou estúdios em Hollywood veio de famílias pobres ou que procuravam oportunidades de trabalho e sobrevivência em solo norte americano, incluindo o Canadá. Foi o caso, por exemplo, de Carl Laemmle, que veio do sudoeste da Alemanha, e foi um dos que mais atuou contra Edison, tendo depois fundado o Universal Studios.

Outros casos similares mostram Adolph Zukor, que perdera os pais ainda criança na Hungria e foi depois criado por um rabino ortodoxo, do qual se livrou para emigrar em busca da sorte. Mais tarde, ele iria ajudar a montar os estúdios Paramount. Os traumas familiares são enormes nestas pessoas. Louis B. Mayer, considerado o mais poderoso dos magnatas judeus de cinema, teria dito certa vez que não lembrava mais o nome de sua cidade de origem na Russia nem a data do seu nascimento. L. B., como era conhecido na M-G-M, era ao mesmo tempo paternal e tirano, e reputado como pessoa intimidadora com quem se confrontava com ele.

William Fox, fundador do estúdio do mesmo nome, era filho de família cujo pai era irresponsável e deixou a todos à deriva durante anos. O jornalista Neal Gabler cita em um de seus livros que Fox teria cuspido no caixão do pai durante o enterro. Os irmãos Warner tiveram no pai Benjamin Warner o abandono da família na Polônia, e posteriormente uma vida miserável na América, até que eles conseguiram arrumar meios para entrar no ramo de cinema, e posteriormente fundar o próprio estúdio.

É possível que os maus tratos familiares, junto com o sofrimento da discriminação racial de seus países de origem tivessem sido os fatores pelos quais os imigrantes judeus fundadores dos grandes estúdios em Hollywood tivessem se imbuído radicalmente do espírito americano de vida e tentado com ele apagar as agruras das suas infâncias.

A necessidade de montar estúdios, entretanto, se deu principalmente para conseguir alimentar as rentáveis salas de exibição da época. Teria sido Carl Laemmle quem inicialmente percebeu a necessidade do escoamento de filmes para os locais de exibição, e ele mesmo teria se dado conta de que Thomas Edison demorou a perceber a importância da sala de exibição na exploração do cinema, perdendo, portanto, o controle da distribuição e da exibição de filmes em uma tacada só.

A primeira iniciativa para a criação de redes exibidoras foi a conversão de lojas de outros ramos de atividade. Eventualmente, foram criadas redes de salas chamadas de Nickelodeon, que consistiam em ambientes fechados, para os quais se cobrava o preço de admissão de 1 níquel (5 centavos de dólar). Originalmente, os Odeons eram teatros gregos com ambiente coberto e de pequeno porte, usados por pequenas trupes de atores, músicos e poetas. O espalhamento de lojas convertidas em Nickelodeons aumentou o acesso de famílias de baixa renda na procura de diversão barata, o que facilitou a expansão das salas por todo o país.

 Hollywood

Ficou claro, desde o início do crescimento da indústria de cinema, que a produção de filmes só seria conseguida se houvesse o estabelecimento de produtoras de filmes longe do território dominado por Edison. Para tanto, os então produtores independentes tomaram a decisão de se mudar de Nova York para a Califórnia, no extremo oposto do país.

O crescimento de estúdios implantados em Hollywood foi diretamente proporcional ao número de imigrantes judeus que se mudaram para lá, a maioria envolvida no mercado de exibição de filmes. Tal fato terminou por modificar por décadas a maneira como a indústria de cinema funcionou no país como um todo. Enquanto Edison e seus associados tentaram impor uma certa qualidade moral e técnica em seus filmes, os estúdios em Hollywood se ocuparam na criação de qualquer tipo de filme que atraísse público às suas salas de exibição.

Nascia ali o espírito do cinema comercial americano, sem conduta ética ou de acabamento que preocupasse os produtores de filmes. O leitor poderá observar que este espírito tem ainda prevalência em filmes americanos até hoje. Mas, à época, iniciou-se uma guerra discriminatória contra o poderio dos judeus, particularmente entre eles e os chamados americanos da linhagem WASP (acrônimo de “White, Anglo-Saxon, Protestant”), somados aos antissemitas, maioria entre os associados de Edison.

Os donos de estúdio judeus trataram de se proteger. Todo o segundo escalão e as principais chefias são então confiados a judeus, em alguns casos com um nepotismo necessário à obediência e preservação da linha doutrinária desenhada para a produção de filmes. A entrada de não judeus é permitida, mas controlada pelas chefias e por interesse financeiro na maioria das vezes. Tementes à reação de massa antissemita, a produção de filmes desde cedo é governada por roteiros de temas amenos, não religiosos, e estritamente dentro do gosto popular. Esta cautela perdura por décadas a fio. Basta ver, por exemplo, a filmagem do épico Ben-Hur, que trata da saga de um príncipe judeu pela sua liberdade e a de sua família, nos tempos de dominação romana, mas anunciado como “um conto do tempo de Cristo”.

Em tempos recentes, e aí já debaixo da censura dos códigos de produção que oprimiram os principais estúdios, o lançamento de filmes é predominantemente escapista, e às vezes propositalmente fantasiosa, como nos filmes de terror da década de 1930. Em estúdios como foi na notória M-G-M, o tema principal dos roteiros envolveria romances banais, temas de família e musicais, por insistência de L. B. Mayer. Quando Dore Schary dividiu com ele a direção de produção, por imposição da Loew’s, sua principal acionista, o confronto foi inevitável, pois Schary queria que o estúdio se envolvesse em filmes com algum tipo de mensagem, inclusive política. O antagonismo entre os dois chegou ao ponto de Mayer se dirigir ao presidente da Loew’s e dizer “ou ele ou eu”. Era tudo o que os seus inimigos queriam: L. B. foi imediatamente demitido!

O controle da maior parte da indústria de cinema americano por magnatas judeus levou seus antagonistas antissemitas, dentro e fora da mídia, a classificar Hollywood como antro de perversão e decadência, e esta oposição foi fortalecida mais ainda quando os estúdios, na ânsia de vender filmes, deixaram vazar roteiros inundados de sexo na forma de erotismo, nudez e outras gracinhas.

A farra sexista dos estúdios perdurou até o início da década de 1930, quando foi editado o Código de Produção de Cinema (MPPC), conhecido como Código Hays, em alusão ao censor chefe de Hollywood William Hays. O “Código” exerceria fortíssima pressão de censura nos roteiros, com o objetivo de “limpar” Hollywood da sujeira moral a que chegara, e só terminou de fato lá pelo fim da década de 1960.

 O Studio System

O pior de Hollywood e da dominação por magnatas poderosos foi a criação do chamado Studio System. O sistema estende o controle da produção de filmes de dentro para fora, através dos métodos de distribuição e exibição, e de forma draconiana.

Partindo do princípio de que nem todo filme cairá no agrado do público, o sistema impõe a distribuição a todos os filmes indistintamente. Na prática, isto significa exclusividade de exibição de títulos sob a condição de exibir os demais do mesmo lote e do mesmo estúdio. Esta façanha é conseguida tratando a exibição de filmes na forma de um pacote, e neste uma mistura de filmes com boa previsão de bilheteria junto com outros nos quais o estúdio não se mostra inicialmente otimista. Ao exibidor, é imposto este pacote, sob pena de não mais conseguir outros filmes para exibir.

Praticamente todos os grandes estúdios de Hollywood tiveram a sua própria cadeia de cinemas, em alguns casos fora do território norte-americano. O sistema atinge então principalmente o exibidor independente, tratado de forma impositiva pelos rígidos princípios de distribuição.

Internamente, cada um dos grandes estúdios manteve o estafe técnico e artístico sob contrato exclusivo. Raramente se vê a cessão de pessoal de um estúdio para outro. Os atores, em sua grande maioria, são considerados “propriedades” dos estúdios, podendo as chefias influenciar em suas vidas pessoais de forma prepotente e absurda. Tal fato gerou inúmeros conflitos, alguns dos quais determinaram situações de incompatibilidade entre as partes, com ameaças e desvantagens de trabalho indo parar no lado mais fraco.

O tratamento de atores, diretores e roteiristas como meros operários de uma linha de montagem diminui significativamente o lado artístico e criativo necessário às filmagens, dependendo do tipo de papel oferecido (imposto) e da reação do ator ou atriz ao mesmo.

A dominação de uma classe artística que necessita de liberdade para poder criar leva a situações insustentáveis. Um caso notório foi o da atriz Judy Garland, que sucumbiu ao uso rotineiro de medicamentos para poder trabalhar. Note o leitor que não se trata de vício ou de qualquer coisa correlata. Tudo começa com a necessidade de trabalhar mais horas seguidas, e posteriormente de conseguir mais horas de sono, uma pílula para cada problema.

O uso prolongado destas pílulas leva à condição de estafa e quebra da homeostase orgânica. Eventualmente, Judy tinha que se afastar para tratamento desta estafa, e o uso de pílulas interrompido. Voltando ao trabalho, o uso de pílulas recomeçava, com o sofrimento e a piora ao nível do trabalho. Durante a produção de “Annie Get Your Gun” (no Brasil, “Bonita e Valente”) em 1950, Judy Garland quebrou de vez e foi mais tarde despedida.

O ressentimento do restante do cast foi sentido pela atriz substituta Betty Hutton, que se queixou, anos mais tarde, ter sido tratada com frieza pelos demais colegas, por causa da saída de Garland. Um fim melancólico para uma artista como Judy Garland, que contribuiu com seu talento inato para a qualidade de seus filmes e para a fama do estúdio.

A posse, criação de mitos e de personalidades públicas de atores foi conhecido como “Star System”. Cada estúdio modelava todas as figuras de acordo com a necessidade de explorar tipos potenciais e com o gênero de filme a ser feito. Com isto, o risco de criação de estereótipo permanente poderia levar o ator ou atriz ao estigma no qual ele ou ela não estavam preparados para enfrentar.

Foi o que se passou com a atriz Marilyn Monroe, gerando inúmeras disputas com a Fox. Ela personificava o símbolo sexual apelativo, no formato “garotinha inocente”, aliado a uma suposta ingenuidade, mais reconhecida pelo público como burrice crônica na forma de uma mulher loura com corpo estonteante, ao qual nenhum homem poderia resistir.

Durante a filmagem do nunca acabado e problemático “Something’s Got To Give” a atriz morreu, vítima de um alegado suicídio, até hoje muito mal esclarecido. Antes de tudo isto acontecer, o estúdio despediu e recontratou Marilyn, tendo no final fechado a produção em definitivo por causa da morte da atriz.

Marilyn Monroe tentou em vão se livrar do estigma da “loura burra” diversas vezes. Em seu terceiro casamento, uniu-se ao escritor Arthur Miller, tendo antes sido estudante de literatura e artes na Universidade da Califórnia e depois inscrita no Actors Studio, onde trabalhou sob a supervisão de Lee Strasberg. Sua mulher, Paula Strasberg, acompanhou Marilyn em suas filmagens subsequentes, causando inclusive alguma tensão com os diretores de seus filmes. Não adiantou nada!

 Os estigmas de Hollywood

A forja de magnatas, filmes de qualidade inquestionável, procura e pesquisas de novos métodos de realização de filmes, criação de mitos e destruição de vidas, estão entre alguns dos estigmas que poderiam ser atribuídos aos estúdios de Hollywood.

Não há dúvida que, ao lado da ambição desmedida por dinheiro, todos os grandes chefes de estúdio se interessaram em melhorar a qualidade técnica da mídia. A introdução das telas ultra largas, do som estereofônico multicanal, e do uso de bitola 70 mm estão entre estes méritos.

Hollywood, mesmo depois de acabadas a posse das salas exclusivas e do studio system, sempre se caracterizou por um cinema predominantemente comercial, ou orientado para este fim. Uma das estratégias para atingir este objetivo foi a de oferecer o que público quer, e se adaptar à realidade das mudanças.

Muito se disse que Star Wars, do cineasta George Lucas, marca o início de Hollywood correndo atrás de um público frequentador de cinema mais jovem, na suposição de que o público mais velho havia se retirado das salas de exibição, mas isto não é verdade. Historicamente, todos os estúdios fizeram avaliações das fórmulas que davam certo comercialmente, e quando não davam, eram relegadas ao segundo plano ou abandonadas.

Basta ver que esta tendência de massificação do que o público quer ver existe até hoje. Uma análise do tipo de filme que dá bilheteria passa uma ideia de que a plateia atual não pensa mais, nem tem sentimento. Raros são os filmes com algum tipo de estória épica que não tenha brigas, guerras ou batalhas o tempo todo. O número de heróis em quadrinhos ressuscitado é acachapante. E o número de “interpretações” sobre o surgimento dos mesmos ainda maior.

O cinema em Hollywood compete hoje com a televisão pela quantidade de violência, sexo e terror, no formato forjado na década de 1930. Os vampiros são provavelmente a maior fonte de receita deste tipo de banalidade, e não importa mais se de dia ou de noite, ao contrário do cinema antigo, quando ainda se respeitavam os parâmetros literários deste tipo de personagem.

Por mim, acho pouco provável ver qualquer mudança a este respeito. Acho também que o espírito comercial, que norteou muito mais a indústria de cinema em solo norte-americano, irá ter prevalência ainda por muitos anos, caso contrário a indústria, sem ter seu principal balizamento, irá ter morte lenta, com 2D ou 3D! [Webinsider]

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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6 respostas

  1. Oi, Nolan,

    Como você sabe, existem sempre os dois lados da mesma moeda. E a capacidade americana de vender algum produto os torna um país singular no mundo.

    De fato, Jobs aproveitou ideias do Xerox Parc, na criação do MacIntosh. O que ficou foi a ideia de que o Mac havia criado a interface gráfica com o usuário, mas ela já sido desenvolvida e testada pela Xerox, em um computador que nunca foi comercializado por ter sido considerado invendável!

  2. Nos USA aparecem sempre espertinhos com invenções ótimas,mas voltadas principalmente para bolsos do,digamos,inventor.O ultimo dêles foi o Steve Jobs,com seus macs,itunes e nuvens.Longe de mim censurar suas ideias excelentes,mas o camaradinha foi sem dúvida o maior espertalhão que já vi.Que o digam os donos dos Macs,IPods,IPhores e quem usa aquele lixo chamado ITunes.

    Abração,Paulo.

  3. Tresse,

    Já fiz: http://br74.teste.website/~webins22/2013/02/16/o-pobre-rico-cinema-frances-de-vanguarda/

    Falta agora um texto sobre o cinema alemão. Iria falar um pouco também sobre o Italiano e sobre o Sueco, mas fiquei distante dos dois faz tempo.

    O cinema francês entrou na minha vida por acaso. Na Tijuca, a Franco-Brasileira abriu o Tijuca-Palace, e eu não precisava mais me deslocar ao Paissandu naquela época. Além disso, o Miguel Pereira, hoje Professor da PUC, organizava as quintas do MAM, um dia para se ver um monte de coisas que eu não havia visto, por falta de idade (a maioria dos filmes era proibido para menores de 18 anos) ou cultura mesmo. Quer dizer, recuperei o tempo perdido, com a iniciativa de um crítico que já era profundo conhecedor de cinema.

  4. Paulo, como sempre seus textos sobre Cinema são verdadeiras enciclopédias. Obrigado pela aula. Embora não morra de amores pelos franceses, gosto quando eles falam de Artes e produzem alguns queijos e vinhos. Eu quero te sugerir que fale alguma coisa sobre o Cinema francês. Eles são muito cuidadosos nas teorias, mas se perdem um pouco na prática.

  5. Olá, Felipe,

    Mais uma vez vejo a sua participação precoce nos comentários, com os quais continuo a concordar plenamente.

    A briga de Edison com Tesla foi mais um dos exemplos da prepotência em querer impor a corrente contínua na distribuição de energia, que acabou não dando certo.

    Outro dia mesmo eu fui ao cinema e quando começou a exibição daquela lista interminável de trailers, eis que aparece na tela o anúncio da refilmagem do super homem: o mesmo roteiro, as mesmas falas de 30 anos atrás. E eu com os meus botões pensando: mas, de novo? Se isto não é falta de imaginação, eu não sei mais o que é.

    Se a meta deste povo é deixar o cinema respirar por aparelhos, eles então estão fazendo um trabalho magnífico. Às vezes, para assistir um filme decente, a gente é obrigado a procurar salas alternativas, mas elas são caras e os filmes exibidos em salas mínimas. Só mesmo para não se ficar para trás com o que se está produzindo.

    E o cinema nacional se abastecendo de comédias, algumas boas outras um pastiche de coisas do passado. E eu continuo notando, infelizmente, que o ator de cinema no Brasil continua viciado na encenação e nos maneirismos do teatro. E a gente se pergunta porque as escolas de formação de diretores ainda não conseguiu acabar com isto!

  6. Mais uma vez, Paulo Elias, um artigo generoso e com muita informação, digno dos mestres. Parabéns!
    Edison, foi, pelo jeito, uma peste. Parece a personificação do americano, com 
    seus controles mesquinhos. Haja vista a guerra entre ele e Tesla, este último uma personalidade aparentemente mais inclinada a compartilhar.
    Essa história do controle dos estúdios por judeus eu não sabia e tudo faz muito sentido visto sob perspectiva.
    Quanto aos parâmetros literários desrespeitados o que se há de fazer? Tudo virou uma grande mixórdia, muitos disfarçados sobre uma explicação de ” criatividade”! Qual nada, de criatividade há pouco, basta ver como as fórmulas de contos de fadas, superheróis e lendas religiosas são agora recicladas e superpostas numa salada sem cabeça nem pé, embrulhadas em estonteantes efeitos digitais. Quando penso nisso me vêm à cabeça a rica literatura brasileira, jamais usada em grandes produções. Que grandes filmes dariam! O 
    máximo que se chegou a aproveitar de nossa literatura foi o plágio descarado
    em As Aventuras de Pi, retirado de um texto de Moacir Scliar. Uma pena.

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