Assistindo vídeo em uma sala de cinema!

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Ultimamente têm sido raras as vezes que eu resolvo sair de casa para ir ao cinema. Talvez seja a enxurrada de baboseiras americanas, coisas do tipo carros furiosos, vampiros diurnos, jogos de violência barbárica, mutilações de corpos e outras amenidades, que tem me empurrado para fora das salas de exibição. Sem contar que cinema hoje só dentro de shopping, com raras exceções, e quando as exceções acontecem, é difícil se achar lugar para se parar o carro da gente.

Pois bem: eu fui ver “A Datilógrafa”, um filmeco francês com o título original “Populaire”, dirigido por Régis Roinsard, e que tenta seguir os rastros do anterior sucesso de “O Artista”, e dentro da mesma linha nostálgica do mesmo.

A exibição do filme é precedida de críticas bastante favoráveis. Mas quando o manjado bonequinho do Globo começa a aplaudir e elogiar, eu já fico com um pé para trás, porque a impressão que passa é que os críticos atuais nunca frequentaram uma escola de cinema na vida, desculpem pela franqueza. E eu falo de cadeira, porque aprendi cinema com jornalistas de outra época, pessoas com larga cultura neste assunto.

 A sessão

Fui ver o filme em uma matinê de sábado. A quantidade de pessoas idosas que entrou na sala parecia uma sessão feita para a terceira idade. Sem exagero: eu, que já passei dos sessenta e sou desde então classificado como “idoso” por esta sociedade obtusa que nos circunda, me senti um garoto! Deu pena de ver os velhinhos com dificuldade para subir a íngreme escadaria da sala em formato de estádio de futebol do tipo arena.

Não sei o que este tipo de plateia foi procurar lá. Talvez nostalgia de uma época, porque o filme, segundo eu soube, se propõe a ser um tributo aos filmes americanos e franceses da década de 1950, e como tal, uma comédia do tipo água com açúcar, recheada de flertes entre os personagens principais, por quem a plateia torce para terminarem juntos.

 

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Começada a sessão, a luz se apaga lentamente e uma imagem com o logo da Panasonic aparece na tela, brilhando cada vez mais, seguido de uma contagem regressiva. Pensei que se tratava daqueles anúncios que precedem os trailers, mas foi um trailer exibido, depois de se ver a imagem do que parecia ser o Windows Explorer por alguns segundos.

Só que, após nova contagem regressiva, o filme começa, com o mesmo projetor e com a mesma imagem desbotada e desenquadrada, como se fosse um vídeo descalibrado em uma TV sem ajuste. É difícil até simular a imagem, mas eu vou tentar:

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É mais ou menos esta coisa aí em cima. Um filme rodado supostamente a 2.35:1 (Panavision, scope) com uma imagem achatada, fazendo todo mundo ficar com a cara inchada.

Gozado é que ninguém reclamou nada, apesar do cinema (Espaço Itaú, antigo Artplex) cobrar 25 pratas por um ingresso. Eu até pensei em falar com algum responsável pela sala, na saída do cinema, mas diante da perspectiva de tornar tal iniciativa em um exercício de futilidade, desisti e fui embora para casa.

O som do filme estava um pouco melhor do que a imagem, mas sem fidelidade alguma. Lembrava em alguns momentos a tristeza que era o som dos filmes franceses da época do Paissandu. Um DVD com Dolby Digital toca melhor aqui em casa!

 O filme

Ora, pois. Nostalgia de que exatamente? “A Datilógrafa” é de fato um pastiche de coisas do passado, mas eu juro que não consegui determinar a partir de que fontes. Críticos citam, por exemplo, Billy Wilder ou Frank Tashlin. Para mim, entretanto, que vi muito deste material aí, não adiantou nada.

O enquadramento 2.35:1 sugere comédias leves da Fox no período, mas na maioria delas, o grau de malícia suplanta fácil a comédia francesa exibida na tela. Basta ver que o citado Billy Wilder explorou a sensualidade de Marilyn Monroe à exaustão. E que Rock Hudson, por exemplo, manteve relações concubinas com não menos do que Doris Day, inúmeras vezes. Tudo água com açúcar, mas misturada com sexo e erotismo, para desespero dos censores daqueles tempos.

No roteiro, pelo menos, Louis Échard (protagonizado por Romain Duris) é um chato obsessivo, mais preocupado com esportes do que com o flerte óbvio da sua nova secretária. Esta, por sua vez, bem interpretada pela atriz Débora François, não é nenhuma Sandra Dee, mas quebra um galho.

No final, a gente que, como eu, não embarcou no discurso da suposta nostalgia, fica com pena de não ver o casal de atores melhor aproveitados. Atrás de mim no cinema, alguns casais de pessoas de idade riram discretamente em algumas cenas, mas no resto do filme o silêncio foi sepulcral. Eu não teria coragem de fazer uma enquete para saber se gostaram. No meu sentimento e acredito que no deles, foram 90 minutos de entretenimento sem compromisso e mais nada. Acredito que muitos ali teriam saído satisfeitos, não sei se pela influência das críticas dos jornais ou se pela falta de opção de filmes amenos em exibição nos cinemas da cidade.

Afinal, que tipo de câmera foi usada no filme? Depois de ver na tela o trabalho do diretor de fotografia Guillaume Schiffman arruinado, eu confesso que ainda fiquei na dúvida se aquilo era cinema digital originalmente ou película passada a DI e depois convertida. Como a resolução da imagem era baixa, não teria sido possível determinar nem se a imagem da fonte chegava ao nível da alta definição. Em outras palavras: um verdadeiro vexame, de fio a pavio, diante dos recursos que até dentro de casa se tem hoje em dia.

 Cinema versus home theaters

Eu não sei quanto a você, leitor ou leitora, mas eu faço um esforço para sair de casa e ir ao cinema para assistir filme em película, de preferência, e se for projeção digital, que pelo menos seja de uma qualidade que eu não tenho na minha sala.

O problema é que o mercado eletroeletrônico deste segmento só é freado pelo poder aquisitivo do consumidor. Telas de TV LCD com 84 polegadas e 4K de resolução estão em determinadas lojas, para quem tiver capacidade e interesse financeiro para comprar.

Os 1080p que assistimos hoje eram uma realidade impensável alguns anos atrás. Mas, os processadores de vídeo e as mídias evoluíram significativamente em relativo curto espaço de tempo. Com isto, os preços caíram no precipício. E certamente irão cair algum dia com o material que hoje consideramos impagável.

No campo de áudio multicanal, a realidade já é avançada desde o início do século, com formatos de resolução avançada, PCM ou DSD, à disposição do usuário. Nos discos Blu-Ray com codecs mais recentes, a fidelidade é inquestionável.

Por tudo isto, fica a pergunta: as salas de cinema involuíram ou sou eu que estou afastado delas hoje com mais frequência?

Eu não sei como os exibidores se safam com estas coisas. Antigamente, filme fora de foco gerava protestos e vaias da plateia. Parece que hoje, com o mar de TVs com a geometria da imagem alterada nas casas, bares e restaurantes, a plateia atual não se sensibiliza mais com a mesma facilidade.

Se fosse por mim, e se soubesse que o filme iria ser exibido assim, teria ficado em casa. Afinal, mesmo com as minhas limitações, tenho imagem e som muito melhor do que as minhas 25 pratas (ou 12,50 como sênior) poderiam pagar em qualquer outro lugar. E tenho dito! [Webinsider]

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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10 respostas

  1. Nolan,

    O que a Internet tem em abundância são programas, alguns até inclusive gratuitos, capazes de “ripar” qualquer tipo de vídeo para o formato que der na telha do usuário.

    E eu te pergunto: de que maneira você vai coibir os sites de compartilhamento? Há um tempo atrás fizeram uma devassa nos sites de downloads, alguns fecharam, mas voltou tudo de novo. Se um garoto dentro de casa baixa um arquivo destes e sai copiando para os amigos, quem é que vai impedir?

    Pois que nós recentemente tivemos uma clara noção do poder de aglutinação de opinião das redes sociais, em oposição aos partidos políticos oficiais, destes mesmos que só representam segmentos distintos da população e jamais o conjunto dos interesses coletivos. Resultado: em junho milhares de pessoas nas ruas, e ninguém soube quem convocou.

    Então, a gente está lidando com pessoas que abrem seu computador para se comunicar com outras (que aliás é objetivo de qualquer rede) e esta realidade deveria fazer quem de direito repensar a maneira de vender produtos ou ideias, não é não?

  2. Pois é,Paulo,fiquei decepcionado com a qualidade do Cinemark (sala 6) de Botafogo.Paguei caro,por uma diversão pífia,pois mesmo que o filme seja bom,o desprazer que uma projeção tipo lixo causa a nós,cinéfilos é suficiente para nos manter longe dos cinemas no Brasil. Dá para notar que o país se afunda em baixa qualidade de diversão – musica (composição e qualidade de gravação),TV,jornais e revistas e pior,em coisas sérias também como educação,saúde e qualidade de vida.Viajar é preciso,mesmo que o dólar dispare….Só mais um comentário…Antigamente,videos piratas eram de qualidade horrivel e o cinema dava um show.Hoje,os fora-da-lei oferecem 1080p com DTS na internet.Arquivos de 10 gigas,mas espetaculares.O que está havendo? É o fim do mundo?

  3. Mas, Nolan, você há de convir que um dos objetivos de se ir ao cinema é ter projeção e som em um ambiente apropriado. Se este objetivo não for cumprido, porque a sala é pior do que o home theater da sua casa, então haverá um desestímulo cada vez maior da gente sair de casa, enfrentar este trânsito maluco ou transporte de má qualidade, só para assistir um filme que a gente tem interesse em ver.

    Parece que os exibidores estão conformados ou tentando ignorar a “aquisição” de filmes cada vez maior na Internet. Antigamente, quando o setor se sentia ameaçado, as salas melhoravam de equipamento e com filmes de melhor qualidade. Parece que hoje em dia está tudo sendo nivelado por baixo. E o pior é que a gente não sabe o que vai ver, se película com som tremido ou digital deformado, antes de entrar na sala.

  4. Que coincidência,Paulo,”adquiri” A Secretária via torrent cerca de um mês atrás.Todos aqui gostaram,trata-se de um filme leve e despretencioso,cujo valor para mim e maior que todos os programas da TV Globo juntos.Cumpre bem a função de divertir,que é a razão dos filmes existirem.A imagem aqui em casa é excelente e já está devidamente armazenada em DVD data,com direito a arte gráfica e tudo.Tenho a certeza que assisto este e todos os filmes que tenho em dvix,cerca de duzentos,muito melhor do que qualquer cinema aqui no Rio.Aliás,num cinema,tão cedo nāo ponho os pés (e a bunda).
    Abraços,Nolan

  5. Lendo o seu texto veio na minha mente o cinema de minha cidade, filme fora de foco, som estridente, conversas das pessoas na sala de projeção e ninguém reclama. Eu amo ir ao cinema, nada como assistir filmes em película, mas ultimamente não existem profissionais que façam essas projeções com amor a sétima arte, uma pena, apenas ligam as maquinas e deixa rolar. Abraços.

  6. Boa noite!

    Tenho 36 anos e sinto que sair de casa para ir ao cinema, é realmente cada vez mais penoso. Sob todos os aspectos (técnicos, artísticos e comportamentais), a impressão que tenho é a decadência também nesta área, chegou pra ficar e piorar.

    Na minha geração, durante um tempo, surgiu o Gabriel O Pensador, dizendo a seguinte frase em uma música: “porque essa gente, essa gente do Brasil é muito burra e não enxerga um almo à sua frente.” E toda vez que vejo complexos de cinemas com as 6 salas exibindo filmes dublados, subvertendo completamente o trabalho de voz do ator/atriz, lembro de tal frase.

    Esse é um dos grandes expoentes da perda do critério, da ânsia por qualidade, da falta de leitura correta, da falta de escrita correta (e faço questão de acrescentar o termo “correto”, pois ler quase todos lêem, escrever quase todos escrevem. Mas se houvesse um vírgula nos destinos escritos no visor frontal dos ônibus, muita gente erraria o endereço).

    Quando você envia um e-mail questionando o motivo de todas as salas exibirem filmes com o idioma adulterado, dizem que é porque um estudo na região indicou que as pessoas preferem assim. Fico então me perguntando o que aconteceu com tanta gente que ia cinema antigamente e assistia aos filmes legendados perfeitamente. Tanto o “privilegiado” da zona sul, quando o “amaldiçoado” morador da baixada (terra onde não existe qualquer infraestrutura minimamente decente), como eu.

    Já frequentei quase todas as salas existentes no Rio de Janeiro na atualidade. Posso dizer que, assim como vários outros serviços prestados neste lugar, o preço jamais justifica o que me é entregue.

    Salas mal ou não limpas, imagens de que vão do razoável ao péssimo, som que fica humilhado perante a um radinho de pilha monofônico cce, ar condicionado raramente controlado, banheiros mal cuidados, péssimo atendimento nos caixas e nas bombonieres. Ou seja: você trabalha, cansa, aborrece-se. E o dinheiro que você paga pra se entreter nestes lugares, te aborrece mais ainda.

    1. Oi, Renato,

      Interessante o seu comentário. Com a sua idade, eu ainda ia cerca de 3 vezes ao cinema. Tinha que deixar meus filhos com uma das avós (geralmente era a minha mãe), mas naquela época a violência era escassa, a gente parava o carro perto do cinema, e na Tijuca, bairro onde morava, o que não faltava era sala de cinema e todas com um mínimo de qualidade de projeção e som. Mas isto era em um tempo onde o mercado exibidor era outro.

      Acho que ninguém, em são consciência, poderia hoje me acusar de saudosista:

      Já é a segunda vez que eu entro na sala 11 do Cinemark Downtown, segundos após o projetor começar a rolar, o som fica tremido. Da última vez, o cinema estava mais vazio do que nunca, e na saída eu pedi à uma funcionária que fizesse o favor de encaminhar um pedido meu de verificação do equipamento da sala. Ela me atendeu com muita educação, prometeu que ia levar o meu pedido à gerência, mas eu sinceramente não nutro esperança alguma.

      A situação do Cinemark, e provavelmente de outras salas, é mais ou menos a seguinte: um grande número de projetores foram adaptados para as condições técnicas pós-1993, e mais recentemente, com a modificação da cabeça de leitura ótica por modelos que leem tanto Dolby Digital quanto SR. O assunto já foi comentado aqui na coluna (http://br74.teste.website/~webins22/2013/05/25/dolby-digital-legacy/). Quando o DD falha o SR entra em ação automaticamente. É fácil saber quando é um ou outro: basta reparar no ruído de emenda da película, que é inexistente no DD e produz em estalo (ruído de impulso) no SR.

      Neste momento, 90% do tempo a gente está vendo filmes sem Dolby Digital! E aí é que se encerra o problema: o som tremido é fruto do desalinhamento da película na frente da lente do bloco ótico. Mesmo que o problema não esteja aí, o técnico pode cercá-lo em pouco tempo de inspeção do bloco.

      O que é também provável é que o Cinemark deve estar poupando dinheiro de manutenção em peças caras, porque a empresa deve sucatear todos os projetores de película lá pelo que vem.

      A reação emotiva contra o som todo tremido dependerá de quem estiver assistindo. Muitos não darão bola, mas pessoas como eu irão considerá-lo irritante. E aqui novamente a mesma ladainha: em casa, eu consigo 7.1 sem empecilho algum. E pior: consigo áudio multicanal a 96/24 em um ambiente em que eu me esforcei para controlar e calibrar. E assim como eu, milhares de outras pessoas, que irão se habituar à uma qualidade de áudio que as salas de hoje ainda não capazes de reproduzir, à exceção de uma meia-dúzia. E neste meia-dúzia, a reprodução é notoriamente desequilibrada, seja pelos drivers das caixas, seja pela ausência de alinhamento.

      Eu concordo plenamente contigo, Renato, a respeito da presença ostensiva de cópias dubladas. E vou mais além: eu não acredito nesta alegada pesquisa de preferência, e mesmo que ela espelhasse o público que frequenta a sala, nós não temos culpa se este tipo de público é preguiçoso, ou não tem cultura, ou acha que cinema é outra coisa, etc. O que não pode é a gente pagar por isso, em hipótese alguma. Se nós aceitássemos tudo isto passivamente, nós seríamos cúmplices de uma cultura retrógrada que admite que está tudo bem se os outros viverem em um eterno estado de ignorância!

  7. Que saudade daquela experiência única e inesquecível que foi ver o primeiro filme em cinema de minha vida: Ben-Hur em um cine palácio, com aquela tela larga e curva! Saí fascinado, sem palavras, criança que era e ainda chocado
    com a história, muito triste para tão tenra idade.

    Hoje o que nos resta senão projeções digitais que são uma fração daquilo. Talvez nos EUA existam esses cinemas grandiosos. No Rio ainda tem?

    Se é para ver projeções digitais equivalentes às domésticas, melhor ( e mais barato ) ficar em casa diante de uma tv. Sobre ficar em casa o que você acha Paulo Elias de usar projetores modernos ao invés de Tvs lcd ou plasma? Vale a pena? Não seriam mais econômicos uma vez que usam “lâmpadas” de led?

  8. É, Celso, alguém tem que dizer (ou escrever) alguma coisa. Comentei este filme com um cineasta amigo meu, e ele também achou fraquinho. Mas, tudo bem, poderiam pelo menos não avacalhar a projeção.

    Outro dia, eu fui assistir Hanna Arendt, em uma sala alternativa (e cara): o Estação Rio. A projeção era digital, formatada corretamente, e o som decente. Então, qual é o problema? A imagem propriamente dita de má qualidade!

    Não faz nem um mês, e uma funcionária do Cinemark comentou comigo que no ano que vem a rede termina de substituir os projetores de película. A pior notícia, entretanto, é para os funcionários: ninguém sabe se serão realocados ou simplesmente despedidos. Uma profissão que entrou em processo de extinção, como a dos operadores de cinema, por causa da automação, agora o nível de automação varre de vez o mercado de trabalho dos demais funcionários. Só vai faltar botar um robô na porta, para recolher os ingressos.

  9. Bom dia, Paulo,
    Realmente, o cinema involuiu.Primeiro, aqui nesta praça, com uma única sala, as cópias em 35mm exibidas, são TODAS dubladas! Quando projeta uma animação, levo as netas em férias, ainda crianças e essa situação de áudio é suportável. Curioso que nos últimos filmes desse gênero, as cópias são flats, 4×3. Quando vejo em S.Paulo onde as netas residem, o formato é 2.35:1 enriquecendo o espetáculo. Temos aqui também um antigo cine clube, desativado como cinema, onde atuei por muitos anos na cabine com projetores Pathé e Bauer que ainda estão lá empoeirados e esquecidos. Hoje, a sala abriga a Secretaria de Cultura do município com “projeções” digitais com projetor doméstico com imagens com baixa resolução e ainda por cinema, dubladas!
    Então, fica cadas vez mais difícil sair de casa para frequentar uma sala que nos idos tempos dava prazer.

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