Como Florianópolis fez da TI uma indústria bilionária

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Há cerca de 20 anos, a capital de Santa Catarina, com seus pouco mais de 200 mil habitantes, era mais conhecida pelas dezenas de praias, o incipiente turismo (o que incluía alguns campeonatos de surfe) e pela predominância do setor público (órgãos de governo nas três esferas, estatais, autarquias e universidade) na geração de renda e na economia local. Um corte para os dias de hoje e estamos falando de uma cidade que praticamente dobrou sua população e que conta com um segmento econômico impensável naquele tempo, que reúne mais de 600 empresas e gera um faturamento anual na casa de R$ 1 bilhão.

Mas como a pacata Florianópolis desenvolveu, em pouco mais de duas décadas, um importante – e bilionário – polo tecnológico? Primeiro, tivemos as condicionantes externas, como a estabilização econômica e o fim da inflação após o Plano Real e a gradual abertura da economia brasileira – que não deixará saudade nenhuma dos tempos da Lei de Informática, que criou uma reserva de mercado e condenou nossa infraestrutura à obsolescência. Mas os fatores internos é que foram determinantes. Sem eles, não poderíamos contar esta história de um segmento econômico que cresce em torno de 20% a 30% ao ano, gera mais de seis mil empregos qualificados e onde nascem de 30 a 40 empresas anualmente.

O fato é que esta indústria requer talentos, que buscam melhores condições de vida em cidades mais atrativas, fator que pode estar relacionado a boas oportunidades de emprego. Assim, Florianópolis tem no setor de tecnologia e inovação um dos principais impulsos para seu desenvolvimento, pois ainda se trata de uma indústria limpa, que não põe em risco suas belezas naturais, algo fundamental para manter qualidade de vida e, consequente, sua atratividade.

Os três T’s

Acreditamos que um lugar precisa reunir tecnologia, talento e tolerância para atrair indivíduos criativos, gerar inovação e estimular o crescimento econômico – são os 3Ts que o professor Richard Florida, autor do já clássico “A Ascensão da Classe Criativa”, elenca como fatores-chave para o sucesso de uma localidade na área de inovação. Na Capital, a tecnologia está representada por centros de excelência – as universidades públicas como a Federal (UFSC) e a Estadual (UDESC) e as privadas Unisul e Univali – que são grandes responsáveis por uma legião de empreendedores que instalaram aqui seus negócios, mantendo um elevado capital intelectual. Além disso, nossa cidade também é um território de tolerância e diversidade.

Com um contexto econômico favorável, cidades que reúnem tecnologias, talentos e pessoas criativas tendem também a qualificar seus mercados tradicionais o que, no caso de Florianópolis, pode significar um turismo mais inovador, lucrativo e sustentável. Um case que, assim esperamos, está apenas em seus primeiros capítulos. [Webinsider]

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Guilherme Bernard, presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE).

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