A evolução do conteúdo no ambiente online

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Antes de falarmos de conteúdo, acho importante falar um pouco sobre como a internet e como o conteúdo evoluiu ao longo do tempo, pois para compreendermos o presente e vislumbrar o futuro, é fundamental estudar o passado.

Eu tenho 45 anos e lembro que fiz trabalhos de escola com a Barsa, comprei LP (Long play) e cuidei do laboratório de fotografia na faculdade de engenharia elétrica na Unicamp.

As pessoas ainda se dividiam entre quem tinha acesso ou não à internet. O acesso era discado – traduzindo… conectava-se diretamente na linha telefônica e enquanto estava conectado a linha permanecia ocupada. Para fazer download de arquivos ‘grandes’ de 5 Mb ou 10 Mb era necessário deixar a conexão aberta a noite inteira e torcer para linha não cair.

O e-mail estava vinculado à conta do provedor de acesso. Era comum uma família usar um e-mail único. Os sites eram apenas textos, com raras imagens, pois as conexões eram lentas (lentas mesmo).

Foi a fase dos portais como UOL e o Terra, que pareciam ser as empresas do futuro e que iriam faturar milhões com venda de banners. Publicar conteúdo na internet era complicado e ter um site era um diferencial. Com isso surgiram centenas de produtoras de sites que disputavam para convencer as empresas a criarem sites.

A bolha

O fato é que em 2000 e 2001 aconteceu a crise conhecida como “estouro da bolha da internet”, que foi uma grande quebra das empresas pontocom que receberam investimentos milionários e visavam ocupar espaços neste novo ambiente que surgia. Como o retorno foi menor do que o inicialmente projetado, milhares de pessoas perderam empregos e centenas de produtoras também quebraram. Eu era sócio de uma agência de comunicação digital que também quebrou e em 2002 fundei a Konfide.

Após mais de 15 anos de empreendedorismo digital, percebo que o mais importante nunca foi o lado capitalista da internet, como criar sites, divulgar banners e qualquer outra ação para vender produtos ou serviços.

O mais importante é a conexão que a internet possibilita entre as pessoas e como podemos aprender e ensinar de forma colaborativa.

Qual a importância do conteúdo neste cenário?

Tente pesquisar o significado da palavra conteúdo no Google. Eu fico surpreso em ver a falta de conteúdo sobre conteúdo! O fato é que praticamente tudo na internet é conteúdo. O gráfico abaixo mostra as quatro eras de internet – o início, a era da busca, a era social e a era da mobilidade. É fácil compreender que estamos vivendo o auge da era da busca tendo o Google como líder e a era social com a liderança do Facebook.

4-eras-da-internet

.

E o que você busca no Google ou no Facebook? Conteúdo, conteúdo e conteúdo.

Durante muitos anos falamos exaustivamente sobre sites em Flash ou não, links patrocinados, sistemas de gestão de conteúdo, como ter uma página no Facebook… mas pouco sobre a importância do conteúdo. A missão do Google é “organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis” e a do Facebook é “dar às pessoas o poder de compartilhar e tornar o mundo mais aberto e conetado.”

Qual a diferença crucial da perspectiva de conteúdo? No Google, as pessoas buscam ativamente conteúdo para tomar decisões e no Facebook as pessoas descobrem novos conteúdo a partir dos seus amigos.

Conteúdo é a matéria-prima fundamental para conquistar relevância na internet. A pergunta-chave é “Como você tem cuidado do seu conteúdo?”.

Contratar agências ou criar meu próprio conteúdo?

Cada um toma a decisão que achar melhor, mas quero propor uma metáfora para reflexão. Quem deve cuidar da educação dos nossos filhos? A escola ou os pais?

O interessante é notar que o modelo agência (especialista) e cliente (empresa que não sabe gerar conteúdo) se repete. O problema é que ninguém conhece melhor o próprio produto/serviço do que a própria empresa. Então, como esperar que uma pessoa fora da empresa gere o conteúdo mais relevante?

Na minha opinião é preciso parar de usar o modelo de contratação de agências com escopo fechado e, simplesmente, lembrar que todos estamos aprendendo.

A agência sair do modelo de querer ganhar $$ do cliente e o cliente parar que querer contratar o “mais barato”.

O objetivo de todo conteúdo é ajudar as pessoas a aprenderem e conseguirem tomar uma decisão sobre algo relevante para sua vida. Se neste contexto, a sua empresa ou você estiver presente, é provável que tenha grandes chances de ser contratado. [Webinsider]

…………………………

Leia também:

…………………………

Conheça os cursos patrocinadores do Webinsider

Marcio Okabe (@marciokonfide) é palestrante e consultor de marketing digital, sócio da Konfide Marketing Digital e blogueiro (marciookabe.com.br). Evangelista de Joomla!, SEO e Prezi.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *