Os negócios não estão enfrentando um desafio tecnológico, mas um desafio humano – onde a tecnologia tem seu papel de remodeladora das relações sociais (admito). A revolução social afeta o modo com que as empresas se organizam, administram recursos humanos e tecnológicos e planejam suas estratégias de marketing. Mas minha intenção neste artigo é mostrar que social é somente social e business continua sendo somente business. Vamos lá.

Seu objetivo, caro empresário, continua sendo o mesmo: venda. E você não quer saber de mimimis sobre conceitos do momento, como Social Business. Para você o que importa é o funil ‘acquision – conversion –  retention’, certo? Então business neste caso continua sendo business. A grande diferença é que o fator social/humano hoje em dia influencia ainda mais neste velho conhecido funil e você deve admitir isto. A aquisição pode ser facilitada – e dificultada – pelas mídias sociais. A conversão também. A retenção idem.

O fator social, que sempre existiu, agora é mais intenso. Culpa da tecnologia. Mas para você tirar proveito desta Disneyland de free tools é necessário aceitar algumas verdades:

1. Sem entender o fator social você vai ser somente mais um dos milhares que criam uma conta gratuita só porque é gratuita.
2. Quando você finalmente dominar as funcionalidades da ferramenta, uma nova e melhor vai surgir e você vai estar novamente ultrapassado.

Brian Solis costuma utilizar um conceito chamado ‘digital darwinism’ onde o fator da evolução encontra cada um dos milhares de empresários que lutam por sobrevivência: não o maior nem o mais forte, mas o que melhor se adapta as mudanças é que sobrevive. E ele não estava falando de novas ferramentas tecnológicas, mas da importância de entender e aceitar que as mudanças continuarão ocorrendo em menores ciclos, então um plano estratégico interno e sólido para lidar com isso na medida em ocorrem é a verdadeira decisão ‘por trás da tecnologia’. E também não estou falando da agência digital que cuida da sua ‘social brand’ (externo) mas de você mesmo que cuida do seu ‘social business’ (interno).

Social Business envolve planos que permitem que as empresas tomem melhores decisões e resolvam problemas mais rapidamente baseadas em uma mudança cultural e organizacional interna, onde os dados disponíveis são de fato utilizados como informação estratégica.

Os planos que desenvolvi em minha tese de mestrado, por meio de um processo de desconstrução de metodologias existentes são os seguintes:

1. Plano organizacional
2. Plano de governança
3. Plano tecnológico
4. Plano de conteúdo
5. Plano de experiência do consumidor
6. Plano de experiência do funcionário
7. Plano de contingência de risco
8. Plano educacional para a empresa
9. Plano de mensuração de retorno

Estes planos em conjunto refletem uma estratégia para que sua empresa se torne uma ‘social business’ verdadeiramente. Nos próximos artigos irei apresentar a metodologia que desenvolvi para definir a ordem, as atividades e a timeline de execução dos planos. [Webinsider]

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Leia também:

• Social Business: você precisa saber o que é isso
• Você conhece o seu nível de maturidade em Social Business?
• O impacto do Social Business na estrutura das organizações

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Cássia Colling

Cássia Colling, (@cassiacolling ) cursa Mestrado em "e-Marketing and Social Media" na Middlesex University de Londres – UK. Atualmente trabalha como Social Business Strategist.