A nova economia

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Ele queria ir trabalhar de skate, pular da cama na bermuda da véspera, cabelo em desalinho calculado, ainda com eflúvios alucinógenos a lhe incensar a fala. E por falar nisso, valorizariam suas ideias obviamente novas já que ele era jovem, cheio de amigos nas redes e sintonizado com bandas e traquitanas.

Ele gostava de champong bem picante, era fã de Stockhausen, de garotas cantantes islandesas, era um flea-market ambulante e discorria sobre acidentes aéreos como ninguém. Por isso tinha passado no teste para ser o bambino prodígio de alguma sucursal emergente da nova, novíssima, flamejante economia.

No primeiro dia, se atrapalhou com o crachá, sentou na baia errada e quase quebrou a perna da chefe meia idade que deu um bigspin involuntário no skate.

No segundo dia, já de banho tomado, preencheu planilhas e copiou colou uma apresentação para o outro chefe do sub chefe da sua chefe.

No terceiro, participou de sua primeira reunião, numa sala abarrotada com cheiro de café, barra de cereal e gel de cabelo. No quarto, ganhou camiseta, boné e até lápis. No quinto, fez uma vídeo conferência para preparar uma reunião que irá anteceder o encontro subinternacional a ser realizado na Nicarágua.

No sábado, perguntou para o pai: Pai, como é trabalhar no Banco? [Webinsider]

…………………………

Leia também:

…………………………

Conheça os cursos patrocinadores do Webinsider

Fernand Alphen (@Alphen) é publicitário. Mantém o Fernand Alphen's Blog.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *