Imagine a cena: você usa diariamente algum determinado produto ou serviço (pasta de dente, celular, toalha, creme…). E você está satisfeitíssimo com tudo, desde a distribuição, valor, qualidade até embalagem e atendimento.
Você realmente é uma pessoa feliz por poder comprar e ter aquilo. Então, um dia, resolve pesquisar sobre aquela empresa e saber mais sobre ela.
Descobre que ela está em três redes sociais, justamente as que você também está presente, já fica feliz e começa a interagir. Faz comentários, dá likes, marca os amigos para verem também, compartilha… enfim, um verdadeiro e real fã que está satisfeito com as boas experiências com a marca.
Porém, nobre fã, a marca nem ao menos sabe o seu nome ou te disse algum “olá, você é importante para nós”. Apesar de você ter interagido com fervor durante um bom tempo, você percebe que não passou de mais um número para eles. Foi apenas mais um share, mais um like, mais um comentário. Apenas isso.
Decepcionado, você apenas desiste de interagir, continua lá, sendo mais um fã, mas não participa tanto. Se vai deixar de comprar a marca? Duvido muito, lembre-se que você sempre foi feliz daquele jeito. Mas o que aconteceria se algum concorrente te dissesse: “Oi, sabemos que você gosta disso e queremos conhecer você melhor. Vamos ser amigos?”.
A descrição acima foi puramente ilustrativa, e, por isso, exagerada em vários pontos. Mas, a primeira parte não é algo muito incomum. Mesmo que o mercado digital tenha amadurecido (acredito nisso) e superado o desejo incontrolável de sempre ter mais números do que qualidade, ainda encontramos com facilidade um relacionamento vago e supérfluo com seus fãs. Quando falo em fãs não me refiro a usuários ligados pelo Facebook, mas de pessoas que gostam e admiram a marca, fãs na sua essência.
Ainda precisamos voltar a levantar a bandeira do bom relacionamento digital, pois muitas vezes o que falta são pessoas falando com pessoas, e não marcas suspensas em altares falando com consumidores. Se são com os pequenos gestos e atitudes que conquistamos as pessoas, porque isso seria diferente em um relacionamento entre marca e consumidor?
Você não precisa investir um milhão de reais em ações mirabolantes (se tiver, ótimo, vai ser muito melhor!), você precisa dedicar tempo, atenção, paciência e amizade.
Ah, e quanto à última parte da história, infelizmente não é algo muito comum, mas seria interessante a disputa virtual por um lugar na preferência do consumidor. Praticamente uma disputa de espaços de PDVs na loja. [Webinsider]
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Fernanda Fabian
Fernanda Fabian (@fernandaf) é analista de mídias sociais, relações públicas, pesquisadora, curiosa, tecnológica, redatora, insistente, blogueira.