Chega de propaganda moralista

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Talvez seja justificado pelo enorme peso que a culpa exerce na nossa identidade ou por carência educacional, lacuna ética ou simplesmente falta de criatividade, mas é chocante perceber como a mídia brasileira – e a propaganda – gosta de assumir ora o papel de professor ora de confessor de moral e bons costumes.

Somos impactados a todo instante por mensagens de autoajuda travestidas de incentivo pessoal ou nacionalista. Vamos lá minha gente, Deus ajuda a quem se ajuda, o Brasileiro é bravo, criativo, guerreiro! São tantas histórias de homens comuns galgando os píncaros da glória, da fama, da fortuna! Espelha-se nessa grandeza, salve salve!

Muitas vezes falou-se do nosso nefasto complexo de inferioridade. Mais do que um lugar-comum, tal justificativa é causa antes de explicação. É porque o pedigree da grana e da origem martela para os vira-latas: vejam os alemães, os holandeses, os hermanos vizinhos, aquilo sim é que é gente de valor.

A elite branca que xinga a presidente no estádio se acha no direito de assumir ares de censora da ética e dos bons costumes. Essa elite que escreve editoriais arrogantes, nós branquelos publicitários ricos que redigimos manifestos de semideuses, nós é que somos complexados de não sermos alemães, holandeses ou argentinos. [Webinsider]

…………………………

Leia também:

…………………………

Conte com o Webinsider para seu projeto de comunicação e conteúdo

>>> Veja como atuamos.

Fernand Alphen (@Alphen) é publicitário. Mantém o Fernand Alphen's Blog.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Mais lidas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *