Dolby Atmos

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Dolby Atmos (ou Dolby Atmosphere, se quiserem) é um codec preparado para as novas trilhas sonoras, com o objetivo de aumentar o envolvimento da plateia de cinema na imersão das emoções das cenas com a ajuda do campo sonoro. Lançado nas salas de exibição no ano passado, e sem muito alarde, o codec passa agora para os receivers, pré-amplificadores de áudio e vídeo e processadores, voltados ao ambiente doméstico.

Os primeiros equipamentos foram recentemente para as revendas preparados para a decodificação do codec, mas em alguns casos sendo ainda necessária uma atualização de firmware, que instrui os chipsets a ler o bitstream e fazer o processamento corretamente.

O Dolby Atmos foi programado para ser uma extensão dos codecs Dolby TrueHD e Dolby Plus. A decodificação do Dolby Atmos exige a instalação de chips novos. Por isso, equipamentos anteriores não poderão ser atualizados por firmware para identificar o codec. Se o usuário tentar reproduzir uma trilha Dolby Atmos com equipamento pré-Dolby Atmos a reprodução ficará restrita aos codecs anteriores (Dolby TrueHD ou Dolby Plus), base do novo bitstream, por motivo de retro compatibilidade.

 Sala de cinema versus home theater

O Dolby Atmos foi projetado para aumentar a ambiência e a precisão da trajetória e do deslocamento do som surround. Para tanto, a sala de cinema é equipada com dois conjuntos de alto-falantes instalados em duas fileiras paralelas, no teto da sala:

image001

 

Atrás da tela é instalado um mínimo de três canais, sendo recomendados cinco canais em cinemas maiores. O número de caixas surround laterais e traseiras varia de instalação para instalação. Da mesma forma, os alto-falantes do teto são instalados de acordo com as dimensões do cinema. As especificações para esta instalação estão documentadas no site da Dolby, que dá suporte aos exibidores:

image003

 

Nos cinemas estão previstos o máximo de 64 canais. Quanto maior for o número de canais mais detalhado será o deslocamento individual do som pelas caixas dispostas no ambiente. Na prática, isto quer dizer que o som passa de caixa em caixa, seja pelo surround lateral esquerdo e direito, pelo surround traseiro esquerdo e direito, seja pelas duas fileiras colocadas no teto da sala.

As caixas instaladas no teto das salas levam o nome técnico de “overhead speakers”, ou seja, são caixas posicionadas acima das cabeças na plateia.

A adaptação para o ambiente doméstico é bem mais sofisticada. O codec foi desenhado para “prever”, através de sensores no sistema, que tipos de caixas foram instaladas e, de acordo com elas, distribuir o som de uma maneira específica.

Existem três tipos de caixas acústicas voltadas especificamente para a implantação do Dolby Atmos em home theater:

1 – caixas “in ceiling”, para montagem no teto da sala, como o nome sugere. Devem ser alinhadas com as caixas frontais esquerda e direita (mínimo de duas) e com os respectivos surround, no caso da instalação de quatro caixas (recomendado).

2 – caixas “Atmos-enabled” (habilitadas para Atmos), que são projetadas com um compartimento superior independente, cujo objetivo é fazer o alto-falante emitir o som para cima. O driver é montado em ângulo, estipulado pelo desenhista do projeto, segundo normas da Dolby.

3 – caixas “add-on” (complementares), semelhantes aos módulos superiores das caixas “enabled”, mas que servem para serem montadas em cima de caixas acústicas convencionais.

image005

Tanto os alto-falantes superiores (“Height”) das caixas habilitadas (Atmos-enabled) quando os módulos de acréscimo (Add-on) tem alimentação elétrica própria, e só podem ser usadas quando o equipamento provê uma saída de amplificação adequada. A percepção do efeito Atmos se dá por retorno da onda sonora no teto, após a mesma ser refletida. Tetos rebaixados e/ou com material absorvente são contraindicados para este tipo de instalação.

Exemplos de montagem podem ser vistos abaixo:

image007

Mudança de notação e configuração

Todos os codecs anteriores ao Dolby Atmos possibilitam instalações que vão desde 2.0 canais até 7.1/9.1/11.1, com o máximo de 7.1 canais codificados. A notação usada até então descreve o número de canais, seguido do número de subwoofers montados, se for o caso. Por exemplo: 5.1, 5.2, 7.1, 7.2, etc.

Na reprodução do Dolby Atmos, esta notação muda para acrescentar quantas caixas Atmos estão instaladas. Por exemplo: 5.1.1, 5.1.2, 7.1.1, 7.1.2, etc. O número mínimo de canais para o formato é de cinco básicos (5.0). O número mínimo recomendado de caixas Atmo é de dois.

A tabela a seguir dá uma ideia deste tipo de montagem:

 

Conjunto

Caixas convencionais

Subwoofer

Caixas Atmo

5.0.2

5

2

5.1.2

5

1

2

5.2.2

5

2

2

5.1.4

5

1

4

Observação: o processamento do bass management previsto na decodificação do Dolby Digital obriga a reprodução do LFE por caixas do sistema (geralmente as caixas frontais esquerda e direita), quando o subwoofer não está presente.

 Mudanças na mixagem

O codec Dolby Atmos foi desenhado para ser o mais inteligente possível. Dentro do bitstream estão previstos diversos metadados, capazes de dar ao formato duas importantes características: escalabilidade e adaptabilidade. Na prática significa que o codec está preparado para trabalhar de acordo com o número de canais e caixas em uso no ambiente e adaptar a reprodução para atingir a sua melhor performance, dentro das limitações de cada instalação. Este recurso funciona tanto para os cinemas como para as instalações domésticas.

Na mixagem Atmos o técnico não trabalha mais com o conceito de distribuição do som por canal. Cada som separado se torna agora um “objeto”, que pode ser distribuído espacialmente e independente do canal aonde ele será reproduzido. O software codificador permite ao engenheiro de mixagem “visualizar” este posicionamento:

image009

 

Existem dois tipos básicos de informações codificadas no bitstream Atmos. Primeiro, os canais convencionais (5.1, 7.1, etc.) formam o que se chama de “leito” (ou “’bed”), capazes de irradiar informação para o centro da sala, porém abaixo do nível do teto:

image011

 

O codificador Atmos permite trabalhar com até 9.1 canais no “leito” e 118 objetos, capazes de aumentar o envelope sonoro que circunda o ouvinte.

A segunda informação diz respeito à dispersão do som do teto para baixo, que é a informação Atmos propriamente dita. Se o sistema que irá reproduzir o codec não dispuser de interpretador (decodificador) ou caixas Atmo instaladas, somente os canais do “leito” (5.1, 7.1, etc.) serão reproduzidos. Isto, em última análise, garante a retro compatibilidade do bitstream Atmos com sistemas preexistentes. E de tabela elimina a necessidade de codificar um bitstream separado para os códigos fonte. Se, por exemplo, o usuário for reproduzir uma mídia (Blu-Ray ou streaming) e selecionar a trilha Dolby Atmos, ficará por conta do seu equipamento reproduzir o que o codec pode dar. As codificações convencionais 5.1, 6.1 ou 7.1 estarão presentes e poderão ser automaticamente selecionadas pelo equipamento.

A “inteligência” do codec também prevê uma interação de reconhecimento físico com o hardware e a reprodução pode ser adaptada ao número e aos tipos de caixas instaladas no sistema. Na realidade, o codec Atmos contempla desde 5.1 até 62.2, com qualquer combinação.

A mixagem pode prever o chamado “Pan-through Array”, que é a passagem de um som objeto de uma caixa para outra e será tão mais eficiente quanto maior for o número de canais instalados.

 Lançamento e reprodução em Blu-Ray

Em setembro passado foi lançado o Blu-Ray do filme “Transformers: A Era Da Extinção”, dirigido por Michael Bay, tornando-se assim o primeiro disco contendo uma trilha Dolby Atmos. O interessante é que este diretor foi um dos que entrou na briga pela padronização do vídeo de alta definição, a favor do Blu-Ray e contra o extinto HD-DVD. Não sei se é mera coincidência, mas até que é merecido.

Para a reprodução do disco, fora receivers e caixas Atmos, o resto do equipamento (Blu-Ray player e cabo HDMI) é o mesmo atualmente em uso, não há necessidade alguma de fazer qualquer troca. Apenas o usuário deve ter em mente de que é necessário usar uma conexão HDMI entre o player e o receiver e ajustar a saída em bitstream, já que no momento não será possível uma decodificação interna no player.

 Comentários pessoais

Os laboratórios Dolby vinham perdendo feio para a DTS na área de codecs para a mídia doméstica de alta resolução, enquanto que no cinema a situação era exatamente a oposta. Há algum tempo atrás os engenheiros de programação da Dolby corrigiram a ineficiência da carga de trabalho dos seus codificadores Dolby TrueHD e agora lançam a versão Dolby Atmos, em consonância com cerca de mais de cem lançamentos de filmes de cinema com este tipo de trilha. O chato seria que se alguém já comprou uma versão em Blu-Ray de algum desses filmes terá que comprar uma nova edição, se quiser usar o Dolby Atmos.

Como o codec não muda, a mídia de alta resolução (Blu-Ray ou streaming) tem a sua autoração facilitada e assim a produtividade de trabalho aumenta, em tese, significativamente.

Ainda é cedo para se tecer qualquer comentário sobre a apreciação doméstica do Dolby Atmos. De bom, entretanto, é o retorno paralelo das trilhas Dolby TrueHD, na minha opinião, de excelente qualidade.

A implementação do Dolby Atmos dentro de casa a meu ver deverá encontrar alguns obstáculos, e eu não me refiro somente ao conhecido WAF (Wife Acceptance Factor), que é a (in)tolerância da alma feminina à instalação de mais caixas e mais fios na sala de estar. Na verdade, o problema maior estará, sem dúvida alguma, na instalação de caixas Atmos no teto, que exige, em princípio, o trabalho especializado de um arquiteto. Não só isso, mas o Dolby Atmos poderá não se dar bem com tetos rebaixados ou tratados acusticamente.

Eu ouvi uma entrevista recente de um engenheiro projetista da Pioneer afirmando com segurança que as caixas com topo irradiante (Atmos-enabled) soam melhor do que as caixas no teto e eu acredito que é bem mais provável que elas irão ter prevalência da escolha na hora da adaptação do home theater atual ou na construção de um sistema novo. [Webinsider]

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Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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24 respostas

  1. Paulo, boa noite!

    Estou iniciando a construção de uma casa, o home está com 5,30×4,20 tenho um receiver integra drx-r1 que está na caixa, bem como 2 pares de caixas dipolar surround b&w ds3. Tenho também na caixa 1 par de caixas ccm664que são de embutir. Tenho um par de caixas e canal central B&W já com alguns anos (6 precisamente) de uso.
    Em razão dos equipamentos que eu já tinha e que comprei recentemente e fazer o sistema Atmos com as caixas embutidas no teto, mas li algumas considerações a respeito das caixas enable serem melhores, mas no meu caso seria um pouco complicado já que já tenho esses eqps.
    O que vc acha? Em relação ao tamanho e sistema, está tudo ok?

    1. Olá, Samuel,

      Não tem problema algum de mandar a mesma mensagem duas vezes. O site rotineiramente recebe um comentário mas não o publica imediatamente, ele passa pela aprovação do editor, assim não se preocupe se a tua mensagem não aparecer de imediato.

      Mas, vamos à sua dúvida: o equipamento citado usa o layout 5.1.2, dotado de duas caixas frontais que acompanham o receiver, nas quais o alto-falante do tipo Dolby Enabled está acoplado. Isto recomenda a ligação dos alto-falantes Dolby Enabled nos terminais onde está marcado Height/Back (R/L). Você pode ver um esquema desta ligação nesta página: https://www.amazon.com/Onkyo-HT-S5800-5-1-2-Channel-Theater-Package/dp/B00YMN69XS, rolando a página mais para baixo.

      Este é o melhor layout para 5.1.2, mas eu sugiro montar as duas caixas frontais em cima de pedestais que a deixem em uma posição tal que haja coincidência da altura dos alto-falantes frontais com os ouvidos de quem estiver sentado à frente das caixas. É também recomendável usar pedestais inertes, para evitar ressonância com as caixas. Se você não os achar no comércio, você pode mandar montar em granito, por exemplo, na altura que desejar.

  2. Boa noite, paulo

    Quero primeiramente agradecer das orientações sobre o dolby atmos no meu novo receiver, mas tenho mais uma dúvida: qual a altura certa para colocar as caixas frontais com os alto-falantes atmos acopladas, numa parede, para que o som seja refletido no teto para o ouvinte.
    O meu receiver conseguir codificar as mídias (dtshd, dolby true hd e atmos).

    Samuel

    1. Olá, Samuel,

      As caixas com alto-falantes do tipo Dolby Enabled são desenhadas de maneira a que o ajuste seja feito em função dos alto-falantes frontais, que devem ficar ao nível dos seus ouvidos, quando sentado na poltrona ou sofá na posição do chamado “sweet spot”, que é o ponto de referência para todos os ajustes de retardo e nível individual de volume de cada caixa.

      Para que você se oriente melhor, procure olhar para a posição entre o woofer e o tweeter, se for caixa frontal de duas vias, ou a posição entre o alto falante de médios (squawker) e o tweeter. As caixas devem estar aproximadamente na altura dessas posições apontadas para os ouvidos. O ajuste não é crítico. E independente de conter um alto-falante Atmos acoplado, as caixas devem ser posicionadas de maneira a te dar o melhor campo sonoro possível, ou seja, todos os instrumentos ou seções de uma orquestra prontamente localizáveis entre uma caixa e outra.

      1. Boa tarde, Paulo

        Gostaria que me ajudasse a sanar uma dúvida na configuração do meu HT S5800 ONKYO, pois no setup tem opções para emitir o som atmos, porém há duas no qual vai me atender conforme a minha sala e a disponibilidade de alto falantes: tem a configuração BUNDLED SPEAKER e DOLBY SPEAKER FRONT, ambos com o ATMOS (caixa falante acoplado na parte da caixa frontal) e não sei qual deixar para ATMOS?
        Aguardo
        Samuel

      2. Boa tarde, paulo

        preciso de sua ajuda qual configuração deixo no meu HTS 5800:

        BUNDLED SPEAKER (CAIXA ACOPLADA ATMOS NA FRONTAL)

        DOLBY FRONT (CAIXA ACOPLADA ATMOS NA FRONTAL)

        AMBOS SÃO PARA SISTEMA ATMOS

        Aguardo

        samuel

  3. Boa tarde, Paulo

    Fiz todas as configurações que consegui em meu home e também no blu ray player, porém ainda continua sem o som dolby atmos ou qualquer outro, porque percebi no meu receiver que aparece sempre na tela PCM, independentemente de qualquer alteração no sistema. Vi também que na opção INPUT HDMI 2.0 PCM e na OUPUT HDMI 5.1.2 DOLBY SURROUND, mas nada. Talvez seja este item na entrada que deixa habilitado no meu home PCM. Esqueci de mencionar que meu blu ray player é na verdade um sistema in box sony, ou seja, um home com caixas acústicas, será que não é isso que está dando algum conflito cm o meu onkyo? Caso tudo isso não ajude, para mim este sistema não funciona, é apenas ilusório e só para gastar dinheiro.

    Aguardo

    Samuel

    1. Oi, Samuel,

      Lamento muito pelo seu transtorno.

      Por uma dessas coincidências, neste fim de semana eu coloquei em teste um player Sony BDP-S380, a pedido de uma pessoa conhecida. Ao ligar no meu receiver, por HDMI, nada de som. Depois de um exame detalhado no setup do S380, eu anotei a versão do software interno (firmware) e depois fui ao site de suporte da Sony, quando então achei uma versão muito mais nova. Depois de atualizado, o aparelho agora toca tudo, inclusive Dolby Atmos e SACD.

      Qualquer um pode cair em uma situação onde o codec integral (base + extensão) podem não estar sendo corretamente transmitidos, e neste caso só se pode ter alguma certeza de testes comparativos forem feitos.

      Se você não tem uma fonte alternativa de sinal, eu sugiro tentar o seguinte: entre no site http://www.demo-world.eu/2d-demo-trailers-hd/ e baixe alguns arquivos com Dolby Atmos. Você irá precisar copiar os arquivos para uma mídia adequada, geralmente um drive USB, e um player leitor de USB para reproduzir.

      Note que a indicação de PCM no display mostra que o codec fonte está sendo decodificado ANTES da saída, que é exatamente o que você não quer, e sim o bitstream integral entregue ao receiver. Eu me arrisco a dizer que a conversão para PCM neste caso é apenas do codec fonte (Dolby TrueHD).

      1. Boa noite Paulo

        Quero informar que comprei outro blu ray player e o meu receiver reconheceu quando coloquei uma mídia demo dolby atmos, apenas era configuração, no qual o outro aparelho que tinha era um home Theater in box sony, incompatível com o receiver. Tenho duas dúvidas:
        1ª – Seu eu colocar um filme com som DTS X o meu receiver vai codificar para ATMOS?
        2ª – Qual a altura correta das caixas frontais onde tem os alto falantes acoplados na parte superior destas, em relação ao ouvinte? Referi-mo as ondas sonoras que propagarão até o teto e serão refletidos ao ouvinte.

        Samuel

        1. Samuel, o DTS:X é um codec completamente distinto do Dolby Atmos, e necessita de decodificador próprio. O que o DTS:X aproveita do Atmos é o layout das caixas acústicas, o que facilita a sua implementação no sistema. Quero lembrar que o DTS:X só foi oferecido como atualização (leia em http://br74.teste.website/~webins22/2016/01/29/novos-decodificadores-dtsx-e-dts-neuralx/) bem depois do Dolby Atmos, ou seja, quem comprava um sistema com este última recebia depois um upgrade via modificação de firmware. Mas, isso se o fabricante deixava claro que o equipamento com Atmos era atualizável (o chipset usado permitia a instalação do DTS:X), caso contrário seria preciso trocar o equipamento.

          Quanto às caixas frontais, eu entendo que já deixei a sua pergunta respondida no comentário anterior. Essencialmente, significa nivelar as caixas como se fossem caixas convencionais, porque os drivers usados para Atmos já são instalados de maneira a refletir no teto de forma correta.

  4. Comprei um HTS 5800 ONKYO 5.1.2 DOLBY ATMOS, porém tenho um blu ray player sony 2011 mas emite sons DOLBY TRUE HD E DTS HD MASTER, então, instalei o meu home mas não consegui o efeito dolby atmos com o filme trasnformers a era da extinção, configurei o blu ray player desabilitando o audio secundario conforme o manual do onkyo solicita. preciso fazer mais alguma configuração no onkyo para receber este sinal?

    1. Comentário para o leitor Samuel Colares;

      Desculpe pela demora, o sistema do site voltou a não me avisar que comentários com perguntas sobre o texto foram postadas, e assim eu só as pego quando entro no sistema, o que não é todo dia.

      Bem, sobre o seu caso: a restrição não estará a nível do Blu-Ray player, a não ser que ele seja ajustado para a saída de áudio com conversão prévia para PCM. O ajuste correto do player para o receiver é “bitstream”.

      Eu dei uma olhada na propaganda do Onkyo 5800 e notei que, aparentemente, ele não vem com as caixas para Dolby Atmos, e você não menciona se instalou alguma delas. É possível que o aparelho, ao não ver instaladas as caixas que faltam, através de sensores, não ative a decodificação do Dolby Atmos e deixe livre apenas o seu carreador Dolby TrueHD. Se for este o caso, e aí você teria que confirmar isso com o fabricante ou com o seu representante, a solução óbvia seria instalar as caixas que faltam.

      1. Boa noite, Paulo

        Obrigado por responder. O meu HT onkyo já vem com as caixas height (acopladas na parte superior das frontais) onde emite as ondas sonoras para o teto e reverbera para o ouvinte, não sendo necessário de instalação de caixas avulsas no teto, pois o home tem formato 5.1.2 canais. Sobre a configuração, onde acessei no meu blu ray player, alterei para áudio principal conforme o manual da onkyo determina, assim o receiver decodificará e fará o sinal em dolby atmos. porém, não consegui ainda fazer este teste após esta configuração, então vou testar e ver o que vai dar. Só tenho dúvida, pois muitos sites e inclusive o seu menciona que não há necessidade de comprar nenhum outro equipamento, apenas o receiver com atmos e é por conta deste a codificação, correto?

        Samuel

        1. Só mais uma dúvida: quando você fala em bitstream refere-se aos formatos dolby (digital, true hd, dts hd, etc)?
          No meu blu ray player tem formatos afd padrão, multi, dolby plII, dts neo cinema, seriam estes os formatos em bitstream?

          1. Caro Samuel,

            Todos os codecs são por natureza enviados por bitstream aos decodificadores. Acontece que os fabricantes dos leitores de mesa de DVD ou Blu-Ray preveem a possibilidade de que o usuário final possa não ter um decodificador EXTERNO, e assim eles implementam um decodificador dentro do player. Este fará a decodificação e transformará o codec original em PCM. Este sinal em PCM é também enviado para as saídas analógicas multicanal ou estéreo, e neste caso todos os ajustes de reprodução para som 5.1, etc., são feitos dentro do player.

            Tanto o Dolby Atmos quanto o DTS:X são extensões do Dolby TrueHD e do DTS HD MA, respectivamente. Se esses codecs não encontram um decodificador que reconheça essas extensões, somente o codec fonte será reconhecido e reproduzido, que é exatamente o seu caso.

            Na época do lançamento do Dolby Atmos surgiu uma bulha dizendo que alguns aparelhos leitores não são capazes de transmitir o codec integral (fonte + extensão) por falha no transmissor HDMI. Eu recebi mensagem da Oppo colocando em dúvida o aparelho que eu usava na época, mas nada de anormal foi verificado. Depois, eu troquei de equipamento e o assunto morreu. Eu fiz também um teste com um Blu-Ray antigo que eu peguei emprestado e a reprodução do Dolby Atmos ocorreu sem problema.

            Se o seu Onkyo não reconhece o Dolby Atmos, apesar da saída do player estar setada em bitstream, o que eu descrevi acima, pode ser a causa do problema, e neste caso o correto seria testar com outro player. Note que se o bitstream não estivesse passando o Onkyo não reconheceria o Dolby TrueHD e sim PCM. Resta saber se dentro do setup do Onkyo não existe algum ajuste que esteja impedindo o Dolby Atmos de ser reproduzido. Outra coisa importante: não custa nada inspecionar TODAS as conexões de caixa acústica, principalmente aquelas destinadas aos canais elevados.

            E finalmente, o áudio secundário precisa de fato ser desativado no setup do player, e eu acredito que isto deve resolver o seu problema.

            Espero que ajude.

  5. Excelente materia… ja desisti de colocar caixas no teto…
    seguirei a distribuicao preconizada pela Dolby, utilizando as caixas Atmos Enable que compoem o kit da Onkyo HTs7800.
    Mais uma duvida. Na hipotese de ter o conjunto setado para Dolby Atmos e rodar um filme com Dolby TrueHD, os dois falantes superiores do Atmos Enable falariam o que?
    Muito obrigado pelas informacoes…

    1. O Dolby TrueHD é apenas a base no qual a extensão do codec se instala.

      Se o Dolby Atmos for reconhecido e identificado os canais superiores serão reproduzidos nas caixas indicadas como Dolby Speakers no setup do seu aparelho.

      Caso a trilha Dolby TrueHD não contiver informações sobre o Dolby Atmos o decodificador insere estas informações adicionando um upmixing chamado de Dolby Surround. No display será possível ler algo do tipo Dolby HD + D. Surround.

  6. Olá, Luiz,

    Não é possível reproduzir qualquer codec gravado na trilha sonora sem o decodificador correspondente. Infelizmente, é o caso do seu equipamento.

    Porém, como a trilha do Dolby Atmos é uma extensão tanto do Dolby TrueHD (Blu-Ray) como do Dolby Plus (streaming ou TV), ele será ignorado e a reprodução se dará pelo codec base.

  7. Tenho um receiver, na minha sala dedicada, da Onkyo modelo SR 3010 que tem dois canais de teto chamados height e wide. Gostaria de saber se eles irão reproduzir o Atmos já que o receiver decodifica sons height e wide.
    Um abraço
    Obrigado

  8. Tresse, o estéreo continua firme e forte onde eu escuto música. Afinal, as mixagens são feitas de forma conservadora para este formato, e quem sou eu para dizer o contrário?

    Bem verdade que no passado eu apresentei ao leitor outras formas de ouvir estéreo, mas fica a critério de cada um apreciar o que quiser.

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