Quando o digital repete os vícios do offline

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Quando o digital repete os vícios do offline

Digital repete os vícios do offlineVocê não vai ler nada sobre isso em nenhum jornal de propaganda. Nenhum blog vai falar do assunto. Obviamente, também não vou citar nomes. Mas o mercado digital está fazendo coisas tão feias quanto aquele mercado offline que sempre criticou.

Depois de 14 anos como agência, passei 7 como cliente. E posso dizer que não é à toa que empresas de capital aberto têm adotado tolerância zero, mesmo a aceitação de um simples café, em seus códigos de conduta.

Como cliente, recebi muitos potenciais parceiros. Agências, produtoras, veículos, fornecedores de tecnologia. Para compensar os valores assustadores de alguns, outros queriam trabalhar simplesmente de graça. Óbvio que é algo inaceitável – como você vai cobrar resultados de alguém para quem não paga nada?

Vamos naquele restaurante?

O segundo ponto tem sido o uso do descolado para manter práticas comuns em mercados mais tradicionais. “Vamos visitar nossa sede fora do Brasil? Vamos naquele restaurante descolado? Vamos fazer o melhor curso do mundo de digital?”. Você teria coragem de dizer não a um veículo que pagou a você um curso que que custa 4 algarismos em dólar?

Por último, precisamos falar sobre veiculação. Imagine a mistura explosiva de uma mídia onde é impossível controlar 100% dos anúncios que foram exibidos (como a programática ou search) dando direito àquele polêmico bônus dado às agências (e que está se tornando cada vez mais comum em digital).

O digital tem todas as chances do mundo de ser um meio realmente novo. Temos poucos veículos, poucos fornecedores, tem espaço para todos. Daria para deixar de lado todos os vícios de sua irmã offline, mas algo está sendo feito errado. Você está fazendo sua parte?

Obs.: Que o festival de Austin não vire um festival para ver, ser visto e ir a festas como o da França. [Webinsider]

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Cezar Calligaris (cezar@gmail.com) é consultor de projetos digitais no Reino Unido.

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2 respostas

  1. O Mercado digital ainda está muito cru. Tem muita gente se jogando e simplesmente preocupado somente em vender e não em fazer conteúdo realmente relevante, ainda falta muito profissionalismo na parte dos”profissionais”. Mas eu creio que é um mercado gigantesco e onde as mulheres estão crescendo profissionalmente mais que os homens ao meu ver.

  2. O problema maior está dentro das agências. Fui por 15 anos veículo. Consegui durante uns 5 vender campanhas e falar com agências. O que tem de mídia que sai pescando comercial de veículo na 5a e 6a feira inventando reunião só pra ganhar almoço de graça… quando você vê a verba “almoços” do seu comercial parece coisa da lava-jato. E não, são mídias usando do seu cargo pra conseguir almoços de graça. E isso é só o começo.

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