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Desenvolvimento wireless no Brasil em alta

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Eduardo Lins

Os profissionais de desenvolvimento wireless & mobile nunca se sentiram tão próximos de verem o tão esperado boom do mercado de soluções móveis se tornar realidade, após vários anos trabalhando intensamente para proporcionar a clientes e parceiros aplicações que efetivamente tragam real benefício em acessar informações de seus telefones celulares e PDAs (computadores de mão).

Onde estava o problema?

Além da recessão que o país atravessou nos últimos dois anos (e que só agora dá sinais de recuperação) observa–se que o grande fator inibidor de novos projetos e idéias está nos próprios grandes players desse mercado, causadores das maiores frustrações para projetos envolvendo wireless nos últimos cinco anos.

Inúmeros projetos foram perdidos devido à falta de planejamento e erros de estratégia de alguns parceiros que eram fundamentais para que os negócios se concretizarem. Sendo um pouco mais objetivo, a partir do momento em que as operadoras e os grandes fabricantes de equipamentos passarem a entender a realidade financeira em que seus clientes vivem, principalmente os corporativos, as coisas ficarão mais fáceis para os gerentes de projetos e principalmente para as empresas de soluções.

PDAs a preços elevados e redes de dados wireless comercializadas a valores
impraticáveis acabavam por deixar muitos clientes totalmente avessos a projetos wireless e mobile.

A experiência japonesa

Ao analisar experiências muito interessantes como as do mercado japonês, é possível detectar claramente porque o imenso sucesso da internet móvel no oriente. E, conseqüentemente, é possível entender muito melhor as razões das perdas de oportunidades e do atraso para que esse mercado desponte definitivamente aqui no Brasil.

Primeiro, não podemos deixar de lembrar que o Japão é um país altamente desenvolvido e industrializado. A desigualdade social é uma das menores do mundo e a grande maioria da população possui condições para comprar “tecnologia”.

Há também enorme concorrência no mercado de fabricantes de componentes, o que torna muito mais barata a tecnologia oferecida à população. Depois que os japoneses passaram a usar a mão de obra ultra–barata dos tigres, a coisa ficou ainda mais agressiva quando o assunto é custo de produção.

Por fim, existe o fato da DoCoMo, maior operadora do mundo, ter surgido com o apoio do governo japonês, e ter sido monopolista por um bom tempo dentro do mercado interno japonês de celulares. No início, a DoComo conseguiu avançar muito bem e fazer com que a cultura do uso do aparelho celular para trafegar dados fosse disseminada entre os usuários. Mas o grande benefício conseguido por eles para facilitar as condições da febre do i–mode foi o enorme incentivo que as pequenas empresas de soluções tiveram. Cerca de 93% da receita de um site ou aplicação que funciona dentro da plataforma da DoCoMo ficam com a empresa criadora, enquanto somente 7% ficam com a DoCoMo, que ganha muito mais com o uso da rede.

Como conseqüência imediata, vemos mais de 5 mil sites para celulares oficiais dentro da operadora e mais 20 mil não oficiais.

E o Brasil?

Hoje, no Brasil, as operadoras trabalham principalmente no modelo de revenue–sharing (divisão de receitas) em condições bastante agressivas. Boa parte da receita não fica com a empresa de soluções, que assume assim todo o risco de desenvolvimento, ao acreditar em resultados muitas vezes incertos.

Se o produto não vendeu, a operadora não perde praticamente nada, enquanto a pequena empresa está condenada à falência.

Só que a concorrência – grande motor do mercado – está recebendo reforços significativos: a entrada da Itautec e da Dell no mercado de PDAs com preços competitivos para a plataforma Pocket PC e ainda os lançamentos da Palm, que agora fabrica alguns dos seus componentes aqui no Brasil.

Do ponto de vista da telefonia, existe ainda a definição de que teremos, no país, três ou, no máximo, quatro grandes grupos de operadoras de celulares, o que sinaliza que o mercado de transmissão de dados via rede das operadoras deve ter uma boa redução de preços devido à grande concorrência.

Assim, o único ingrediente que falta é a mudança nos modelos de parceria das operadoras, de forma que elas também assumam o risco do desenvolvimento das aplicações junto com os pequenos parceiros de soluções e invistam mais dinheiro no desenvolvimento de novas empresas parceiras.

E, de fato, algumas já dão sinais de que caminharão neste sentido.

Os primeiros passos já estão sendo dados – puxados, como sempre, por uma demanda cada vez mais consciente das vantagens que uma vida sem fio pode trazer para o mundo corporativo. [Webinsider]

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Artigos de autores diversos.

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