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WordPerfect ainda tem chances de se firmar?

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Paulo Rebêlo

A investida da Corel em lançar um pacote promocional, com WordPerfect (texto) e QuattroPro (planilha), a fim de abocanhar um pouco a fatia do mercado dominado pela Microsoft em aplicativos de escritório, levanta uma questão pertinente: a Corel vai segurar a onda?

Não é a primeira e nem a segunda vez. Desde que a canadense Corel adquiriu a licença do WordPerfect e QuattoPro, foram inúmeras as tentativas de marketing para concorrer de frente no setor de suítes para escritório. Investem pesado em propaganda, seminários e promoções, mas, quando começam a ganhar mercado, mudam as prioridades.

Nostalgia –– Nos tempos áureos, quando MS–Word não era sinônimo de processador de textos, o WordPerfect não apenas era um exímio concorrente, como possuía recursos mais avançados não encontrado no produto da Microsoft durante um bom tempo.

Sem contar outras opções de prima qualidade, como o Lotus AmiPro (existe até hoje, no praticamente extinto Lotus SmartSuite) e o WordStar. Este último, teve uma versão 2.0 para Windows 3.1, em 1994, que foi um verdadeiro sucesso. Desde então começou a desandar e sumiu. O Wordstar era apaixonante. Quem ainda lembra, pode ler a trajetória dele neste link.

Detalhe interessante: foi a mesma Corel que adquiriu a licença do WordStar, também em 1994, após o lançamento do produto para Windows. Naquela época, foi o primeiro passo para a Corel montar um pacote de escritório e concorrer com a Microsoft. Em seguida, ela abriria mão do WordStar e daria vez ao WordPerfect, com uma gama de usuários bem maior. Na época, eram poucos os usuários brasileiros que conheciam o WordPerfect (o WordStar era mais comum), porém, mundo afora, era bastante usado.

LINUX –– O erro mais imperdoável da Corel chama–se Corel Linux. Não o produto em si, mas o que a empresa fez com ele.

Em 1999, a Corel lançou uma primeira distribuição Linux voltada exclusivamente ao usuário doméstico, chamada de Corel Linux. O Webinsider chegou a testar, em dezembro de 2000, a versão 1.0 do produto, que rodou perfeitamente da instalação até o uso. Interface não deixava nada a dever ao Windows, incluindo as configurações.

O Corel Linux recebeu elogios das mais variadas fontes. Quem procurar na Amazon, pode encontrar livros e mais livros com guias e tutoriais. Foi uma estrela em ascensão. Dentro outros motivos, porque a Corel estava conseguindo, como iniciante no setor Linux, o que outras distribuições (na época) não tinham alcançado ou até alcançavam, com muita dificuldade: a simpatia do usuário leigo típico de Windows. Só faltava investir um pouco mais em propaganda.

Em 2000, durante uma crise financeira da Corel, a Microsoft investiu US$ 135 milhões (de acordo com a Reuters, veja ao lado) na canadense. Em 2001, a Corel vendia a divisão Linux para a Xandros. Em tempo: ainda de acordo com a Reuters, a divisão Linux da Corel representou 14% de todos os negócios da Corel em janeiro de 2001.

Em tempo: o antigo Corel Linux hoje responde pelo nome de Xandros Linux, para quem quiser arriscar. [Webinsider]

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Artigos de autores diversos.

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