Folha de Pernambuco
A maioria dos bancos permite que o cliente faça quase tudo pela internet. Basta consultar o gerente, cadastrar uma nova senha para usar no site e, finalmente, dar adeus às filas para pagar as contas de água, luz, telefone, entre outros serviços.
Qualquer cliente pode aderir, sem restrições. Em geral, a instituição exige uma única visita na agência para cadastrar uma nova senha de uso exclusivo para a web. Dependendo do tipo de transação a ser feita, o site do banco pode pedir a senha específica da internet e depois a senha tradicional.
No entanto, este “paraíso” tem seu preço. É preciso manter o computador sempre em dia com as últimas correções de segurança do sistema operacional, nunca deixar de usar um antivírus atualizado e sempre usar um firewall para acessar a Internet.
Também é bom usar programas para remover spywares, que são programinhas espiões que se instalam enquanto o usuário navega.
Todos os especialistas consultados pela reportagem foram unânimes em dizer que, com o computador atualizado, você fica apenas relativamente protegido, mas pode acessar sua conta bancária sem maiores medos. “Não existe sistema 100% seguro. Se os bancos não conseguem prover segurança completa em suas agências e nem em seus caixas automáticos, como o fariam na internet?”, indaga o consultor de informática, Ary Lima Júnior.
Na opinião do consultor, as pessoas precisam entender que segurança não é um produto, mas um processo. “Não há sistema que resista a um usuário relapso. Sempre existem riscos, mas o usuário pode minimizá–los”, garante Ary, que mantém o site www.virinfo.net, especializado em questões de segurança.
A conclusão dos bancos não é muito divergente, apesar de oficialmente garantirem que o sistema é seguro, desde que o usuário siga corretamente as instruções de acesso e mantenha o computador atualizado.
Francisco Batista, gerente de núcleo do Setor de Logística do Banco do Brasil no Recife, explica de forma bem didática o que acontece: “As pessoas nunca imaginam que um cara lá no fim do mundo vai entrar no computador delas e capturar senhas. Achamos que nunca vai acontecer com a gente. O problema existe, mas não é esse bicho–papão que muitas pessoas falam por aí”, pondera.
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