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Para tornar o computador mais inteligente

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Frederick van Amstel

Aconteceu essa semana o VI Simpósio de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, organizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e promovido pela Sociedade Brasileira da Computação. O evento reuniu os principais pesquisadores brasileiros que buscam tornar o uso do computador mais fácil e acessível.



Dentre os assuntos tratados, o desenvolvimento de teclados especiais para deficientes físicos, o uso de softwares na educação, visualização de informações sobre agropecuária e, principalmente, métodos para tornar o desenvolvimento de programas de computador mais eficiente.



A disciplina que engloba essas pesquisas é chamada de Interação Humano–Computador, porque trata da ponte (interface) entre os dados eletrônicos e a mente humana. Seu objetivo é tornar essa comunicação o mais natural possível, como se fosse uma conversa com outra pessoa.



Inclusão digital



Hoje, nos grandes centros brasileiros estamos rodeados de computadores que oferecem interações dos mais variados tipos. O computador em casa ajuda no trabalho da escola e, no trabalho, aumenta a produtividade. Até mesmo o celular pode ser considerado um pequeno computador presente no nosso dia–a–dia.



Mas, o que permitiu que tantas pessoas pudessem usá–los assim, tão naturalmente? E quais são as dificuldades que outras tantas pessoas enfrentam para ter acesso a essas vantagens? A resposta para essas questões está na ponta da língua dos pesquisadores: a facilidade de uso, ou melhor, a usabilidade.



“Apesar da inclusão digital não depender dos profissionais da Interação Humano–Computador, eles podem ajudar muito a facilitar o acesso às novas tecnologias”, observa Cecília Baranauskas, professora da Unicamp. Essas tecnologias podem trazer oportunidades que antes não eram possíveis, como por exemplo um portador de dificuldades motoras que pode pela primeira vez escrever uma carta de próprio punho ou um estudante que pode ler obras de bibliotecas no mundo todo.



Mas, de nada adianta a possibilidade de uso, se na prática a interface é complicada demais. “Quando cometemos um erro num programa, nem sempre é nossa culpa”, repara a pesquisadora Raquel Oliveira Prates. Ela explica que o problema pode estar na forma como o programa se faz entender.



Governo eletrônico



Estão começando no Brasil diversos projetos de inclusão digital, que visam levar o acesso ao computador à população de baixa renda. A iniciativa é incentivada pelo governo, que investe na consolidação do conceito de governo eletrônico.



Apesar de desburocratizar os serviços que oferece e cortar custos, a modalidade eletrônica tem desafios cruciais para o seu sucesso na interface com o usuário do serviço.



“Não adianta fornecer computadores para a população de baixa renda se essas pessoas não poderão usá–los porque são muito complicados ou difíceis. É preciso tornar o acesso real e isso só poderá ser feito se for levado em conta a Interação Humano–Computador”, defende Laura Sanchez, organizadora do evento e professora da UFPR.



O computador mais inteligente



Apesar dos grandes avanços da informática nas últimas décadas, o computador ainda continua sendo um aparelho com pouca ou nenhuma inteligência prática. Precisamos especificar o que queremos exatamente, do contrário ele não faz nada. Não tem capacidade para antecipar o que desejamos.



Retomando pesquisas abandonadas nas décadas de 60 e 70, o palestrante Henry Lieberman
lidera o grupo de pesquisa do Massachussets Institute of Technology (MIT) que testa a utilização do senso comum para permitir ao computador prever o que o usuário deseja. Basicamente, é dado ao computador uma banco de dados contendo milhares de sentenças do senso comum, tais como: “no casamento, temos um noivo e uma noiva”.



No projeto Open Mind foram arrecadadas 700 mil sentenças como essa. Qualquer pessoa pode entrar lá e contribuir. Essas sentenças são analisadas sintática e semanticamente para estabelecer relações entre as palavras. Falou de casamento, falou de um noivo e uma noiva, por exemplo.



Essa gigantesca base de dados pode ser útil, por exemplo, para auxiliar no reconhecimento de voz e de escrita (entendendo melhor o contexto em que as palavras se encontram). O professor mostrou um cliente de e–mail fascinante que sugeria fotos a serem adicionadas à mensagem de acordo com o que ia sendo digitado. No exemplo, a pessoa estava mandando um e–mail contando sobre um casamento que aconteceu há duas semanas. Ao lado apareceram imediatamente as fotos tiradas nas últimas duas semanas que tratavam do casamento, e mais, focando no noivo e na noiva.



O projeto está disponível somente em inglês, mas o professor garantiu em sua palestra que o MIT fornece as ferramentas para que sejam desenvolvidos projetos semelhantes no Brasil e em qualquer outro país que se interessar. [Webinsider]



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Frederick van Amstel apresentará palestras online gratuitas sobre usabilidade em projetos web. Faça sua inscrição



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