google-site-verification=DiQSzZV6ZIn9SBZxRwYugy1FrRRU-hjWZ8AsZOwQugk

Uma dica para o profissional: especialize-se!

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

André Xavier



Tenho olhado com otimismo a evolução do uso da internet no Brasil. O otimismo se deve ao que me parece estar acontecendo de forma muito natural: a web começa a ocupar seu posto de mídia, de canal de comunicação.



Este processo inevitavelmente envolve atividades especializadas que antes não existiam. Basta observar as que surgiram com a evolução contínua da internet: entre os profissionais de tecnologia surgiram especialistas em VB, Java, ASP, PHP, analistas de sistemas web e especialistas em plataformas A ou B.



Entre os webdesigners apareceram os flasheiros; muitos outros profissionais específicos como os arquitetos de informação, planejadores de mídia, gerentes de projeto, gerentes de marketing web, desenvolvedores, consultores web, especialistas em e–business, e–commerce, e–learning etc.



Esta evolução segue a passos largos. Nos Estados Unidos já é uma realidade, aqui ainda é um início. Entretanto, já podemos ver alguns bons resultados. O que por volta de 1995 era apenas um quadrado cinzento no monitor, visualizado através do Netscape, Explorer ou do Chamellion, e destinado quase que exclusivamente a divulgar empresas de uma forma árida e estática, hoje é o centímetro–quadrado mais caro do mundo, onde são investidos bilhões de dólares em mega projetos online.



Antigamente – e até hoje, acredite – a maioria das empresas queria ter um site na internet, ou uma página, como se dizia, apenas porque era status: ela estaria à frente de seus concorrentes, totalmente inserida nas novas tecnologias. Mas como ter retorno com sites que, na maioria, além de totalmente incomunicáveis visualmente, não faziam nenhum tipo de interação estratégica com o usuário, não faziam parte de nenhum plano de comunicação?



Com o tempo ficou claro que investir capital (criação, desenvolvimento, registro de domínio, manutenção, acesso etc) em projetos carentes de planejamento estratégico mais específico não traria quase nenhum tipo de retorno concreto a médio ou longo prazo, a não ser uma comunicação via e–mail mal aproveitada.



Muitas empresas simplesmente abandonaram seus sites na rede e caíram fora. Outras aplicaram muito dinheiro em projetos desprovidos de planejamento prévio e tiveram grande prejuízo. Muitas lojas virtuais abriram e fecharam em pouquíssimo tempo. Era o fim da fase do deslumbramento.



Como a capacidade e as múltiplas funções da internet ainda não eram totalmente conhecidas, ficaram algum tempo pouco exploradas. Está certo que os avanços tecnológicos também ainda não haviam chegado muito além disso, mas a falta de profissionais mais ligados à comunicação, planejamento estratégico, marketing e até gente de criação realmente especializada ao lado do pessoal de tecnologia deixou uma enorme lacuna.



Na época os profissionais de tecnologia entendiam – e entendem – quais as melhores ferramentas e recursos tecnológicos para se viabilizar um projeto na web. Alguns até entendiam muito bem de logística, mas quando se aventuraram como designers de interface ou mesmo como gerentes de planejamento, os resultados foram catastróficos.



A seguir três itens que, em minha opinião, foram decisivos para a transformação do papel da web:



Visão



A visão da internet como mídia, veículo para posicionamento de marcas e produtos, e não apenas como forma de presença estática na web, foi sem dúvida decisiva para o que temos atualmente. Hoje existem agências interativas totalmente voltadas para criação e execução de campanhas que veiculam exclusivamente no meio online. Isso só foi possível – ao lado dos avanços tecnológicos – graças a uma exploração mais profunda das inúmeras possibilidades e particularidades que a mídia online pode oferecer.



Mesmo quem não defende a superioridade da mídia online sobre as outras mídias não pode negar as palavras de Steve Keenan, vice–presidente de marketing e operações da AOL: “A mídia online é a convergência do branding, da disseminação de informações e das vendas, tudo em um único lugar”. É a intersecção entre a publicidade offline e o marketing direto, pois apresenta quatro vantagens que nenhuma outra mídia é capaz: focalização; monitoramento; entrega e flexibilidade; interatividade.



Tecnologia



A evolução tecnológica hoje possibilita ao usuário três condições fundamentais: conexão sem fio (wireless); máquinas cada vez menores que permitem livre mobilidade (Palms e laptops); e uma velocidade cada vez maior de acesso (banda larga). Esta evolução transformou a internet em uma ferramenta fácil e prática, para ser usada em qualquer lugar, a qualquer hora, capaz de disponibilizar ao usuário formas de comunicação, serviços e entretenimento antes totalmente impraticáveis.



Ao lado disso, aplicativos como o Messenger e o ICQ, a integração de vários sistemas e o desenvolvimento de softwares exclusivos para aplicações na web também foram pontos decisivos para esta mudança.



Interfaces gráficas



A entrada de profissionais da comunicação offline – diretores de arte e criação, redatores, atendimentos, planejadores de mídia etc – no meio online trouxe uma mudança na forma de se tratar um projeto interativo.



O que antes era papel de tecnólogos e programadores, hoje é função de profissionais especializados trabalhando em equipes multidisciplinares, geralmente dirigidas por gerentes de projetos.



As melhores interfaces gráficas de hoje são criadas por designers experientes cujo trabalho é dirigido por diretores de arte, que por sua vez podem atuar junto com redatores e também com profissionais de marketing em testes de usabilidade, comportamento do usuário e ergonomia, o que resulta em interfaces mais amigáveis e 100% mais funcionais, possibilitando a criação e execução de projetos de comunicação interativa eficazes e criativos.



Com o avanço da globalização a internet vai se tornando uma ferramenta quase indispensável no dia–a–dia. Nesta perspectiva, a probabilidade é a de que esta evolução continue cada vez mais rápida, atinja mais pessoas, classes sociais e lugares.



Essa rapidez, como a própria globalização, vai desfavorecer alguns setores, mas certamente vai criar novas oportunidades e fazer surgir cada vez mais novas atividades. O negócio é ficar atento, acompanhar a evolução natural das coisas e, sobretudo, se especializar. [Webinsider]



Avatar de Webinsider

Artigos de autores diversos.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *