Deixando de lado por um instante a internet, vamos abordar um assunto corriqueiro, mas que faz a diferença: a cegueira corporativa. Em outras palavras, o grande problema causado pela burocracia administrativa, despreocupada com a saúde funcional das organizações.
O objetivo aqui é refletir sobre os colaboradores, no intuito de conhecê-los melhor e descobrir o potencial não percebido.
Muito além de extensos currículos, o bom colaborador é aquele que procura soluções, tem iniciativa, bom senso e busca novas formas de melhorar seus próprios processos de trabalho.
A pró-atividade recicla o ambiente de trabalho e produz melhora real nas atividades desenvolvidas. As corporações não dispõem de tempo para ouvir frases do tipo: “O que faço agora? Não é problema meu ou do meu departamento! Não ganho nada a mais fazendo isso para a empresa! Tem alguma coisa pra eu fazer?”
Colaborador, como o próprio nome sugere, é o fator humano envolvido e comprometido com os resultados da empresa. O comprometimento é fundamental e positivo, pois otimiza tempo e melhora a qualidade do trabalho. Eliminar os processos viciados favorece resultados acima da expectativa.
Isso tudo é de conhecimento de todos nós, já cansados de ler matérias e propostas comercias de empresa que prestam este tipo de consultoria. Então como reconhecer o bom colaborador?
Um dos sinais são as várias menções de seu nome. Por ser ativo, sempre está procurando resolver problemas. Neste caso, a primeira “barreira” quebrada é a da alocação de responsabilidades dos que estão abaixo ou acima da cadeia voraz da organização. Não podemos desconsiderar o fato de uma concorrência natural, que indevidamente interpretada pode desencadear as famosas reclamações do tipo “Ele sempre se mete onde não é chamado!”.
Quando este tipo de reclamação acaba chegando na gerência de forma indevida, o resultado é um puxão de orelhas desmotivador. Se a gerência não tiver condições de fazer uma análise crítica e significativa e for do tipo “sei de tudo e mando em tudo”, o resultado sempre será uma inversão de valores, com conseqüentemente perdas.
O que fazer?
Analise com cautela o ambiente e todos os fatores, antes de tomar qualquer tipo de decisão que possa acarretar desconforto para um funcionário.
Conheça o ambiente de trabalho de seus colaboradores, pois eles são seus melhores consultores. Afinal, na maioria do tempo buscam a melhoria dos processos e do ambiente de trabalho por vivenciarem os problemas todos os dias.
Estimule o comprometimento da equipe. Dê a liberdade vigiada de agir e sugerir, e antes de mais nada “escute de verdade”.
Delegue responsabilidades no intuito de promover uma análise mais profunda de cada colaborador.
Interaja com seus colaboradores. Faça com que promovam reuniões de melhoramento nas células de sua empresa, opine, ouça e posicione–se a respeito. É nocivo exigir interação se não há respaldo nas sugestões. Nunca deixe as opiniões caírem no esquecimento.
Feedback. Analise meticulosamente todas as opiniões e sempre que possível compartilhe as ações da empresa com todos. Esta atitude demonstra maturidade e atenção da empresa pelos anseios de seus colaboradores, gera confiança e novas idéias.
Atitudes simples atitudes como essas fortalecem o relacionamento interdisciplinar e possibilitam o diagnóstico de colaboradores com perfis inadequados à realidade da empresa (os famosos “sombras”).
Ampliar o potencial dos recursos internos e valorizar o capital humano são pilastras para um crescimento contínuo, proporcionam a satisfação em todos os níveis das pessoas envolvidas e tornam o ambiente mais feliz, produtivo e criativo. Pense nisso. [Webinsider]
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