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China capitalista avança para novos mercados

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Por Miguel Abdo



Zhou Chongfa, famoso arqueólogo chinês, é conhecido por sua teoria contemporânea, onde afirma que o protótipo do “dragão chinês” – desdobrado em vários tipos diferentes – foi formado durante o processo da agricultura primitiva no país.



Segundo ele, a inspiração inicial foi baseada em características como a iluminação e a pronúncia chinesa da palavra dragão, “long”, que se parece com o som natural do trovão.



Pensando bem, as características observadas neste símbolo da prosperidade oriental talvez estejam entre as melhores definições para a forma como a China vem demonstrando seu poderio econômico no avanço para novos mercados: como um trovão, que anuncia a chegada de novos tempos, deixando países ouriçados.



E agora chegou a vez do Brasil, que já começou a sentir as conseqüências desse movimento no mercado global.



Especialmente no setor de telecomunicações, desenha–se um cenário muito claro, com dois posicionamentos bem distintos: chineses, de um lado, disputando a liderança de custos; e ocidentais, de outro, em sua maioria apostando na diferenciação de seus produtos e serviços.



Em termos de competitividade, isso significa que empresas inovadoras têm que arcar com os altos custos de P&D (aproximadamente 20% dos investimentos de uma empresa como por exemplo a Cisco Systems) e terão que competir com os baixos custos de fabricação em empresas chinesas (US$100,00/mês por funcionário), capazes de sair de uma base de despesas 50% mais baixa que seus concorrentes ocidentais.



Outro fator importante também são os fortes incentivos oferecidos pelo governo chinês para fomentar a produção local e, conseqüentemente, a criação de empregos.



Para que empresas ocidentais possam se defender e não repetir o que aconteceu com a indústria suíça de relógios – que de início perdeu boa parte de seu market share e que só recuperou mercado perdido para os japoneses após uma mudança radical de estratégia, que resultou no lançamento dos relógios Swatch – elas terão que se diferenciar mais ainda, lançando produtos e serviços que tragam mais valor para seus clientes e produzir com custos menores, de forma a melhorar a sua rentabilidade e aumentar a competitividade.



Um exemplo bem sucedido desta estratégia é a americana UT Starcom, uma das líderes mundiais na produção de Dslams IPs. Essa empresa mantém sua sede nos EUA, mas produz seus equipamentos na Ásia, onde aproveita todos os benefícios locais.
Outro caso foi recentemente a Nortel ter estabelecido uma parceria com a chinesa China Putian, criando uma joint venture para desenvolver soluções de terceira geração de celular.



No setor de telecomunicações, de forma a conter o avanço das empresas chinesas aqui no Brasil, não só na venda de equipamentos tradicionais, mas também agora com projetos de redes de nova geração e backbone IP, os ocidentais representados por empresas como Alcatel, Cisco, Siemens, Nortel e Lucent, necessariamente deverão fazer algum movimento estratégico no curto e médio prazo.



Resta agora saber se o dragão que avança para a indústria de telecom é um “Fut´s–lung”, que guarda metais e pedras preciosas; ou “Jiaotu”, que vive enrolado como um caracol e pode ser utilizado na decoração doméstica. [Webinsider]



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