Por vezes, dizer que o webwriter lida com o universo da informação na web é muito vago. Afinal, em que “caixas” o texto, a imagem, a animação, o ícone e tantos outros elementos informativos da mídia digital “moram” de fato dentro de um campo tão amplo?
Definir estes espaços é a grande dificuldade para os profissionais do webwriting – e não sem motivo. Conceitos como portal, hotsite e até mesmo site se misturam e provocam tantas dúvidas que acabam por interferir no resultado final da boa distribuição da informação. Como adaptar um material para um hotsite, se não está claro para um produtor de conteúdo online a diferença entre hotsite e minisite?
Já ficou para trás o tempo em que havia resistência do mercado brasileiro de internet em criar definições para estes termos simplesmente porque alguns deles eram “tentativas de anglicismo” e, outros, “pura afetação”. O que seria simples de entender, tornava–se sânscrito, só porque alguns apontavam tudo como frescura.
Fato é que, em pleno 2005, o profissional que não sabe identificar cada um dos espaços de informação na web não só se arrisca em prejudicar o resultado final do seu trabalho, como fica perdido ao tentar destrinchar livros e sites sobre o mercado da internet, além de não ter condições de participar de fóruns na área.
Caso você ainda se sinta vítima indireta deste preconceito bobo, nada melhor que pôr os pingos nos “is”. Abaixo, há definições bem claras dos principais espaços de Informação, e como é seu comportamento em cada um deles:
Site
Como espaço básico da informação, o website tem como principal objetivo organizá–la, estruturando uma hierarquia para que todo o conteúdo seja entendido e acessado com facilidade. A alma de um site é sua arquitetura de informação, ciência que tem séculos de vida e nasceu da primeira grande experiência do ser humano em organizar seu conhecimento adquirido e documentado – a biblioteca. Um website nada mais é que um grande arquivo. Se estiver bem organizado, encontra–se facilmente a informação, e o objetivo final foi alcançado.
Portal
Não, portal não é um “site grande”. A diferença é que portal tem 100% do foco nos seus públicos, e cria conteúdos específicos para eles, os chamados “conteúdos verticais”. Além disso, um portal possui ferramentas que constroem um real relacionamento entre quem produz e que consome a informação, como fóruns bem conduzidos e compilados, pesquisas online sérias – que vão muito além das enquetes rasteiras e mal aproveitadas -, e chats que promovem a construção de um real Conhecimento, e não são apenas salas de bate–papo. Muitos sites de grandes empresas não incluem nem conteúdos verticais, nem ferramentas de relacionamento, mas ainda assim se dizem portais.
Hotsites
São áreas de informação criadas para o lançamento de um produto, o anúncio de um evento ou uma grande promoção. Ou seja, é um conteúdo com prazo de validade, seja uma semana ou um mês. A quantidade de páginas é pequena, pelas características de conteúdo que um hotsite carrega; o tom, sempre persuasivo; e o visual, diferenciado do restante do site ou portal, abrindo em janela menor.
Minisites
Geralmente são morada para os conteúdos verticais produzidos para os portais. Criados para atrair um público específico, os minisites abordam de forma detalhada um tema restrito. Os minisites podem ser fixos ou flutuantes, já que muitos cobrem eventos e, visualmente, comportam–se como os hotsites, com design diferenciado e abrindo em janela menor. Mas, ao contrário do hotsite, que tem na persuasão o seu “norte”, o tom do minisite é essencialmente informativo.
……………………………………………………………………….
Não há dia que não surja um novo termo no universo da web. Como profissionais da área, temos que ficar em dia com as novidades e encará–las com naturalidade, olhando menos para a sua “embalagem”. [Webinsider]
.
Bruno Rodrigues
Bruno Rodrigues (bruno-rodrigues@uol.com.br) é autor do livro 'Webwriting' e de 'Cartilha de Redação Web', padrão brasileiro de redação online'.
16 respostas
Sérgio, muito bom seu artigo, listando o que gostei:“à papel dos professores comprometidos com o presente e o futuro de seus alunos refletirem criticamente sobre quais ferramentas se adequam a objetivos educacionais e não quais objetivos educacionais se adequam a ferramenta da moda!”Foi para a minha coleção de frases:Aqui fiquei com uma duvida, você diz:Aprendizagem em rede passa por organização dos fluxos informacionais.Seria por organização – que e algo importante – ou o incentivo dos fluxos organizacionais??Ou as duas coisas?A organização me parece que é algo posterior, no registro, do fluxo que rolou fundamental. E o incentivo no durante.Pode esclarecer?Me identifiquei também com isso:“Aprendizagem cooperativa não prescinde da mediação daquele que aprende há mais tempo! ”Na verdade, quando você diz “aprende” seria a pessoa que estuda/aprende aquele dado problema há mais tempo. Gosto do termo aprende, pois aponta para alguém que continua estudando.Concordo e complemento.O problema é como o cara estuda.Se é um cara que estuda e está em aberto para aprender, professor-cientista.Ou se é um cara que estuda, mas já sentou sobre a “bÃblia” que descobriu, professor-religioso.Isso faz uma grande diferença e – talvez – impacte em todo o processo, pois quem quer discussão quer aprender junto, gosto do termo coo-vencer.E quem quer sentar na “bÃblia” , não vai incentivar o debate, pois o que ele quer é doutrinar.Que achas?Por fim, gostei muito do:Não existem absolutos!De fato, não existe, mas é tão difÃcil.Todo mundo – ou melhor o ego de tudo mundo – gosta de ter razão..;)Abraços,Valeu a visita.Nepô.
Igor, não conheço bibliografia sobre o assunto, até porque é um detalhe muito específico em Comunicação Digital. Em meus livros ‘Webwriting’ (200 e 2006) havia um capítulo sobre o tema, baseado no texto que você acabou de ler.
Olá Bruno! Muito esclarecedor seu artigo. Você poderia indicar referências bibliográficas sobre este tema?
Muito bem explicado!
Identifiquei muitos pontos importantes, obtive idéias de negócio e melhorias através das comparações.
Muito obrigado pela matéria Bruno Rodrigues!
pow muito bom sua explicação
obriidaga messmo
Agradeço por disponibilizar esta informação sobre a distinção entre os espaços virtuais.
Tinha muitas dúvidas a respeito das deiferenças, recuroso e e mododeutilizar site/portal fiauei contentte de encontrar as diferenças, só me falta desenvolver as habilidades para manipulá-los. Muitoobrigado
Interessante!
Lucas
email marketing
http://www.geekle.com.br
Tenho uma dúvida: e se o portal tiver conteúdo vertical, mas não possui ferramentas de relacionamento como chats e enquetes, ainda pode ser chamado de portal? Se não puder, que nome teria?
Muito boa esta explicação, isto salvou o meu trabalho, irei citá-lo com certeza
MATÉRIA BASTANTE ESCLARECEDORA. TINHA ALGUMAS DÚVIDAS EM RELAÇÃO AO PORTAL AS QUAIS FORAM SANADAS.
Legal,visitem meu site ou melhor… portal, http://www.ook.com.br.
Muito boa a explicação! Foi perfeitamente esclarecida minha dúvida, obrigada!
Adorei a matéria, as dúvidas ficaram muito claras, mas para alguém que entende do assunto…
Foi ótimo, aprendi um pouco mais, porém acredito que para direcionar a qualquer usuário do site será necessário uma linguagem menos elitizada.
Muito bom, eu mesmo confundia minisite com hotsite. É difícil achar uma definição clara como essa.
Parabéns! Vocês deixaram bem claro a diferença e a funcionalidade de cada conceito: Site, Portal, hotsite e minisite. Valeu!
Através disso, quando formos fazer um trabalho pode-se direcionar o foco para o público-alvo.