Até mesmo os grandes players vêm estudando esta nova possibilidade. O Google divulgou ano passado um estudo sobre como as pesquisas em sua plataforma podem indicar o interesse de consumidores. Nele comprovou-se a relação entre o volume de pesquisas para um novo filme e o seu posterior sucesso: quanto mais pesquisas teve o filme, maior o sucesso.
Obviamente, essa técnica pode ser utilizada em outros cenários.
O fato é que ainda não existe uma metodologia comprovada e muito menos uma ferramenta própria para extração e correlação deste tipo de informação. O que o mercado tem feito são análises básicas e primárias.
Por exemplo, ao analisar as palavras-chave pesquisadas é possível saber a demanda de mercado, e através de frases pesquisadas é possível checar a percepção dos consumidores com a sua marca.
Dentre as ferramentas que vêm sendo utilizadas para retirada de informações sobre as pesquisas na internet destaca-se o Keyword Services Plataform (KSP), da Microsoft.
Embora o programa tenha como objetivo facilitar a pesquisas de palavras-chave, acabou contribuindo involuntariamente para esta nova disciplina do SEM (de Search Engine Marketing) a partir do momento que disponibiliza um vasto universo de informações de comportamento de usuários no Live Search.
O Google também contribuiu involuntariamente com o Google Trends, que pode ser utilizado para descobrir demanda de mercado.
Fiz um teste com a palavra SEM, palavra que todos conhecemos e sabemos o crescimento do mercado nos últimos anos.
Embora o exemplo seja o mais simples possível, sem nenhuma metodologia, ele consegue demonstrar claramente toda a possibilidade que se tem pela frente.
Os mesmos dados podem ser coletados através de diversas metodologias de pesquisas de eficácia já comprovada, porém as características intrínsecas do SEM (baixo custo, fácil execução, agilidade em alterações e o fato de o consumidor não estar participando de uma pesquisa e sim agindo naturalmente) chamam a atenção para estudos.
Por enquanto cases são escassos em todo o mundo (no Brasil até o momento nenhum estudo foi publicado), consequência natural pelo fato do Search as Research ser uma tendência que ganhou força em 2008.
E você? Utilizaria os dados comportamentais dos usuários de search engines como material de pesquisa? [Webinsider]
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Rafael Pedigoni
<strong>Rafael Pedigoni</strong> (rafael@aunica.com) é supervisor de projetos especiais na <strong><a href="http://aunica.com" rel="externo">Aunica</a></strong> - The Tagnology Company, responsável por projetos de search e mobile.
2 respostas
Rafael,
Como vão as coisas? Desde que saiu da WEBTraffic que não tive mais notícias suas… fiquei super contente de saber que está bem e trabalhando.
Acredito que existam ferramentas sim, e você mesmo citou duas: uma do Google (que conforme post do Sávio já evoluiu de Google Trends para Google Insights for Search); e outra da Microsoft que lhe fornecem estes dados.
Tá certo que ainda não existe uma ferramenta que cruza as tendências X performance mas é possível realizar este trabalho com bastente eficácia manualmente.
Aqui na WEBTraffic, como sabe, temos a Bid Management e fazemos estudos periódicos da performance das palavras com as infos do Insights for Search e do GA (Google Analytics) para justamente antecipar e aproveitar as oportunidades do mercado.
Show seu post e vou ficar de olho nos próximos!
Abraços e bons negócios,
Lucas Nunes.
Eu utilizaria sim, agora, quando você fala que não existe uma ferramenta própria, será que o Google Insights for Search, não seria essa ferramenta?