Na mídia digital nem tudo que reluz é ouro

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Com a Copa do Mundo de 2010 sinto um certo alívio em ver que a imagem transmitida está dentro dos padrões de resolução da HDTV e é uma pena que o futebol propriamente dito não tenha acompanhado isso em muitos jogos.

É que nem sempre a televisão digital nos oferece o que ela tem de melhor e certamente não existe coisa mais frustrante para o entusiasta ou mesmo para o espectador ocasional do que receber algo diferente daquilo que ele inicialmente investiu para ter em casa, financeira e emocionalmente.

Teria sido no mínimo desastroso que a recepção em alta resolução de um torneio como a Copa do Mundo viesse acompanhada dos vícios da TV arcaica, ainda mais agora que o Brasil deu seus primeiros passos na era da TV Digital.

Trata-se, sob vários aspectos, de um momento histórico: o da primeira Copa transmitida para o país e recebida nos grandes centros em HDTV! A Copa do Mundo anterior já tinha sido transmitida em alta definição, mas eu não me recordo de ninguém que a tivesse recebido desta maneira, a não ser por um sinal de um provedor paulista.

Feito semelhante aconteceu no passado, quando em 1970 o Brasil recebeu sua primeira Copa do Mundo em cores e por satélite, mas pouca gente viu. Na copa seguinte, em 1974, os aparelhos de televisão e a normatização da recepção em PAL-M já existiam há dois anos e assim mais gente conseguiu se dar conta daquele avanço da tecnologia.

Para ter sinal de HDTV 1080 linhas de transmissão só não bastam

Mesmo em ambiente digital, a televisão aberta brasileira ainda precisa progredir! Faz pouco mais de um ano, se tanto, que eu cruzei meus dedos quando a TV Brasil, descendente direta da antiga TV Educativa, começou a transmissão do sinal digital, na cidade do Rio de Janeiro.

Mas, passado algum tempo, eu parei de cruzar os dedos, para não ficar com câimbra! É que, tendo trabalhado mais de 30 anos numa universidade pública, infelizmente o meu feedback não é dos melhores, quando a inércia aparece e toma conta.

A UFRJ, com um formidável corpo de professores e pesquisadores, passou por épocas onde ela não tinha grana sequer para pagar a conta de luz! Isso sem falar nas eternas e nunca vencidas barreiras burocráticas, que emperraram a maior parte dos projetos internos, e na má distribuição dos financiamentos de pesquisa, que levaram ao ostracismo dezenas de grupos emergentes ou laboratórios inteiros recém-criados.

A TV Brasil a gente olha todo dia aquela imagem desgastada, de trinta anos atrás, e enxerga ali o descaso do poder público, em seus sucessivos governos, com a coisa cultural. Comparando-a com iniciativas do tipo PBS (a TV pública norte-americana) ou uma das BBCs (a TV financiada com o dinheiro do público na Grã-Bretanha, através de uma taxa anual), o retrato é desanimador.

Como em “cultura” não se pode em absoluto afunilar o seu escopo em torno de uma só camada da população, para se ganhar apoio e audiência, a emissora se desvia do seu principal objetivo, que é transmitir televisão de qualidade, imagem, som e conteúdo, irrespectivo do público.

E o que é que adianta uma emissora transmitir com 1080 linhas, se a imagem final está, entre outras coisas, fora do padrão de HDTV?

Para que alguém possa dimensionar o problema, é preciso ter antes uma noção de como é que a alta qualidade de imagem se torna possível, dentro de um poderoso e moderno sistema de transmissão de sinal.

Existem, na realidade, três compartimentos distintos, que têm influências não excludentes, no resultado final obtido:

  • Sinal de origem
  • Sistema de transporte
  • Meio de reprodução

Na maioria das vezes, o sinal de origem sem um mínimo de resolução mata qualquer chance de se conseguir imagem de qualidade, principalmente se a fonte usada for inferior ao sinal nominal e/ou se, irrespectivo disso, ainda apresenta algum tipo de artefato, como ruído ou excesso de redução do mesmo, dando aquela aparência de imagem fosca, que ofende a vista.

Aprimoramento do sinal de origem

Basicamente, se a resolução da imagem digital for baixa, ainda assim é possível submetê-la a um processo de aumento de amostragem, conhecido como upscaling, mas o resultado desse tratamento é imprevisível.

O método de melhoramento da imagem de vídeo por upscaling começou com o DVD. Nesta mídia, não importa a fonte, a imagem digital é pré-definida em 480 x 720 pixels (NTSC). Quando as primeiras telas com maior resolução se tornaram acessíveis, o DVD ficou para trás, e a solução foi aumentar o número de pixels no sinal de saída dos leitores de DVD.

Para conseguir isso é preciso interpolar informação digital.

Teoricamente, é possível chegar ao topo de resolução de qualquer tela (720 até 1080 linhas de resolução, em sinal progressivo) sem perda da informação original. Só que, se a imagem de origem for ruim, não há upscaling que a salve. E pior ainda que, se reproduzida numa tela de alta resolução, esse resultado ruim fica ainda mais aparente.

É aquela situação típica da pessoa que entra numa loja, vê uma TV de resolução alta com uma imagem bonita, leva para casa, liga ali alguma fonte de 480 linhas, e se decepciona com o resultado!

O que não quer dizer que o recurso de upscaling seja ruim por natureza! Em muitos dos chipsets usados em vários leitores de DVD, o aprimoramento positivo da imagem é bastante visível! E na realidade, o upscaling é arma necessária, para se adaptar a imagem de origem à resolução nativa de qualquer tela, e está incluso em praticamente todas as TVs modernas.

Quando o usuário se mune de um DVD com baixa compressão de sinal, o resultado do upscaling torna difícil até a comparação com o sinal de alta definição propriamente dito.

Se, por outro lado, a emissora “X” resolve usar upscaling para disfarçar a má qualidade das câmeras, e coloca ao lado dela, uma imagem com resolução mais alta e real, a diferença entre as duas fica imediatamente perceptível!

A solução é a padronização da imagem

Quando duas emissoras transmitem a mesma imagem (caso das transmissões de eventos por satélite, por exemplo) e uma delas mostra uma qualidade diferente da outra, é possível deduzir que a pior está provavelmente fora do padrão de HDTV.

Porque, com o sinal digital não há meio termo na recepção, e isso já foi explicado aqui mesmo na coluna, e então as discrepâncias ficam por conta de quem transmite.

A padronização da imagem (e do som também) começa dentro do estúdio. Não existe coisa mais esdrúxula do que uma emissora começar a transmissão anunciando imagem em HDTV, quando o resultado que chega à casa do espectador está longe disso. Por comparação, qualquer um percebe a diferença, e quanto mais imagem de qualidade se oferece por uma dada emissora, maior é a tendência do espectador, mesmo aquele que não dá muita bola para isso, ficar cada vez mais exigente.

Independente da fonte de sinal, para que o máximo de qualidade seja obtido, quem transmite HDTV tem que se preocupar em usar o melhor equipamento disponível. Na minha opinião, se a emissora não dispõe de um equipamento decente, é preferível nem transmitir HDTV, ou dizer que o está fazendo.

A propósito, eu já li muita gente pela Internet criticando a Rede Globo por mostrar poucas horas de HDTV por dia, mas é inegável que quando ela o faz, a qualidade muito raramente é comprometida.

É preciso notar que o formato de tela nada tem a ver com a qualidade do sinal. Estão aí os DVDs em 16:9 anamórficos que não me deixam mentir. O fato de a imagem estar em 16:9 não altera o seu número nativo de linhas de resolução. Na prática, isto significa que na imagem transmitida em HDTV a câmera ou material de telecine precisam estar também com pelo menos 720 linhas de resolução, caso contrário a alta definição real não existe.

A influência do processo de reprodução

Como já foi dito acima, para se obter bons resultados com sinal digital de qualquer origem, áudio e vídeo, vindo ele de DVD, Blu-Ray, DTV ou TV por assinatura, a origem e o caminho do sinal têm enorme influência. Mas, eles só se completam quando o sinal é entregue ao meio de reprodução.

Esta é a parte que cabe exclusivamente ao usuário. E, neste caso, é sempre bom e aconselhável investir no melhor display possível, dentro das posses de cada um. Se a intenção do usuário é apenas conhecer o que a DTV tem de melhor, é possível se usar telas com resolução um pouco mais baixa, mas ainda assim capaz de aceitar o sinal de 1080 linhas integralmente.

Todas as TVs com o logo HDTV ready são assim e fazem isso. Mas, nenhuma delas será competente para reproduzir 1080 linhas dentro do potencial que o padrão de HDTV é capaz, e com a disseminação de telas melhores com menor custo, o investimento em telas HDTV ready perdeu, na prática, completamente o sentido.

Para a reprodução de sinal digital, incluindo áudio e vídeo, todo e qualquer investimento na direção de um material de melhor qualidade faz sentido. A maioria dos Blu-Ray players, por exemplo, atingiu um nível satisfatório, com alguns modelos oferecendo alguns recursos a mais, ou uma imagem ligeiramente superior, com o uso de mídia convencional, como o DVD. Então, quando o usuário investe num leitor de Blu-Ray, na maioria das vezes o resultado final compensa o esforço.

Nos leitores de DVD, a diferença de qualidade entre os diversos modelos, mesmo em upscaling, ainda é bastante perceptível. Isso se deve à qualidade dos processadores internos desses aparelhos, e é preciso notar que raramente um leitor de DVD mais barato é capaz de se igualar aos aparelhos de maior custo.

Existem ainda os chamados reprodutores universais, que tocam tudo, desde DVD e Blu-Ray (ou DVD exclusivamente) e mais SACD, DVD-Audio e outros formatos. Geralmente, a construção desses equipamentos segue um padrão mais rígido, tanto nos processadores quanto nos estágios de saída. Isso é necessário diante da maior qualidade da mídia, principalmente a de áudio, cuja reprodução não deve ser comprometida na fonte de sinal.

O mesmo raciocínio se aplica aos aparelhos de TV. Existe uma miríade de ajustes de compensação internos que os televisores de melhor qualidade conseguem fazer e outros não. A sorte do usuário, neste ponto, é que a integração e a eficiência dos microprocessadores é tão grande, que não causa surpresa que aparelhos mais baratos consigam oferecer imagem e recursos bastante satisfatórios.

Além disso, o cabeamento usado na cadeia de reprodução, quando é o caso, deve ser capaz de manter o sinal da fonte de transmissão, sem qualquer tipo de degradação. Muitos fabricantes de cabos costumam alertar sobre isso, na embalagem dos seus produtos, mas nem sempre este alerta se refere à qualidade em si, mas ao fator comercial que tenta justificar o preço cobrado pelo produto.

Existem hoje no mercado cabos de menor preço e com total confiabilidade na passagem do sinal. O segredo é achar uma revenda que se comprometa a orientar o usuário na hora do mesmo fazer a sua compra, de acordo com os seus padrões de gasto.

No caso das áreas de alcance do sinal da TV digital, uma boa antena, um cabo de descida adequado, e um receptor-conversor sem erros, é o que basta para se conseguir o melhor que o sistema oferece. Note-se ainda que o sinal do ar ou do qualquer provedor não passa de 1080i. Se a tela usada for de 1080p (Full HD), o sinal é convertido pela TV, mas por outro lado, o sinal de origem ainda tem mais peso, quando o fator qualidade está em jogo.

Para baixo, todos os santos ajudam…

A conversão de sinais, tanto de vídeo quanto de áudio, de uma resolução mais alta para uma mais baixa (downscaling), tem mostrado resultados muito mais interessantes. E eles estão aí já faz muito tempo, para quem se der o trabalho de constatar:

Não faz tanto tempo assim, entretanto, que vários estúdios de gravação perceberam que uma fita master analógica de áudio, se convertida diretamente para a freqüência de amostragem do CD (44.1 kHz) poderia dar bons resultados, mas se a amostragem inicial for maior, o resultado final é incomparavelmente melhor!

Foi assim que surgiram as transcrições Super Bit Mapping e equivalentes, com amostragem de sinal a 20 bits, 48 kHz e acima, e redução para 16 bits, 44.1 kHz, no CD. Hoje em dia, o áudio digital padrão da maioria dos bons estúdios é de 96 kHz e 24 bits, com a conversão para outras mídias, quando necessário.

Para o DVD, o mesmo raciocínio se aplica, no caso com a diminuição do fator de compressão da fita master, e com o aumento do bitrate do sinal transmitido. É o que acontece nos discos Superbit, da Columbia, e assemelhados.

Ainda para o padrão do DVD, muito antes do Blu-Ray sair, os estúdios já haviam notado que a masterização em alta definição produz discos standard com uma qualidade muito superior, a ponto de confundir, em alguns casos, a imagem com a alta definição propriamente dita.

Dispersão do sinal

Para o melhor da TV digital do ar, o correto é não economizar banda de transmissão. Tudo bem que o sistema de televisão adotado no Brasil é pródigo de espaço, mas basta que uma emissora resolva economizar este espaço, para que todo o resultado de estúdio fique comprometido.

A divisão em segmentos do sinal digital deveria, preferencialmente, ser aproveitado para pelo menos um sinal em HDTV sem qualquer tipo de comprometimento. A partir daí, o restante dos outros segmentos poderia ser usado para outros fins.

A presença do sinal digital no formato 1-seg torna a boa qualidade na transmissão palatável nas recepções móveis, o que é importante quando há um evento como este da Copa do Mundo. A resolução obtida na tela reduzida é satisfatória e o sinal em si é robusto, para ser conseguido em trânsito ou em locais fechados.

De resto, o sinal aberto necessita, e muito, veicular através de outros meios, visto que atualmente somente os grandes centros e algumas das suas cidades periféricas têm acesso ao mesmo. Por outro lado, até dentro desses centros, o espalhamento de sinal não é generoso o suficiente, para contemplar um número maior de espectadores, o que precisa ser corrigido com o uso de repetidoras.

O uso de repetidoras traz consigo um outro problema: nenhuma delas pode interferir no sinal da torre principal. Isto, na prática, significa “dosar” as respectivas potências, de tal forma que um transmissor não passe sinal além de uma determinada área. E, neste caso, é preferível que todas as repetidoras, de todas as emissoras, sejam instaladas em um mesmo local, para que assim o usuário decida para que lado ele deve apontar a sua antena receptora.

No ambiente digital tem espaço para todo mundo

Durante décadas, nós estamos sendo bombardeados por uma série de codecs, que englobam compressão de sinal em diversos níveis, ou então a ausência completa da mesma, nos padrões de alta resolução.

Agora mesmo, VC-1 e MPEG-4 ainda disputam espaço em vídeo nos discos Blu-Ray, com os estúdios dando preferência a um ou outro, e sem que o usuário final consiga ter ideia por que.

Ambos os codecs apareceram com a mesma premissa, que era economizar espaço de memória com qualidade, no lugar do “antiquado” MPEG-2 HD. Mas, o uso deste último em Blu-Ray desmente a alegação de que o MPEG-2 não serve para uma alta definição de boa qualidade. Sorte nossa, porque várias matrizes feitas com este codec foram aproveitadas para o Blu-Ray com absoluto sucesso!

E dentro do formato do Blu-Ray ainda disputam ferrenhamente suas posições o Dolby TrueHD, o DTS HD MA, paralelamente ao LPCM multicanal, ortodoxo por natureza, e sem compressão alguma. Esta briga chegou ao ponto de alijar da autoração dos discos de alta definição os seus pares Dolby Digital Plus e DTS HD HR, este último ainda presente em alguns mais antigos da Lionsgate.

A presença do sinal digital onde o usuário quer

Na área da portabilidade popular, WMA, AAC e principalmente MP3 disputam suas posições a cada momento, em cada tipo de equipamento, e em diversas variantes. Para o audiófilo, a portabilidade chama-se FLAC ou Monkey’s Audio, com resultados excepcionais cada uma.

Não há dúvida que, não importando a preferência do usuário, o resultado poderá ser muito bom ou ruim, e a tendência é que os chamados media players (conjunto de programas capazes de decodificar e reproduzir diversos codecs) fiquem cada vez mais abrangentes.

Em última análise, a integração entre equipamento e mídia vem transformando os primeiros em reprodutores da segunda. Na prática, isto significa adquirir um aparelho de TV e a partir daí, via rede wireless doméstica (DLNA) ou mesmo com um simples dispositivo de armazenamento (flash drive), inserido numa porta USB, e lá aparecem fotos, vídeos e música, além de aplicativos específicos (widgets), para gerar informação do interesse do usuário.

Este é um novo conceito, que é o da TV Conectada, que ainda vai ser disparada em direção ao consumidor daqui para frente, a partir dos novos modelos existentes no mercado.

O conceito, entretanto, não se restringe a aparelhos de TV. Com a portabilidade da imagem terrestre e com aquela conseguida com o uso de satélites (GPS, por exemplo), a integração alcança equipamentos bem fora do ambiente doméstico.

O lado bom disso (tem sempre algum…) é que o tráfego de informações atinge hoje níveis nunca antes alcançados. Com o aumento das redes sem fio, espalhadas pelo mundo, poderemos talvez vislumbrar pela primeira vez a tão sonhada quebra das barreiras geográficas entre nações. Se a gente algum dia chegar ao status de integração entre povos e culturas, previsto por Gene Rodenberry no mundo de Star Trek, bem, aí já é outro assunto! [Webinsider]

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Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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7 respostas

  1. Rogério,

    É exatamente por isso que eu prefiro não indicar modelos ou marcas a ninguém! Acho que as pessoas deviam fazer um esforço no sentido de pesquisar isso mais a fundo e tomar a decisão de compra que elas julgam cabíveis.

    Quanto a mim, eu não tenho dúvida alguma que não há nada artificial no aumento do refresh rate, e se você interpretou assim é possível que os meus textos não tenham tido a clareza suficiente ou não atingiram os seus objetivos durante a sua leitura.

    Acho ainda que uma das maneiras possíveis de se separar o joio do trigo é levando um material de reprodução da sua confiança a uma loja especializada e tentar ver como a imagem é reproduzida.

    Não há, entretanto, nada que te prove grandes diferenças entre os painéis atuais, em função da quantidade de melhoramentos processados, nos chipsets usados nos melhores modelos.

    Essa coisa é tão pessoal, que eu não me canso de ler pela Internet pessoas com algum conhecimento desligando esses processadores, no pressuposto que os mesmos deterioram a imagem.

  2. Olá Paulo:

    Em retorno a sua resposta, sinto que quanto mais se aprofunda nesse assunto é como mexer e um “vespeiro”, por isso que até agora relutei na substituição do painel.
    Na época da minha LN46M81BX, ela era a top ( e reinava sozinha), mas agora todo mundo quer ser a Ferrari das telinhas… uma querendo convercer os consumidores de que possui a melhor tecnologia.
    Não pretendo trocar o painel apenas por um novo, queria a Ferrari das 2D.
    Vc citou o LED, mas li que toda essa varredura que ela está propiciando é tudo digamos “artificial” pois esses 200, 300, 400, 500 ou sei lá quantos hz que ela é capaz de exibir, são feito por por processadores criando os algorritmos, e que seriam uma estimativa de reconstrução da imagem para se diminuir o efeito do flicker, estou certo ? E dizem que isso não acontece nas Plasmas que formam as imagens por gas, e que não sofrem essa distorção em cenas rápidas (se igualando a imagem dos tubos CRT) Sei lá… é uma discução ferrenha entre especialistas, e não pretendo adquirir um painel 3D agora, pois a tecnologia dela ainda está engatinhando, e outro detalhe importante, para se desfrutar de um perfeito efeito 3D, a sala tem que possuir dimensões mais “generosas” (o que não é omeu caso), e sei que no futuro os paineis 3D dispensarão os óculos, e aí terei de trocar tambêm o player de Blu-ray, para interagir com esse novo sistema.
    Mais um outro fator para esquentar o assunto, as LCD agora já tem o novo sistema IPS, que dizem que é o melhor sistema pois a imagem é formada horizontalmente ao contrário das outras (como a minha), pois bem Paulo como pode ver, vira uma salada, e com diversos ingredientes em que alguns gostam em outros não. Diante disso acho que mesmo com a leitura dos post’s citados a celeuma ficará ainda a tona.

  3. Oi, Rogério,

    Prazer em tê-lo de volta. A troca de equipamento é natural para o entusiasta ou mesmo para o consumidor casual, por conta das evoluções constantes de modelos de TV, ou por conta de modificações na instalação doméstica.

    Sobre as suas perguntas, e é importante lembrar-lhe que eu não testo equipamentos, o que eu poderia dizer é o seguinte:

    Não sou apologista de TV com tela de plasma, mas não vou ter espaço aqui para explicar porque. Se você gosta ou pensa em comprar uma, a Samsung vende (ou vendia) o top de linha, considerado pelos experts uma das três melhores de TV fabricadas na atualidade. Olhando o site agora (http://www.samsung.com/br/consumer/tv-audio-video/tv/plasma/index.idx?pagetype=subtype_p2) eu noto que se você achar este modelo, só o irá fazê-lo em alguma loja especializada. Os modelos atuais seguem a tendência do 3D.

    Na minha opinião pessoal, a jogada certa é a TV com backlight de LED, e eu já escrevi dois textos sobre isso:

    http://webinsider.uol.com.br/2010/01/30/lcds-com-leds-os-ultimos-avancos/

    http://webinsider.uol.com.br/2010/02/10/lcds-com-leds-parte-ii-a-eliminacao-dos-artefatos-de-movimento/

    O avanço não é somente no backlight. As novas TVs são capazes de aumentar a varredura, fornecendo uma imagem de um nível muito alto de detalhes, muito difícil de ser alcançado por qualquer plasma, apesar da mesma não ter problemas nesta área. A diferença está na construção da tela!

    E a mudança para a fonte de LED melhora significativamente contraste e principalmente cor. Mas, eu peço a você que leia os textos que eu citei acima, antes de tomar a sua decisão.

  4. Paulo tudo bem ?

    Estive lendo esse comentário sobre a novas mídias, que vc acertadamente diz que nem tudo que reluz é ouro.
    Concordo !
    E devido a isso e diante de nossa realidade atual resolvi destronar minha full hd da Samsung (aquela lembra ?) para minha sala de estar para utilizá-la “apenas” para assistir TV, e queria saber qual sua opinião sobre o melhor painel a ser utilizado para uma nova sala de home theater que terminei de montar.
    O que vc recomendaria nesse comparativo a seguir ?
    Plasma ou LED ?
    Gostaria de ressaltar que a sala é totalmente escura, sem reflexos de luz incidente na tela.
    Posso chutar sua indicação:
    Seria a Plasma ?
    Se for a Plasma qual seria a modelo top atualmente para o mercado nacional entre 50 e 58 pol.
    Mas e quanto a LED ?
    Ela tem ficado no encalço das plasma concorda ?
    Esse painel já está pal a pal com a Plasma ?
    Um abraço

  5. Paulo tudo bem ?

    Depois de um tempo ausente, retorno solicitando seu auxílio depois de ler esta matéria bem abrangente sobre nossas telinhas…
    Tenho lido e visto muita coisa, e infelismente estou retornando as origens do inicio das midias digitais (quem diria…).
    Estou muito inclinado em adquirir uma nova TV e deixar minha (digamos) velha Samsung full HD na sala, pois montei uma sala de home theater e lá tudo foi melhor planejado e por isso agora é momento de botar a mão no bolso e escolher o painel.
    Pois bem estou muito indeciso, por causa do avaço das Plasmas e tambêm nas Led’s que vem querendo alcanças as plasmas.
    Diante disso e tendo uma sala prerparada o que vc me indicaria em termos de paiunel (diante do q

  6. Há um certo exagero neste tipo de comparação, ainda mais porque o fabricante não está sendo justo com o usuário. Existem equipamentos de resolução standard com imagem razoável, para mídias que rodam em upscaling, se reproduzidas numa tela competente.

    Eles fazem uma comparação um tanto ou quanto grosseira, mas o objetivo é convencer o usuário sobre as vantagens da alta definição, coisa que muita gente não nota, ou porque não se interessa ou não se dá ao trabalho de ver.

    Existe uma diferença notória entre a mídia standard e a de alta definição não só em resolução, mas também e principalmente em contraste e cor. E neste caso, a melhor referência ainda é o Blu-Ray, que exige padrões mais rígidos de autoração. A imagem de HDTV do ar pode ser ótima, mas pode ser medíocre, tudo vai depender da emissora e do conteúdo.

  7. Bom dia Paulo,
    Interessante o artigo, como sempre. Por aqui o sinal HDTV ainda não chegou, infelismente. Tenho frequentado as lojas de shoppings em São Paulo e constatei uma coisa curiosa: Os aparelhos de TV em exposição das marcas Sansung ou LG, não estou bem certo, apresentam as telas divididas ao meio, à esquerda, o sinal analógico e à direita o HDTV. Pode parecer ilusão de ótica, mas, o sinal da esquerda parece ser inferior ao que estamos acostumados a ver em casa. E olha que meu aparelho ainda é de tubo. O que você opina?
    Abraço.

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