Já se passaram alguns anos desde que a CNN começou a marcar presença no mundo móvel. Lembro de eu ter em 2005 um Nokia 6086 (modesto, comparado aos modelos de hoje) e conseguir acessar uma versão portátil do site da CNN, construída em HTML, e com um conteúdo já bem tratado, que fazia você ter a sensação de que não perdeu nada que estava na versão web convencional. Para a época, e estamos falando de apenas seis anos atrás, isso era um diferencial.
Pode-se dizer que, ao lado da BBC, mesmo antes da explosão dos smartphones que presenciamos hoje em dia, a emissora americana é uma das que mais têm explorado esse meio, com ofertas de SMS, site móvel, mobile TV, vídeos on demand para celular e aplicativos para smartphones e tablets.
Praticamente explorou todos os principais canais de conteúdo móvel. Essa presença noticiosa na vanguarda mobile gerou um know-how em termos de layout, tratamento de conteúdo e abordagem como veículo.
Com a chegada do iPhone, a companhia foi uma das primeiras organizações de notícias a criar um site otimizado para o smartphone da Apple. Entretanto, é o seu mais novo aplicativo para o telefone da maçã que merece uma certa atenção pelas funcionalidades de imediatismo.
Além do básico esperado em uma aplicação do tipo, como notícias de última hora, vídeos e conteúdo organizado por editorias, a app traz um interessante adendo: uma espécie de pop-up que exibe uma manchete sempre que algum fato bombástico ocorre.
Quando falo bombástico, estou me referindo mesmo a notícias de grandes expressão, como a queda de um presidente, uma tragédia em larga escala, um acordo de paz selado, o início de algum conflito ou a morte de uma personalidade mundialmente conhecida.
Ou seja, a CNN separou a função de pop-up apenas para esse tipo de acontecimento. E, junto com o pop-up, o aparelho vibra, chamando a atenção do usuário para o ocorrido. Seria um equivalente ao break de plantão da Rede Globo, no qual a programação é interrompida para que uma notícia importante seja anunciada.
Além dessa função, a emissora apostou ainda em notícias locais, onde o usuário indica uma cidade e passa a ter, na seção My CNN, previsão do tempo e notícias referentes àquela região. Você pode inclusive adicionar mais de uma cidade, para ter, assim, acesso ao conteúdo sobre as regiões que lhe interessam.
Tais exemplos sugerem que conhecer o terreno onde pisamos, ou seja, estudar e explorar a mídia em que queremos atuar, nos ajuda a planejar formas inteligentes de entrega de informação. [Webinsider]
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Mario Lima Cavalcanti
Mario Lima Cavalcanti (@mariocavalcanti) é jornalista e editor do site Jornalistas da Web, que desde 2000 cobre a relação entre o jornalismo e as novas mídias.
Uma resposta
Mario,
realmente devemos parar e bater palma para CNN com esta iniciativa mas acho que a criação de aplicativos específicos para aparelhos está nos distanciando do conceito de acessibilidade Web.
Sou muito a favor desta criação de ambientes que tenham uma experiência melhor dependendo do dispositivo que vc está acessando, porém não concordo que isso seja feito através de aplicativos. Temos tantos recursos que nos permitem identificar dispositivos e fazer com que a navegação seja adaptada para eles e ao invés disso fazem coisas que limitam essa experiência a alguns usuários.
Gostaria muito de pegar um projeto aqui no Brasil que permitisse fazer esta “integração”.. um site, diferentes experiências, um HTML, diversos layouts.. é simples, só precisamos planejar tudo antes de vender um site, um aplicativo e esse bla bla bla todo..
Abraços!