The Web is Dead! já noticiou a Wired. Um estouro de notícia devidamente fundamentada por dois artigos que se contrapoem em argumentos, criando um conceito que nos induz a pensar que tudo o que sabemos sobre web está ultrapassado e, quem sabe, vai sumir ali na frente.
Tudo isto causado pelas diferentes e novas formas de se navegar pela web, de consumir conteúdo através de smartphones e tablets recheados de aplicativos especializados, dispensando o uso do velho browser e seus cookies.
Ao mesmo tempo, quase que diariamente, leio novidades sobre plataformas para telefones celulares, tablets, netbooks e até para a sua televisão de casa. Inovadoras, melhores e mais integradas às midias sociais, cada plataforma diz explorar novos seus atributos e um mundo de possibilidades quase impossíveis de distinguir.
Neste embalo, grandes marcas investem pesado nas suas próprias lojas de aplicativos, em personalizações de interface para sistemas abertos (como o Android) e até fechados (iOS), impulsionando empresas e programadores a desenvolverem para a sua plataforma.
A promessa para os usuários: muitos aplicativos especializados para você fazer o que quiser. A promessa para os desenvolvedores: muitos clientes querendo o seu aplicativo
Será?
Com tantos sistemas operacionais surgindo com a ascensão dos celulares touch screen e agora as tablets, a sensação de já ter visto esta corrida antes só aumenta. Aconteceu com o mercado de processadores logo após o ano 2000. Assim como os aparelhos celulares e seus sistemas operacionais, a cada mês o mercado recebia tantas novidades melhores e mais avançadas das fabricantes de processador, que você não sabia exatamente o que deveria comprar. E, quando finalmente adquiria um computador novíssimo, de última geração, ouvia um amigo dizer que o dele era melhor.
Com os browsers passamos pela mesma “Era”. Um tempo onde Internet Explorer e Firefox interpretavam códigos de maneiras distintas, deixando os desenvolvedores quase malucos com tantas peculiaridades na hora de criar websites. Aliás, isto não está bem resolvido até hoje.
A enxurrada de novidades e toda esta variedade parece ser ótima numa análise mais superficial. Mas quem vai dar suporte a tudo isto? Quem vai atualizar os aplicativos de tantos sistemas operacionais mobile distintos? Teremos nós mercado para consumí-los e desenvolvedores com paciência suficiente pra encarar tantas plataformas?
No final das contas, fica a impressão de que o mercado aplicativos começa a ser tão complexo, e cheio de aplicativos mal desenvolvidos, que teremos que usar o velho browser novamente. O surgimento dos primeiros web apps, como a versão de Angry Birds promovida pelo Google Chrome, só dá indícios de que podemos estar iniciando uma nova Era.
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Juliano Fagundes
Juliano Fagundes é planner e consultor, com formação em design, publicidade e propaganda e comunicaçao digital. Mantém o Twitter @julianofagundes.
2 respostas
Bom artigo, abordado no momento certo…
Realmente são tantas novidades acontecendo… mas onde isso vai dar eu não sei, será que estas empresas vão algum dia falar a mesma lingua? ou pelo menos tentar?
Difícil dizer, a minha opinião é não… mas por fim, algum padrão para integrar esses novos aplicativos e dispositivos terá que surgir.