Quer testar Linux? Busque uma distro humanizada

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Na grande guerra que acontece entre os sistemas operacionais, há entre os combatentes indivíduos que acreditam fielmente que o seu sistema de escolha é o melhor, o mais confiável e o mais estável.

Neste contexto estão os usuários do Linux, os quais, dentro de seus próprios domínios, tentam definir qual a melhor distribuição. Desta forma, esse pequeno artigo destoa um pouco destes usuários, tentando demonstrar que não basta o sistema ser livre, mas que precisa ser “mais humanizado”.

Usuário não fanático do Linux há algum tempo, adentrei algumas vezes em discussões sobre qual o melhor Distro (abreviação que vem do inglês “distribution”).

Em alguns destes debates, usuários mais experientes defendiam sistemas realmente robustos, mas que deixavam a desejar em facilidade de uso para o usuário “não técnico”.

Ao tentar instalar um programa ou escutar uma música, o indivíduo tinha que ir até o terminal e digital alguns códigos, copiados da internet ou simplesmente passados por usuários mais antigos.

Nesta tarefa complicada de baixar e instalar há os que defendem que o verdadeiro usuário deveria saber lidar com as linhas de código, ou até mesmo saber o básico da programação em C para transpor os problemas que poderiam surgir no futuro.

“A Batalha das Distros”, como é conhecida, coloca os apaixonados pelo Ubuntu em confrontos contra Slackwares, Mandrivas e Debians.

Enquanto os primeiros defendem o “Linux para seres humanos”, os outros querem mais é mostrar que são muito superiores em informática. (HAMANN, Renan: Erro 404: Fanboys malditos.)

Já a minha visão é completamente o contrário. Umas das vantagens que o sistema da Microsoft tem sobre o Linux é sua praticidade, o que não se pode negar. Ao tentar instalar um programa, ao clicar duas vezes em cima de seu executável, todo o processo é intuitivo e praticamente automático. Não é necessário que o usuário tenha um conhecimento elevado para que o software desejado seja instalado com sucesso.

No Linux não é diferente; porém, em alguns casos, os quais não são raros, o processo de instalação demanda um conhecimento um pouco maior do usuário final, principalmente se o único caminho para esta tarefa passar pelas tão temidas linhas de comando.

Logo, quando falamos de Linux para Seres Humanos, queremos tocar neste ponto. Devemos ser defensores do Linux sim; pessoas que não usam somente, mas que ensinam e recomendam. Todavia, devemos sempre indicar Distros que realmente levarão o usuário a uma experiência confortável.

Em outras palavras, que ele não se amedronte e acabe saindo do mundo open source* para mergulhar novamente no mundo do software proprietário.

Por este motivo recomendamos o Ubuntu, uma distribuição que além de ser totalmente humanizada (Linux for Human Beings), traz facilidades que o usuário já encontrava no Windows. Ou seja, a familiaridade de telas e o manuseio agradam o usuário e, convenhamos, nada melhor do que um “cliente” satisfeito.

Portanto, fica a dica para quem deseja adentrar no mundo Linux: busque um Distro mais humanizada e não pense que escrever linhas de códigos o fará mais inteligente ou mais defensor do software livre.

Busque as facilidades, humanize cada vez mais esse sistema maravilhoso, livre e totalmente criado para que nós possamos ter em casa algo feito para servir e ao mesmo tempo ensinar.

Sei que este pequeno artigo tocará na ferida de alguns usuários fanáticos; porém, leia com atenção e reflita sobre as dificuldades que encontram os usuários inexperientes.

……

* Open source: a filosofia do software livre encontra as suas raízes na livre troca de conhecimentos e de pensamentos que podem tradicionalmente ser encontrada no campo científico. […] os programas de computador não são tangíveis e podem ser copiados sem perda. […]

No inicio dos anos 80, Richard M. Stallman foi o primeiro a formalizar esta maneira de pensar para o software sobre a forma de quatro liberdades:

  • A liberdade de executar o software, para qualquer uso.
  • A liberdade de estudar o funcionamento de um programa e de adaptá-lo às suas necessidades.
  • A liberdade de redistribuir cópias.
  • A liberdade de melhorar o programa e de tornar as modificações públicas de modo que a comunidade inteira beneficie da melhoria. […]

A “Definição do Open Source” é ela mesma derivada das “Linhas Directoras do Software Livre Debian”, que derivam das quatro liberdades mencionadas acima.

Consequentemente, as três definições descrevem as mesmas licenças; a “Licença Pública Geral GNU” (GPL) é a licença de base de todas as definições. (SEABRA, Rui Miguel Silva: O que é o Software Livre? (tradução do texto original de Georg C.F. Greve, Presidente da Free Software Foundation Europe). Disponível aqui. Acesso em 23 de agosto 2011)

[Webinsider]

…………………………

Acompanhe o Webinsider no Twitter e no Facebook.

Assine nossa newsletter e não perca nenhum conteúdo.

Avatar de Luiz Picolo

Luiz Picolo é desenvolvedor e mantém o site Luiz Picolo.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *