O escritor Ken Doctor, em sua coluna no Nieman Journalism Lab, diz que a televisão está começando a passar pelo mesmo processo de fragmentação que a mídia impressa. Isso permite uma publicidade mais direcionada e eficiente — mas só se você tiver os dados certos.
Doctor observa que a perda de publicidade do impresso reflete um ganho na publicidade digital. E enquanto os sites de notícias brigam para conquistar e manter 10-15 minutos de atenção por mês dos usuários, o Facebook já atinge seis horas mensais em média, no mundo todo. É por isso que jornais como The Guardian, The Washington Post e The Wall Street Journal criaram suas áreas no Facebook, criando “colônias” para atrair os nativos.
Seis horas por mês é bom — mas seis horas por DIA é coisa que só a TV consegue do seu público.
O consumo médio de televisão nos EUA está em torno de 33 horas semanais, o dá que em torno de cinco horas diárias, talvez mais em alguns dias. A publicidade da TV gerou US$ 60,7 bilhões no país e deve chegar a US$ 72 bilhões em 2016. É um relação equilibrada: a TV capta 42,5% do tempo gasto com mídia pelas pessoas e recebe 42,2% dos anúncios nacionais.
Agora, o passo econômico essencial é criar anúncios mais segmentados para esse público volumoso e atento. Doctor cita a empresa Simulmedia, que está criando um banco de dados gigantesco sobre a audiência dos canais, para oferecer 500.000 anúncios nacionais diferentes.
A empresa afirma já ter 50 terabytes em dados digitais de audiência: que canais são assistidos, quando são trocados, e até quando as pessoas mudam de canal no meio de um anúncio. Os dados chegam através de 7 das 8 maiores operadoras de TV a cabo dos EUA (exceto a Time Warner). A Simulmedia pode criar eventos localizados geograficamente (por código postal) e aumentar o valor de anúncios em horários e canais antes desprezados.
Iniciativas assim ajudam a entender porque o Google está testando sua própria rede de fibra óptica em algumas cidades americanas, preparando sua entrada de fato no setor de TV paga. Com sua própria máquina de anúncios, o Google tem beliscado o mercado de TV por anos. Agora, a empresa está recarregando seus canhões para inovar na publicidade da TV.
Leia o artigo completo de Ken Doctor. [Webinsider]
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