google-site-verification=DiQSzZV6ZIn9SBZxRwYugy1FrRRU-hjWZ8AsZOwQugk

Você prefere os menus práticos ou os intuitivos?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Paulo Renato

Desde que a internet cruzou a fronteira do meio acadêmico para o meio comercial, ou seja, desde que ela é como a conhecemos hoje, intuição sempre foi considerada uma característica que mede a usabilidade dos sites. Quanto mais intuitiva a interface, maior a usabilidade do site, certo?

Depende.

O nível de intuição de uma interface é o quão simples ela é para um usuário de primeira viagem. É a facilidade com que ele atinge um objetivo sem conhecimento prévio do funcionamento do sistema. Esse conceito até dispensa apresentações, já que o próprio nome sinaliza seu significado.

Mas é importante lembrar o que ele não significa. Intuição na interface não significa facilidade de uso. Não significa a melhor forma de se atingir um objetivo. Nem a forma mais rápida ou a mais curta (ela normalmente não é). Isso é praticidade.

A praticidade sim é a medida de “quanto esforço” o usuário precisa para realizar uma ação. No desenvolvimento de softwares muitas vezes isso é medido calculando–se a distância que o usuário precisa mover o mouse para executar um comando. Daí surgiram os menus contextuais, aqueles que aparecem quando você clica o botão direito sobre alguma coisa. Falarei deles mais abaixo.

Praticidade x Intuição

Para que a diferença fique bem clara, antes dos sites vamos utilizar um exemplo ainda mais familiar: os softwares de computador. Os menus de um software qualquer são (ou procuram ser) intuitivos, agrupando ações relacionadas em submenus. E os atalhos procuram ser práticos (apesar de alguns deles nos darem nós nos dedos)

No Windows, por exemplo, se você quer configurar uma impressora e não tem a menor idéia de como fazê–lo, você começa pelo menu Iniciar (é onde tudo começa), configurar (“configurar impressora”, deve ser por aqui), painel de controle (bom, é o mais parecido que tem), impressoras (achei! Eu sabia que era bom nisso). Isso é ser intuitivo, ter uma relativa obviedade. Mas não é nada prático. Prático seria ter um atalho (Ctrl+Alt+Shift+Socorro) que o levasse direto para lá. Mas um usuário desavisado nunca adivinharia o atalho. Nada intuitivo.

Esses dois conceitos (prático e intuitivo) não são excludentes entre si, mas também não são totalmente compatíveis. Eles vão influenciar decisões na criação de um site como, por exemplo, o número de níveis do menu. De maneira geral, menus mais horizontais (com muitas opções no primeiro nível) são mais práticos. Eles exigem menos cliques até o objetivo. Já menus verticais (com poucas opções, mas com muitos submenus) são mais intuitivos. Eles não confundem o usuário com muitas alternativas, e servem de “guia” a cada etapa da navegação.

Não há uma fórmula para tomar esse tipo de decisão (aliás, se há fórmula para alguma coisa nesse mundo eu ainda não conheço. Quer dizer, tem a da Coca…), mas alguns critérios devem ser levados em consideração.

Considere a cultura do usuário

Para avaliar o que é realmente intuitivo, é necessário conhecer o seu usuário e a familiaridade que ele tem com a internet. Além disso, é preciso estar sintonizado com as tendências de design, não apenas de websites mas também de todo tipo de comunicação (gráfica, eletrônica, produtos etc..). É essencial conhecer a simbologia familiar do usuário.

Considere a freqüência de uso da ferramenta

Em websites de uso freqüente a praticidade tende a ser mais importante do que a intuição. Um funcionário que consulte diariamente a intranet da empresa estará disposto a perder algum tempo lendo a “Ajuda” para aprender como chegar à informação rapidamente, mas não ficará nada satisfeito se tiver que passar por vários níveis de menu todos os dias (talvez várias vezes por dia).

Considere a curva de aprendizagem dos usuários

Algumas vezes pode valer a pena “educar” o usuário, criando opções não tão intuitivas, mas muito mais práticas. Claro, deve–se lembrar que nesse caso o usuário deve ser freqüente (utilizar isso em sites de apenas uma visita seria muito risco). No entanto, é importante lembrar que a curva de aprendizagem dos usuários de internet é surpreendente. Soluções que se mostram ineficientes em um teste de usabilidade com usuários que nunca utilizaram o site podem ser muito práticas no dia–a–dia dos maiores clientes (os usuários mais freqüentes).

Em qualquer projeto, assim como nos de internet, o equilíbrio entre a praticidade e a intuição deve acontecer considerando–se os objetivos da empresa e as demandas do usuário. [Webinsider]

.

Avatar de Webinsider

Artigos de autores diversos.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *