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Cesar Paz



Nos últimos oito anos, pipocaram artigos e matérias sobre internet nas páginas dos periódicos especializados em TI (tecnologia da informação) e comunicação e marketing. Ainda hoje, muitos deles deixam confusos os gestores dessas áreas, que tentam entender qual o limite de suas responsabilidades em torno do tema. O propósito deste artigo é esclarecer um pouco essa questão.



Primeiro, é preciso entender a internet como um ambiente com capacidade de distribuição de informação a custo muito baixo e alta capilaridade. Ou seja, a internet tem atributos suficientes para determinar que qualquer empresa queira distribuir informações a partir dela e, conseqüentemente, que caminhe de forma acelerada para migrar toda sua base de informação e dados para esse ambiente.



Opa, alto lá! Se o objetivo deste texto é esclarecer as dúvidas dos homens da tecnologia e do marketing, como posso falar simultaneamente em “distribuir informação”, que é um assunto referente à área de comunicação, e em “migrar a base de informação e dados”, tema que certamente é responsabilidade da área de TI? Isso não é confundir?



Aí é que vem o segundo ponto fundamental. Precisamos assumir que todo projeto de internet corporativa, que visa ao relacionamento via web com um ou mais públicos, é sempre um projeto de comunicação com base tecnológica.



Vejam, por exemplo, o caso da intranet de uma empresa como a Embraer, destinada a seus mais de 10 mil colaboradores, que possuem acesso à web e estão distribuídos nos cinco continentes. Ou a extranet do Grupo Martins, de Uberlândia, destinada ao relacionamento com seus 200 mil clientes, distribuídos em 100% dos municípios brasileiros. Ambos são projetos fundamentalmente de comunicação e relacionamento, concebidos sob indispensáveis opções e infra–estrutura de tecnologia.



Nesses exemplos, destinados a públicos restritos, bem definidos, qual a chance dessas empresas desenvolverem projetos de sucesso e de tamanha complexidade sem o envolvimento de todas as competências da comunicação e da tecnologia da informação? Se você disse nenhuma, acertou em cheio.



A internet corporativa é resultado da convergência de múltiplos processos evolutivos e colocou as áreas de marketing e tecnologia da informação – que sempre tiveram responsabilidades distintas, interação mínima e competências específicas – em cheque quanto ao entendimento de sua complexa construção.



Enquanto essas estruturas estiverem separadas em caixinhas isoladas do organograma das grandes corporações (e isso certamente ainda vai persistir por muito tempo) os projetos relativos à construção de internet corporativa terão necessariamente que ser desenhados a quatro mãos e muitas cabeças.



Esses projetos estão representados por sistemas web que recebem os seguintes apelidos: intranets; extranets; portais corporativos, departamentais ou institucionais; marketing digital ou de relacionamento digital, dentre outros. Mas não interessam os apelidos, o que importa é se esses projetos estão bem conceituados, planejados e construídos e, especialmente, se seguem guidelines (padrões) que abrangem a identidade corporativa, passando pela arquitetura da informação, pela usabilidade e chegando às opções de tecnologia, segurança e infra–estrutura.



Bueno, creio que já é hora de descer do muro e discorrer sobre o limite das responsabilidades de cada área. Fácil. Entendo e defendo que a responsabilidade principal dos gestores de marketing e TI é a montagem dos guidelines de construção específicos para o ambiente de internet. Guidelines que irão definitivamente referenciar toda a construção corporativa de internet. Nesse sentido, é muito fácil entender, por exemplo, de quem é a responsabilidade pelos padrões de identidade corporativa ou pelas opções de tecnologia.



Resta, então, definirmos a quem cabe a liderança dos projetos a serem construídos dentro dos padrões já definidos. A liderança pode ser exercida por profissionais de qualquer uma das áreas, desde que tenham uma visão holística e interlocução plena para tal missão. Genericamente, minha tendência é dizer que os projetos que priorizam a automação de processos ficam mais confortáveis nas áreas de TI, enquanto os projetos que priorizam a relação com o mercado e a imagem da empresa ficam muito mais à vontade com os marketeiros. Tudo isso, logicamente, considerando e respeitando a cultura de gestão e de negócios.



Sempre que penso na dificuldade de aproximar as áreas de comunicação e de tecnologia da informação, em prol da excelência dos projetos de internet corporativa, lembro do Manifesto Comunista (Marx e Engels) de 1848. Independente da pureza dos propósitos e das nossas certezas, é sempre muito difícil, e ao mesmo tempo desafiante, unir pessoas, sejam elas proletários do século XIX ou gestores da era digital. [Webinsider]

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Artigos de autores diversos.

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